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Música

Os 50 Melhores Discos de 2014 | 21 - 30

Esta pode ser a primeira – e única – vez que Skrillex, Run the Jewels e Tylr Swft dividem o mesmo espaço em uma lista.

30. Tensnake | Glow [Astralwerks/Virgin EMI]

O produtor e DJ alemão, Marco Niemerski, mais conhecido como Tensnake, evoluiu bastante desde seu hit divertido do verão de 2010, "Coma Cat". Em seu disco de estreia, Glow,  o serpenteante mandachuva do house vai fundo com um disco variado e satisfatório, aproveitando-se de diversos gêneros, mas mantendo-se fiel ao seu estilo, nunca indo muito longe nos graves. Há instrumentais magníficos como é o caso de "First Song", corinhos cheios de sentimentos como em "See Right Through" e "Love Sublime" (com participação de Nile Rodgers!), e alguns sons de verão numa parceria com Jacques Lu Cont em "Feel Of Love". Não tem como não curtir. (DG)

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29. Martix Garrix | Gold Skies EP [Spinnin'/Casablanca]

Ter completado 18 anos poderia ter sido suficiente o bastante para Martin Garrix em 2014. Na crista da onda com o sucesso de "Animals", o produtor holandês foi (para alguns) preparado para entrar no território das paixonites adolescentes. Mas ao invés disso, Garrix continuou a construir a carreira da mesma forma que se antecipa um hit do Top 40. Gold Skies mostra como "Animals" era só o começo e que o jovem produtor não tem medo de chamar veteranos experientes (notavelmente Sander van Doom) para melhorar suas habilidades, como na charmosa faixa-título. Teria sido bom ter ouvido mais dele – "Animals" e "Wizard" que já haviam sido lançadas anteriormente ocupam duas vagas neste EP de cinco músicas – mas um apetite aguçado não cai nada mal.

28. Ital | Endgame [Planet Mu]

Daniel Martin-McCormick, o produtor do Brooklyn educado em música clássica, lança seu primeiro disco via Planet Mu, alternando sem qualquer esforço entre a música ambiente e o techno descolado típico de Berlim. O resultado é um clima de conforto e intimidade entre as rígidas batidas 4/4 – como assistir partículas de poeira rodopiando pelas paredes de concreto de uma rave em um armazém. Da ácida "Whispers in the Dark" à propulsiva e habilmente intitulada "Dancing", cada faixa de Endgame surge como uma exploração habilidosa e levemente psicodélica das muitas sutilezas do techno. (ML)

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27. Skrillex | Recess [OWSLA/Big Beat/Atlantic]

É difícil acreditar que Skrillex, um homem que deixou um rastro gigantesco na dance music, nunca tenha lançado um disco antes de Recess. Subestimado de muitas formas, o disco mostra o produtor percorrendo grandes distâncias para redefinir seu som enquanto se mantém fiel à sonoridade bombadona do dubstep norte-americano que o colocou onde está hoje. "Recess" é um baita hino à diversão e a única faixa de glitch-hop a tocar em palcos principais em 2014. "Fuck That" é uma vitoriosa punhalada rumo ao house mais profundo antes de se tornar um dos mais profundos dubsteps já criados por Skrillex. "Dirty Vibe" desafia gêneros, misturando dancehall, glitch e trap com as estrelas do K-Pop, CL e G-Dragon mandando um freestyle em cima de tudo. Recess mais parece uma coletânea do que um disco, mas o espírito aventureiro e desafiador de Skrillex diante do escrutínio constante é louvável. (JK)

26. Run The Jewels | Run The Jewels 2 [Mass Appeal]

Quando declarações óbvias como "vidas negras importam" tornam-se slogans repetidos com deprimente regularidade, o disco de hip hop político da dupla El-P e Killer Mike, Run the Jewels 2 parece de diversas formas o álbum mais relevante do ano. Faixas como "Early" tratam da brutalidade policial com uma mistura poderosa de agressividade e ginástica linguística; o discurso emocionado de Killer Mike durante um show em St. Louis foi uma das coisas mais emocionantes da música a partir do ocorrido em Ferguson. Ainda assim, a dupla improvável não tem medo de zoar – sacaneando de tudo e dando à faixa-título o que facilmente poderiam ser hashtags como "DDFH". Que aliás, significa "do dope, fuck hope" [use drogas, foda-se a esperança]. (ML)

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25. Les Sins | Michael [Company]

Já tendo conquistado o mundo indie sob a alcunha de Toro y Moi, o defensor do chillwave Chaz Bundick foi ainda mais fundo em seu já evidente interesse pela dance music em Michael, seu primeiro lançamento como Les Sins. Trata-se de uma colagem de estéticas, libertas pela perspectiva de um outsider, pegando um pouco de vários estilos de house, das batidas Low End até o que pode ser descrito como um acid jungle tardio. Michael é um disco ousado. O nível consistentemente alto de criatividade e a sensibilidade pop discreta de Bundick cativam a partir de qualquer ângulo, dance ou o que for. (JK)

24. Kill Frenzy | Taylr Swft  [Dirtybird]

Se você quer sacar rapidinho o poder de balançar o bumbum que tem o disco de estreia do belga que vive em Berlim Kill Frenzy, basta escutar o primeiro single. Ele se chama "No Panties" e provavelmente já temos alguns embriões crescendo por aí como resultado do seu gostinho de house altamente sexualizado. Se você gosta de diversão sem limites, este disco lançado pela Dirtybird é pra você. Há graves estrondosos, techno pesadão para os intelectuais, e algumas parcerias animais como "Lava" com o menino-prodígio Justin Jay, uma faixa que muito bem poderia partir uma pista de dança ao meio. Taylr Swft ajdou a manter a Dirtybird por cima nesse ano e deixou todos nós (por falta de uma palavra melhor) em frenesi. (DG)

23. Gareth Emery | Drive [Garuda]

2014 foi um ano de sucessos fugazes, mas isso não fez o produtor multi-gêneros abandonar sua credibilidade. Ao invés de pular no bonde do radio, Emery nos entregou uma tour de force em Drive que lembra a todos por que ele está há tanto tempo nessa. Com vocalistas como Christina Novelli, Gavin Beach, e (surpreendentemente) Krewella, Drive passa por gêneros com tanta coragem quanto passa por emoções. Drive é um dos poucos momentos de brilho no trance em um ano meio desgostoso para o estilo e soa como um presente divino para quem estava esperando por algo de progressive house novo - e com credibilidade. (ZR)

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22. Caribou | Our Love [City Slang]

Dan Snaith já havia se estabelecido como dono de um show magnificamente produzido, propulsive e psicodélico antes mesmo de se mudar para Londres e se juntar com gente do calibre de Four Tet e Floating Points. Desde então, ele tem penetrado cada vez mais na dance music e Our Love mostra-o continuando o excelente trabalho feito em Swim de 2010. Muitas vezes soa esotérico, cheio de fuzz e entra e sai do dance, mas o que importa é que é um disco infinitamente remixável e reaudível. (JK)

21. Flying Lotus | You're Dead! [Warp]

Inspirado pela morte e, de cara, tão denso quanto impressionante, o sexto disco do Flying Lotus é um álbum de jazz e soul distópico com toques daquela batida de LA que ele mesmo ajudou a criar. Quase nada de You're Dead! funcionaria em uma discoteca; metade dele não é nem música eletrônica. O lance, ainda assim, é que FlyLo é uma voz primordial na música eletrônica e You're Dead! impressionou ao mesmo tempo em que fez hordas de ouvintes de eletrônico pararem para ouvir jazz experimental. (JK)

THUMP staff: Zel McCarthyJemayel KhawajaMichelle LhooqDavid GarberZiad Ramley e Joel Fowler.

Veja a eleição completa dos discos do ano:
No. 50-41
No. 40-31 
No. 20-11 
No. 10-1