As 10 Faixas Mais Obscenas da História da Dance Music

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Música

As 10 Faixas Mais Obscenas da História da Dance Music

Toda a perversão será perdoada.

Há algum tempo, publicamos a lista definitiva das faixas mais broxantes da dance music. Incluía gabbler, EDM e o Mousse T. Depois de escrevê-la, passamos seis meses quase sem nenhuma libido. Felizmente, leitor, isso é passado e como uma imitação ruim de Austin Powers, recuperamos o nosso mojo, broto. A lista de hoje, que vai na direção oposta, também elenca dez discos. Os momentos mais toscos, lascivos e francamente obscenos da dance music, que certamente vão te fazer suar incontrolável e inconvenientemente do começo ao fim. E, se você não pode receber uma lição sobre obscenidade de dois jornalistas musicais pálidos, desajeitados e ligeiramente constrangidos, então de quem mais?

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O que temos para você é uma mistura do sublime com o ridículo. Tem gemidos e sussurros, vulgaridades e sutilezas. Então por que você não manda uma mensagem para aquela pessoa especial na sua vida, coloca uma pizza no forno, gela uma cidra, estende um cobertor no chão e coloca essas faixas para tocar? É satisfação garantida.

Maurice Joshua - I Gotta Big Dick

Obscenidades não precisam ser inteligentes e nunca isso foi mais verdadeiro do que aqui, com o sample vocal borbulhando nesta faixa do Maurice Joshua. Como o título sugere, o sample simplesmente repete "I gotta big dick" ("eu tenho um pau grande"). Sem parar. Agora, uma visão psicanalítica desta música provavelmente sugeriria que o vocalista desenvolveu um complexo de inferioridade fálico e está usando o acid house como uma plataforma egocêntrica para alimentar o seu evidente desejo por atenção e/ou aprovação de potenciais parceiros (as) sexuais. Ou isso, ou ele realmente tem um pau enorme.

A Black Girl Named Sally - Say You Love Me

Sem dúvida, essa é a faixa mais sexy já prensada na história. Não sabemos muito sobre Sally, além do fato de que essa faixa sedutora e picante é uma obra prima do deep house. É uma faixa sobre desejo e controle feminino e sobre reafirmar dominância em relações de poder sexuais. O que a faz parecer o tipo de coisa que escritores adoram discutir, mas soa bem pra caralho quando você simplesmente a escuta. Felizmente, o apelo de Sally é incrível. Tem gemidos orgásmicos, uma barulheira destruidora, uma bateria tão profunda quanto o lago Baikal e um vocal do qual você nunca, nunca se cansa. Todos juntos agora, "your wish is my command/ your wish is my command/ your wish is my command / l-l-let me take you to ecstasy…" ["o seu desejo é uma ordem/ deixe-me levá-lo ao êxtase"]. A sutileza é sexy, não? Discreta, mas efetivamente obscena. É a trepação discreta de domingo da dance music.

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DJ Flint - Denial #69 (DJ Milton Remix)

Nenhuma lista que pretenda elencar as faixas mais obscenas da dance music estaria completa sem uma amostra barulhenta, selvagem, lasciva e tosca da magia do Dance Mania. Possivelmente o selo mais tosco de todos os tempos — e, vamos ser honestos, um dos melhores — o Dance Mania se especializou em ghettotech hipersexualizado e hiperhonesto, booty bass e todo tipo de mecanismo potente, espasmódico e estimulante para agitar a pista. O original do DJ Flint e o remix, ainda melhor, partilham do mesmo conceito: uma narradora que exige sexo oral recíproco. Ela tem razão, porque como a pornografia, e com sorte, a vida real nos ensinou, é sempre melhor quando todo mundo está envolvido. É um clássico para se cantar junto ("TRICK DON'T WASTE MY TIME/ IF YOU DO NOT 69/ I WILL NOT SUCK THE D/IF YOU DO NOT LICK THE P", algo como "TRICK, NÃO ME FAZ PERDER TEMPO/ SE VOCÊ NÃO FAZ 69/ NÃO VOU CHUPAR O P/ SE VOCÊ NÃO LAMBER A B"), e, tocada na hora certa, vai fazer a pista FERVER. É melhor não tocá-la quando a sua mãe for te dar um apoio moral no seu primeiro set no centro comunitário.

DJ Assault - Dick by the Pound

Além do Dance Mania, outra grande falha desta lista seria não incluir o DJ Assault. Foi difícil escolher entre "Ass n Titties", "Nut In Your Eye" e esta faixa encantadora, mas no fim das contas, fomos fisgados pela interação divertida entre homem e mulher deste clássico absoluto. É uma história simples, contada de forma simples: o homem se vangloria do seu pau grande, a garota se vangloria da sua vagina, e todo mundo sai contente. A grandiosidade dessa faixa reside no fato de ela ser terrivelmente explícita. Este é um mundo de igualdade sexual plena, onde a metáfora não existe. O pau dele é "meio grosso", a buceta dela é "muito cabeluda", ela vai "fazer o seu pau gozar a noite inteira" e ele vai "fazer você gozar como uma filha da puta" — não é adorável? Harmonia, enfim!

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Jam & Spoon - My First Fantastic FF

Há alguns anos, ganhamos de natal a coletânea com as melhores da R&S Records organizada pela Optimo. Foi um divisor de águas — essas explosões gigantes, estrondosas, vibrantes, profundas, sombrias, audaciosamente intoxicadas, agitadas, cruas e corroídas de ácido de um vulcão techno foram a introdução perfeita aos primeiros prazeres primais do gênero. Nossa ingenuidade nos levou, momentaneamente, a confundir Jam & Spoon com Silver Spoon, famoso pelo seu "Sex on the Beach", o que tornava este disco ainda mais assustador. O "FF" no título faz referência, coquetemente, à "fist fuck", o que te dá um indicativo do território que adentramos com essa faixa. Esta é a experiência Berghain — a escuridão envolvente, as masmorras, os chicotes e correntes, o couro e o nitrito de amilo — antes de Berghain. É incrivelmente estimulante e estranhamente excitante. Se a faixa do Black Girl Named Sally é uma foda ensolarada de domingo, isto é uma trepada brutal e pesada — uma faixa que devia vir com uma palavra de segurança.

Lil Louis - French Kiss

Agora, sim. Você está certo, no ano passado nós dissemos mesmo que esta faixa era uma das mais broxantes de todos os tempos. Estávamos errados e podemos admitir isso agora. Veja, no ano passado, só conhecíamos esta faixa como o compacto que tocamos em casa uma vez e tivemos que nos esconder por medo que a nossa mãe subisse as escadas correndo, partisse-o em dois e nos mandasse para um convento, ou qualquer o equivalente masculino disso, tipo um seminário, um monastério. É isso. Mas estamos nos sentindo mais adultos este ano, estamos crescidos e ouvimos o Lil Louis tocar isso num parque cheio de parisienses atraentes e tudo mudou. Vá se foder, mãe. Pura obscenidade que, estranhamente, seus pais provavelmente ouviram enquanto trepavam.

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DJ Funk - Pussy Ride

Um pouco de hip-house-ghetto-tech de Chicago, com uma batida quase tão forte e rápida quanto as atividades propostas pela letra. "Don't you wanna pussy ride?" ("Não quer cavalgar minha buceta?") não é uma pergunta que tenham nos feito pessoalmente, mas não há como negar que é um delicioso gancho obsceno. Tivemos um pouco de dificuldade em escolher uma faixa do DJ Funk para a lista — "Da Booty Perk-U-Later" é digna de uma menção — mas, no fim das contas, nenhuma outra faixa nos deixou mais ruborizados do que essa. E só tem um minuto e 56 segundos de duração! Desculpa aí, normalmente não somos tão rápidos.

Loose Joints - Is It All Over My Face

Diga se estamos viajando aqui, mas "is it all over my face? You caught me love dancing" ("está na minha cara? Você me pegou fazendo a dança do amor") é um pouco sugestivo, certo? Só um pouquinho. Tipo, talvez o que estivesse na cara fosse… Você sabe. E talvez "dança do amor" na verdade signifique… Você sabe. Arthur Russell, que compôs e produziu esta peça de disco suja e mal iluminada a descreveu como um "hino ao cruising" [uma gíria gay para sair em busca de pegação]. Com isso em mente, ficamos com a versão original, com vocal masculino, para preservar o seu picante status original, como um hino para os homens gays de Nova York, antes da versão de Larry Levan que trocou o vocalista por uma mulher, e a faixa se tornar (nas palavras de um dos colaboradores de Russell) "uma narrativa hétero entediante… quando devia ter sido um hino gay".

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DJ Rashad - Freakin Me on the Flo

"Freakin me on the flo" é uma dessas frases carregadas de insinuação que definitivamente soam como algo obsceno — só não estamos 100% certos do que seja. Foi retirada de "Drop & Gimme 50", do Mike Jones em parceria com o Hurricane Chris, que é ligeiramente mais explícita nas suas intenções, incluindo frases como: "Now put yo right hand in the air, put the left one in yo underwear, now tickle dat cat, tickle dat cat" ("Agora jogue a sua mão direita para cima, coloque a mão direita na sua calcinha, agora acaricie esse gatinho, acaricie esse gatinho"). Ainda assim, nas mãos de Rashad, realçada por um sintetizador melancólico e explosivo, a coisa toda ganha um tom ligeiramente mais sutil.

Moodymann - Freeki Mutha F cker

A obscenidade é muito real nesta faixa. Só podemos presumir que os vocais foram literalmente gravados na cama durante um ofegante papo pós-coito. Há algo no volume da fala, no tom sonolento e abafado da voz, além dessa linha de baixo gentilmente pulsante — é quase desconfortavelmente sexy. Considerando, particularmente, que a estou ouvindo nos fones de ouvido, tentando me concentrar numa salada de macarrão enquanto escrevo isto.

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Tradução: Fernanda Botta

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