As 20 Melhores Músicas do Ano Até Agora Segundo o THUMP UK
Luke Dyson

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Música

As 20 Melhores Músicas do Ano Até Agora Segundo o THUMP UK

Na metade de 2015, uma prévia do que de melhor já foi lançado até aqui.

Desculpa se somos meio chatos às vezes. Seja quando estamos reclamando sobre para que lado você está virado quando está dançando, ou todos os motivos para você parar de ir à balada antes de chegar aos 40 anos. Eu sei, temos uma tendência em resmungar. Bem, deixadas essas preocupações de lado. O ano alcançou seu zênite, e o time THUMP UK está no clima de pensamento positivo. Mais especificamente, celebrando quanta música de cair o queixo e ferver a pista já ouvimos esse ano.

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Dado que estamos na metade do ano, parece uma hora perfeita para passar pelos vinte discos que tocamos de novo e de novo. Ao compilar essa lista, ficamos embasbacados como o ano de 2015 tem sido produtivo até agora. Todo mundo — dos produtores com mais faixas do que curtir no Facebook, até o armamento pesado que ocupa o palco principal — conseguiu nos surpreender. Alguns sons são jams de clube feitos sob medida, outros são viagens balearicas de curtição. Uma coisa une todas essas faixas, elas são boas pra caralho.

20) Levon Vincent - "The Beginning" (Novel Sound)

Para um álbum que o próprio Vincent vazou no Twitter sem grande alarde, a faixa de abertura "The Beginning" é apropriadamente divertida; Eurythmics-através-do-Blade-Runner, apenas para terminar com uma assustadora e brilhante afinação.(Angus Harrison)

19) Jessy Lanza - "You Never Show Your Love Ft. DJ Spinn, Taso" (Hyperdub)

Os vocais viajantes e extasiantes de Lanza formam um par perfeito para o sóbrio, lento, nebuloso e translúcido footwork dos meninos da Teklife. Perfeito para a sedução sensual de um fim de noite esfumaçado. (JB)

18) Daribow - "Eclipses" (Dystopian)

Nós ainda não sabemos quem é Daribow, mas tem algo de incansável nessa faixa que a torna indestrutível. Ela começa com um gorjeio sombrio, então cresce e cresce antes de despencar nas entranhas de um bumbo marcado. Um verdadeiro redemoinho no seu estômago. (AH)

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17) Jose Padilla - "Day One" (International Feel)

O gostoso chocalho no começo de "Day One" é tão relaxado que parece que a faixa começou completamente por acidente. Numas como se o vento fresco do oceano começasse a tocar alguns sinos, chacoalhasse uma percussão e oito minutos de house balearico depois seguisse perseguindo essa brisa. (AH)

**16) *Sound Stream - "Sweep Magic" (Sound Stream)***

Agora, já sabemos do que se trata Frank Timm: maravilhosamente simples extensões de disco que transformam trechos em obras primas através de incrível equalização e um ouvido atento para apenas o corte certo de uma faixa. "Sweep Magic" leva a melodia em marcha do remix de Kerri Chandler de "Get Out", do Matrix, e a trabalha/retrabalha em um groove infecciosamente contagiante que poderia durar para sempre. Seis minutos disso simplesmente não são o bastante. (JB)

15) Legowelt - "Evaporate With Me 2 Infinity" (Technicolour)

O Legowelt mando seu tipicamente esquisito, derretido no ácido, com o cérebro frito, house não-house cosmicamente afinado com bizarrices do nosso holandês-monstro-nerd dos sintetizadores preferido.(JB)

14) Shanti Celeste - "Moods" (Brstl)

Tem uma qualidade intangível em "Moods". O tipo de qualidade que vai deixar você procurando pelas palavras certas, e normalmente calha em falar "vibe" 15 vezes em cada frase. Talvez seu título resuma melhor, o tipo de faixa pronta para dançar que vem pré-carregada com muito do sentimento sugerido. É o som para você abrir caminho pra fora da área de fumantes, abrindo caminho entre um mar de gente, para alcançar a escuridão da pista de dança. (AH)

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13) Tessela - "Bottom Out" (R&S)

Desde seu relançamento em 2008 existe um ar intocável em volta do R&S, e são cortes como "Bottom Out" que são responsáveis por isso. É um despedaçante, chocante, inebriante e pulsante techno de um artista e um selo em sua forma mais ousada, encontrando perversas melodias no caminho. (AH)

12) Pender Street Steppers - "The Glass City" (Mood Hut)

Aqui no THUMP nós adoramos o Mood Hut, e um novo álbum do Pender Street Steppers é sempre motivo para comemorar. "The Glass City" é uma adequadamente leve e arejada faixa de house jazz que nos faz querer encher uma banheira com muita espuma quentinha. Relaxamento total. (JB)

11) Skrillex and Diplo ft. Justin Bieber - "Where Are Ü Now" (OWSLA and Mad Decent)

Você quer conversar sobre isso? Falamos sério, nós vamos conversar sobre isso se você estiver questionando de alguma forma nossa decisão. (AH)

10) Percussions - "Digital Arpeggios" (No Label)

Como costuma ser com sedutoras introduções para lindas peças de música, nós não tínhamos ideia quem era responsável por "Digital Arpeggios" até bem depois de termos ouvido a música. Por causa disso, o fato que desde então foi revelado como umDescobrimos depois se tratar de um trabalho de Kieran 'Four Tet' Hebden, sob seu codinome Percussions. Sua enganadora natureza (ainda não foi lançada em lugar nenhum) junto com suas melodias sopradas dão uma qualidade etérea para a faixa. É música que soa como algo surgido organicamente a partir da tecnologia. O próprio nome, "Digital Arpeggios" é sobre isso. (AH)

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9) Fatima Yamaha - "What's a Girl To Do (DJ Haus' 4/4 Edit)" (No label)

Algumas semanas atrás, quando nós pensávamos que essa faixa fosse de um produtor anônimo chamado Troll Gaze, dissemos que esse mix ibiza de um clássico moderno era "um absoluto estouro", e agora que sabemos a verdade — que é uma edição do sempre confiável DJ Haus — nós a adoramos ainda mais. O jam definitivo e certificado de 2015. (JB)

8) Julio Bashmore - "Holding On" (Broadwalk)

Julio Bashmore sabe exatamente o que está fazendo. É essa a eficácia imediata e reconfortante de "Holding On". Não tem rodeios com tênues construções ou particularidades desnecessáriqs. A faixa dispara o primeiro bloco com certamente a melodia mais contagiante na dance music desse ano, cortesia do vocal nostálgico de Sam Dew. Em sua base, "Holding On" é tão vitoriosa graças a mistura brilhante de um imenso groove com iguais quantidades de dor de coração, a simples simbiose que tem dado força à house music há décadas. (AH)

7) Omar-S - "I Wanna Know" (FXHE)

Faz anos agora que Alex Smith vem calcando seu próprio caminho, lançando techno sujo e house bombástico pelo seu selo FXHE, indiosincraticamente rasgando o livro de regras e aparentemente nunca ouvindo ninguém a não ser Omar S. Esse é o resultado que estávamos esperando: um exagerado, lascivo, lúbrico, hino à promessa de sexo que as noites de balada oferecem. É um clássico para cantar junto com o vocal suplicante de James Garcia, um dos melhores exemplos da voz masculina no house desde que Roland Clark chorou em cima de "Flowerz" de Armand Van Helden. Essa é para todos os aspirantes a conquistador. (JB)

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6) Jlin - "Guantanamo" (Planet Mu)

Dark Energy de Jerilyn Patton é um dos nossos discos preferidos, mas mais confusos, do ano até agora. É footwork mas não como o conhecemos: é frenético mas imbuído de um senso de espacialidade que o leva bem além do excesso sujo pós-Rashad que lota o SoundCloud hoje em dia. "Guantanamo" foi um ponto alto — uma arma mortal pulsante e descontrolada. (JB)

5) Jamie xx - "Gosh" (XL)

Jamie xx, bem ou mal, tem experimentado certo ataque a sua obra ultimamente. Enquanto o Pitchfork deu ao álbum uma das maiores pontuações do ano, Boomkat se posicionou bem diferente falando "tão sedutor quanto uma seção de laticínios do mercado em um dia ameno". O perigo da crítica e também dos elogios ao In Colour é a pouca atenção que se dá à música em si — elogios e críticas parecem mais preocupados com o background do produtor e a significancia cultural do álbum. Contexto na crítica é vital, mas nesse caso o contexto em si é sufocante. Na verdade, são faixas como "Gosh" que levam a discussão de volta para os elementos mais básicos. Tirando tudo fora, esse é o tipo de assustador break beat de luz baixa que tem um efeito arrebatador mas, no entanto, meio assustador. E a grande núvem de baixo que chega perto da marca dos dois minutos? OH MY GOSH. (AH)

4) Gonno - "A Life With Clarinet" (International Feel)

Nós já tínhamos comprado a ideia quando lemos o título. "A Life With a Clarinet" é de certa forma um poema carregando mais significado e imaginário em quatro palavras que alguns contos conseguem. Enquanto a faixa não tem nenhum clarinete, esse sentido de possibilidade sob a superfície percorre do começo até o fim. Ele causa efeitos na superfície, como água perturbada, antes de gradualmente crescer em magras braçadas em um carregado frisson morno. Efetivamente, o que começa como uma gota, logo quebra em algo que ao mesmo tempo plana e machuca. Um som que verdadeiramente nos prende. (AH)

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3) Hudson Mohawke - "Ryderz" (Warp)

Nós jogamos tantos superlativos em "Ryderz" na última vez que escrevemos sobre ela, que ficamos preocupados de HudMo nos bloquear no Twitter se falássemos muito mais. Não precisamos dizer que essa faixa principal de Lantern, o álbum mais recente do produtor, é sensacional. É a rica realização do que exatamente o faz uma voz tão poderosa na música eletrônica moderna. Usando todas as armas de seu arsenal, a explosão de dois minutos e meio tem alegria pulsando por meio de suas roxas e lúgubres veias. A grande façanha aqui é como HudMo mantém os grandes drops de seu trabalho anterior com TNGHT, mas troca a agressividade do mosh para uma comemoração mais inclusiva, alcançado um solo genuinamente mais alto. É majestoso, eufórico e impressionantemente interessante. (AH)

2) Floorplan - "Ritual" (EPM Music)

Robert Hood não faz música tanto quanto constrói ridiculamente monstruosos mecanismos que giram incansavelmente de novo e de novo, ficando mais e mais tensos ao ponto onde a implosão parece inevitável. Seus lançamentos tementes a Deus sob o codinome gospel Floorplan são absolutamente estratoféricos, testamentos e monumentos ao poder da dance music, sisudas e atemporais invocações do poder da transcendência em potencial. "Ritual" não é diferente. Nenhum outro disco de 2015 até agora nos fez ficar tão malucos da mesma forma. (JB)

1) Bicep - "Just" (AUS)

Não tínhamos certeza do quanto "Just" iria nos derrubar à primeira ouvida. Na verdade, a primeira audição provavelmente passou com um gentilmente engajado balançar de cabeça, antes de seguir ouvindo as faixas que acompanham no EP. Foi depois desse ponto, que a melodia girando de novo e novo em nossas cabeças como o motor de corda de um brinquedo no sótão, que percebemos o quão boa ela era. Essa é sua qualidade: imperceptibilidade. É o tipo de faixa que está tocando tão fundo no coração de uma noite que seus olhos cerram tão apertados, você não consegue se lembrar quanto tempo atrás ela começou a tocar, apenas que ela está existindo com você na sala e flutuando para fora dela ao mesmo tempo. Bicep cresceu muito nos últimos anos, de uma dupla de DJs inicialmente associado ao house que enchia pistas e edições disco, eles fizeram movimentos deliberados para se elevarem a um status não apenas digno de respeito, mas de constante atenção. Sua recém anunciada residência na XOYO é um sinal de quão longe eles foram em termos de prestígio entre seus colegas, e a escalada de sua popularidade aos olhos do público, mas é "Just" que é sua verdadeira vitória. No lado da produção, a paleta é impressionantemente não específica, nuances de tech-house no beat contínuo, um sintetizador que soa tátil sem nunca soar retrô ou nostálgico, e aquele baixo sinistro que nunca cai, apenas se mantém presente antes de desaparecer. No sentido mais básico, essa é uma faixa que tira o ar do lugar. Fascinante, mesmerizadora, e cool sem esforço. (AH)

Nós colocamos as 20 faixas em uma lista de YouTube para você.

Você pode seguir Josh e Angus no Twitter.

Tradução: Pedro Moreira