
A 26ª fase da Operação Lava Jato, batizada de "Xepa", começou a estreitar ainda mais a política com o futebol. Às 6h da manhã desta terça-feira (22), o vice-presidente do Corinthians, André Luiz de Oliveira, o André Negão, foi conduzido coercitivamente de sua casa no Tatuapé até a Superintendência da Polícia Federal, na Lapa. Ele é suspeito de ter recebido de forma ilícita R$ 500 mil da Odebrecht, a empreiteira responsável pela construção da Arena Corinthians. Durante as buscas na casa, policiais encontraram uma arma de fogo sem licença, o que resultou em um flagrante e prisão imediata.
O nome do vice-presidente corintiano aparece numa planilha secreta da empreiteira com o vulgo de 'Timão' ao lado da palavra 'Alface'. Os desvios do hortifruti ainda tem códigos como 'Lasanha', 'Gafanhoto', 'Nelore', 'Alcatra', 'Feijoada', 'Camarão' e 'Macarronada'. Na planilha, segundo os investigadores, os repasses chegam a mais de nove milhões de reais.
Documento originalmente publicado no jornal Estado de S. Paulo.
O contato que aparece na mesma linha do suposto repasse de propina é de Antonio Gavioli, diretor de contrato da Odebrecht e o pagamento tinha data para 21 de outubro de 2014.
Atualizado às 17:20
André Negão, vice-presidente do Corinthians, pagou fiança de 5 mil reais e foi solto na tarde desta terça-feira (22). Na busca dos policiais foram encontradas duas pistolas 380 sem licença.