Esta matéria foi originalmente publicada no Broadly.Recentemente, o Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA finalmente deu uma boa notícia para os milhares de manifestantes acampados na Reserva Sioux Standing Rock: as construções do Dakota Access Pipeline seriam interrompidas.O oleoduto proposto transportaria petróleo cru pelo fundo do Lago Oahe, uma parte represada do Rio Missouri e a principal fonte de água da reserva. A tribo sioux expressou várias vezes preocupações de que o oleoduto pudesse contaminar seu suprimento de água e ameaçar tratados de terra.
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Depois de meses de impasse entre manifestantes (que se chamam de Protetores da Água) e a polícia, o Corpo de Engenheiros anunciou no domingo que não daria permissão para que o Dakota Access LLC (DPL) perfurasse o fundo do rio. Em uma declaração, a organização disse que a empresa deveria "explorar rotas alternativas para a passagem do oleoduto".Entre os milhares de manifestantes — membros da tribo sioux, indígenas de várias partes dos EUA, aliados não-indígenas e veteranos — acampados na Reserva Standing Rock, a notícia foi um alívio no frio congelante. A decisão veio depois de uma luta intensa que envolveu níveis chocantes de brutalidade policial.A fotógrafa Celine Guiout fotografou e entrevistou as mulheres de Standing Rock, uma semana antes dos Protetores da Água receberem a notícia de que seu ativismo de meses tinha compensado. "As mulheres com certeza são uma força importante nesse protesto", disse ela. "Todas as mulheres que tive a chance de conhecer durante minha estada estavam incrivelmente otimistas sobre o resultado e uma resolução pacífica para a situação. Essas mulheres eram de uma fé irremovível."
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Beatrice Menasekwe Jackson, da tribo Tsimshian em Ketchikan, Alasca, agora morando em Michigan
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Bibi, da tribo Juaneño em San Juan Capistrano, Califórnia
Cortney Collia de Kalamazoo, Michigan
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Vanessa Castle e seu cavalo, Medicine Hat, da tribo Lower Elwha Klallam em Port Angeles, Washington
Melaine Stoneman, da tribo Sicangu Lakota (Nação Burnt Thing) da Reserva Pine Ridge, Dakota do Sul
Faith Spotted Eagle e sua filha, Brook, da tribo Yankton Sioux (Ihanktonwan Dakota Oyate) da Reserva Yanktown, Dakota do Sul
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Brook: Como indígenas, estamos sempre pensando na sétima geração. O modo como entendemos isso é que protegemos nosso povo — somos indígenas, somos tribais — e parte disso é que nossos parentes não são apenas humanos. Eles também são não-humanos. São nossos rios que têm um espírito e são parte da nossa nação, da mãe original a que todos pertencemos. Então sou parte de uma sociedade de mulheres. Meu papel como mulher numa sociedade de mulheres é ficar aqui e apoiar como puder os mais velhos. Eles são os guerreiros da liberdade originais, então estamos em treinamento aqui. Também estamos lutando ao lado deles. Estou aqui servindo meu povo.
Courtney e Amber McCornack, de Albert Lea, Minnesota
Urtema Dolphin, de Londres
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Tia e sobrinha anônimas, com afiliações em tribos Apache, de Desert Southwest e mexicanas
Tosha Luger, da tribo Hunkpapa do Conselho dos Sete Fogos dos Lakota Sioux em Standing Rock
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Para mudar as coisas, devemos continua rezando e em paz. Me sinto honrada por todas as pessoas que ouviram nossas preces e se juntaram a nós aqui, e espero que elas levem nossa cura e ensinamentos de voltar para suas casas e comecem a mudar o mundo, empoderar a Mãe Terra e ter mais compaixão e empatia.