Este artigo foi originalmente publicado na VICE SPORTS Espanha.No dia 16 de Abril, sábado, Belgrado fedia a sangue, suor e lágrimas. Cerca de 25 mil pessoas sairam às ruas da capital Sérvia para correrem na vigésima nona edição da Maratona de Belgrado, mas não foi essa a razão primordial para o intenso cheiro a humanidade.Horas mais tarde, 40 mil adeptos assistiram ao derby eterno entre as duas equipas de futebol da cidade, o Estrela Vermelha e o Partizan. Ao contrário da corrida, em que a vitória dos quenianos era fácil de prever, o resultado do jogo - e o comportamento nas bancadas - foi, mais uma vez, imprevisível.
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E o que aconteceu foi isto: os quenianos - homens e mulheres - conquistaram a prova de resistência, enquanto o encontro mais esperado do ano na Sérvia terminou empatado a uma bola.Ninguém ganhou, mas o que é certo é que, mais uma vez, a Humanidade perdeu: a violência tomou conta das bancadas, com tal ferocidade e brutalidade que muitos pais tiveram de fugir com os seus filhos do recinto, mesmo antes de terminar o jogo.Vê: Os ultras checos que fumam ganzas em vez de andarem à porrada
No meio do caos vimos espectadores feridos, hooligans desaustinados à porrada com ultras da equipa rival e com as forças de segurança e dezenas de bancos de plástico a voarem pelos ares.Estávamos com uns turistas aventureiros que, de visita a Belgrado, aproveitaram para assistir ao derby centenário e sacar umas selfies no Estádio - quão egocêntricas são as pessoas hoje em dia! -, mas, rapidamente, deram meia volta e deixaram-nos sozinhos, a braços com um jogo de futebol e um (deplorável) espectáculo de vandalismo de primeira categoria…