Para quem é de fora, a visão da Áustria é quase sempre a mesma: a ideia de que o país é povoado exclusivamente por mulheres rechonchudas carregando canecos de cerveja, nazis gordos adormecidos (o que pode não ser completamente descabido) e bêbedos com bermudas engraçadas, meias até o joelho e cara de bebé. Nesse aspecto, Viena não é tão diferente do resto do país, só um pouco mais “urbana”. Mas Viena é tão contraditória quando um schnitzel servido com molho de cranberry.
De algum jeito, a cidade consegue oferecer tudo e nada. Aqui temos, apesar da extensa zona de pedestres em Mariahilferstrasse, mais suicídios do que mortes no trânsito. Temos um “black bloc” violento, mas dizem que é composto principalmente por “turistas de treta” vindos da Alemanha Ocidental. E temos também uma língua própria, que é formada por pedaços de outras línguas (mas que quase ninguém refere hoje em dia).
Viena até pode parecer um paraíso, mas acredita que é daquelas cidades onde não queres estar mais de uma semana.
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