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Música

O Flautista de Pã canta tudo sobre o Amplifest

Uma canção para o festival do Outono.

Nestes últimos meses, aquela ilustração do Flautista de Pã, com uma coruja no ombro, serviu sempre para anunciar excelentes novidades no Amplifest do Porto. Um gajo abria uma página qualquer e lá estava o grande par de cornos da criatura mitológica junto a nomes como Godspeed You! Black Emperor, Ufomammut, Barn Owl ou White Hills. A ameaça passou a ser constante e semelhante a um Kramer que pode entrar porta adentro a qualquer momento de um episódio do Seinfeld. Juro que, em Setembro, houve noites em que imaginei o Flautista de Pã a interromper-me o jantar para vir cantar sobre o Amplifest, como o Billy Crystal faz na abertura dos Óscares. Isto pode resultar um bocado mal, mas assim reza a canção do Flautista. Amplifica-me a Flauta de Pã (introdução de flauta tipo King Crimson) Faz frio em Outubro,
Amplifica-me a Flauta de Pã,
Este cartaz está ao rubro,
Pede 60 euros à mamã. Já viste bonitos calções,
naquele festival espanhol,
agora não uses tampões,
Amplifest não é para picha mole. (entram as cordas e o Flautista aumenta o volume da voz) O cartaz está fechado,
Mas há novidades,
Não vai tocar Presidente Drógado,
Mas este fest vai deixar saudades. Toma lá Black Bombaim,
Oxbow Duo e Necro Deathmort,
RA / Löbo é grande chinfrim,
Process of Guilt tocam malhas de má sorte. Há Bohren und der Club of Gore,
Rock psicadélico para viajar no espaço,
Vende esse disco raro de Nevermore,
Para beber um fino e mandar um traço. Fugazi, Fugazi,
que grande hiato,
toma lá o documentário Instrument,
melhor que ver o Malato. (solo de flauta à Bardo Pond) (conclusão semelhante ao último minuto de “Bohemian Rhapsody”) Amplifest é o cartaz do ano,
Conta-me o que viste depois,
Miguel, vais para a Sala Um,
Bia, tu ficas com a Sala Dois.