Shit Music For Shit People
7/10 Os Wildmen caíram-me em cima (salvo seja) através desse maravilhoso método de comunicação interpessoal que é o electronic mail. São um duo italiano, o que me faz lembrar uma história que me contaram — bem, na verdade, ocorreu na semana passada —, em que uma miúda bastante cega não parava de pedir a um italiano que lhe dissesse: “Bom dia, princesa!” Sinal de que viu A Vida É Bela demasiadas vezes. Ok, isto não tem assim tanta graça. Na altura, ri-me. Mas, a bem dizer, sou uma puta das gargalhadas. Adiante: os Wildmen são um duo garage punk que acabam de editar o seu primeiro disco, homónimo, através de uma editora maravilhosamente intitulada Shit Music For Shit People, que provavelmente contará no seu roster com essa coisa execrável que vai pelo nome Autre Ne Veut. Não sabendo de todo se os fãs de Wildmen são uns merdosos, ou se eles têm fãs sequer, tenho de dizer que nada do que aqui ouço me parece Shit Music; ao invés, é um bom disco rock n' roll para quem gosta de rock n' roll, de abanar um bocado o pé, de fazer os possíveis para papar a Maria. Podem picar o disco aqui, já que eles foram simpáticos o suficiente para o disponibilizar à malta. Se não souberem por onde começar, isto é, forem daqueles tipos que não gosta de ouvir discos desde o início (sim, existem), têm aí a “Migrant Love”, que é como quem diz, uma reformulação punk da “Subterranean Homesick Blues” do Bob Dylan. O resto é divertido quanto baste para se ouvir umas quantas vezes. Além disso, a primeira malha, que é igualmente o single de estreia, intitula-se “Haters Gonna Hate”. Como não adorar?