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Depois dos depoimentos dos réus, julgamento dos 18 entra na reta final

Caso que pode definir o futuro da livre manifestação no Brasil deve terminar em 2018.
Parentes, amigos e alguns dos jovens que respondem processo reunidos no Fórum Criminal da Barra Funda. Foto: Tuane Fernandes/VICE

Na tarde de terça-feira (12) no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, os 18 jovens presos antes de uma manifestação Fora Temer em 2016 passaram por mais uma etapa jurídica no processo que os acusa de corrupção de menores e associação criminosa. Mais uma vez, familiares e amigos dos jovens se reuniram na frente do fórum em protesto de solidariedade. Todos os réus foram ouvidos pela juíza do caso e mais duas testemunhas — o delegado do DEIC Fabiano Fonseca Barbeiro e o professor Pablo Ortellado — também compareceram para depor.

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Policiais militares fizeram escolta, impedindo que os manifestantes se aproximassem da porta de entrada, como tem sido praxe no julgamento dos 18, muito embora o espaço do fórum seja público. Ainda que a polícia e dois caminhões do Choque tenham ficado estacionados durante toda a tarde no estacionamento do fórum, o clima foi tranquilo. Uma aula aberta de Direitos Humanos foi comandada por Lisete Arelaro, professora titular da Faculdade de Educação da USP e contou com a participação de secundaristas.

Por volta das 18h, os jovens foram sendo liberados após contarem sua versão dos fatos. A promotoria não fez nenhuma pergunta aos réus, o que acelerou o encerramento da audiência. Segundo um dos advogados, o testemunho de William "Balta Nunes" Botelho deve ser realizado em próximo momento por meio de carta precatória e videoconferência.

Além do depoimento de Botelho, o processo dos 18 ainda terá a fase de memoriais dos advogados de defesa e do MP e, finalmente, a decisão da juíza do caso que tem o potencial de criar um precedente bastante tenebroso para o direito de livre manifestação no Brasil.

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