As vidas de Angela Chase, Rayanne Graff, Ricky, Brian Krakow e Jordan Catalano estão sempre em estase. Quando os deixamos em janeiro de 1995, Brian estava em sua bicicleta rodeando Angela que dava piruetas no meio da rua, falando com ele, flertando com a ideia de flertar com ele. A série nunca voltou pra uma segunda temporada, apesar da aclamação da crítica, por isso na minha cabeça eles ainda estão lá, Krakow pedalando em um loop eterno em torno de seu primeiro amor.
Minha Vida de Cão (My So-Called Life, em inglês)foi um divisor de águas para a TV adolescente. De uma vez por todas, mostrou personagens que não eram reluzentes e perfeitos, e que lutavam com problemas adolescentes reais: solidão, sentimento de exclusão, ter seios pequenos, ser o único cara gay em sua escola, odiar seus pais e ao mesmo tempo desesperadamente precisar da aprovação deles, a coisa estranha que acontece com filhas e pais quando uma garota atravessa a puberdade e eles de repente não sabem mais como falar um com o outro, a dor de ser a irmã mais nova quando sua irmã mais velha se torna temperamental e misteriosa, e a dor ainda pior de ter uma irmã pré-adolescente que é super irritante e intrometida. E isto é apenas a ponta do iceberg.
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A série minimizou a ideia que adolescentes eram (levemente) mais adultos com aparência jovial que tinham coisas loucas e bem improváveis acontecendo com eles, mas que ainda eram capazes de segurar as pontas – estou falando com vocês aqui, Barrados No Baile – e ao invés disso mostrou adolescentes em toda a sua glória engordurada e maculada. A coisa maravilhosa sobre a maioria dos adolescentes é que eles se sentem como se coisas loucas estivessem acontecendo com eles e suas emoções são incrivelmente intensas, mas na realidade eles apenas estão vivendo em condomínios e indo pra escola e sentindo as mesmas coisas que as pessoas de sua idade têm sentido por centenas de anos.
Minha Vida de Cãoretratou perfeitamente aquela expectativa desesperada por algo que aconteça, um desejo que vive ao lado de um medo profundo que algo realmente venha a acontecer. Algo que seria, tipo, a pior coisa de todas. (Eu quero fazer um relatório de quantas vezes a palavra “tipo” é usada na narração em off da Angela. São MUITAS. Eu a culpo por, tipo, arruinar meu vocabulário).
Então sabemos que o ótimo roteiro (um viva para Winnie Holzman. Lenda!) e a atuação dos jovens atores são a espinha dorsal do apelo duradouro de MVDC, mas não há dúvida de que o figurino do elenco e a trilha sonora da série cimentaram seu status de cult. Assim como em As Patricinhas de Beverly Hills, os criadores deram a seus personagens guarda-roupas que evocavam como os adolescentes se vestiam (ou queriam se vestir) na época, mas com uma pequena intensidade extra. Eles levaram isso um pouco além e consequentemente começaram suas próprias tendências. Levante a mão se você já pintou seu cabelo de vermelho cereja, ou teve uma mochilinha étnica, ou se apaixonou loucamente por xadrez, ou perdeu a compostura por tamancos depois de assistir ao seriado. Eu sei o que eu fiz. Ainda tento, e me visto como a Angela ou Rayanne agora. Também foi o nascimento do desejo de uma geração por Jordan Catalano, representado pelo vencedor do Oscar Jared Leto. Tão sinônimos são Leto e Catalano que quando assisti a ele catando sua estatueta, meu primeiro pensamento foi “o Jordan consegue ler!” De qualquer maneira – o garoto fez direitinho. E ele ainda é lindo. [Porque ele certamente fez um pacto com o demônio – Ed.]
Infelizmente a banda de Jordan, Frozen Embryos, nunca chegou à Rolling Stone, mas MVDC trouxe ao público um bocado de música surpreendente, incluindo canções de Buffalo Tom, Sonic Youth, e os Lemonheads. Ei, em um episódio a Juliana Hatfield até fez uma ponta como um anjo adolescente sem-teto. A série fez minha irmã entrar no grunge, e a segui logo depois. Acho que os requisitos pra que uma banda tivesse uma música no MVDC devem ter sido:
1. Emocional.
2. Vocal masculino grisalho/gorjeios doces de mulher à Liz Fraser
3. Guitarras x 4.
4. Ao menos uma menção de ser diferente/ um excluído na letra.
Ou seja, sem mais delongas, aqui estão Brian, Angela, Rayanne, Jordan e Ricky compartilhando seus guarda-roupas, música, vidas e amores.
RAYANNE
Rayanne Graff é a melhor amiga que você adora, mas pela qual você se sente intimidada. Ela é uma versão mais corajosa e intrépida de quem você quer ser. Se a sua vida é em tons pasteis e rock suave, a dela é neon e deveras feliz. Esta garota é uma princesa Technicolor de boca suja. Seus pais odeiam ela – o que é apenas outra razão pra você amá-la ainda mais.
É fácil encontrar sua própria Rayanne Graff, já que esses tipos se pavoneiam: elas usam suas personalidades em suas mangas, e suas personalidades são tie-dye. Como você pode ver acima, Rayanne ignora completamente a regra de Coco Chanel de remover um acessório antes de sair de casa – no lugar disso, Rayanne acrescenta oito coisas. Ela está usando um CORPETE na escola com uma camisa xadrez e um boné pra trás. Ela não tá pra brincadeira.
Na verdade, Rayanne se define em confrontar e sobrepor estampas. Abaixo ela está usando duas camisas xadrez e calças listadas. O corpo dela é um festival e todos os flanelados estão convidados.
LOL olha a cara do Ricky. Ricky clássico.
Ei, caras, quais são suas opiniões sobre usar uma camisa tie-dye ou uma camisa xadrez? Porque Rayanne tem uma opinião sobre o assunto e esta opinião é que É INCRÍVEL.
Eu nunca considerei chapéus coco como uma opção – eles são mais pro Pai em Mary Poppins do que uma opção real de estilo – e ainda assim…
Incidentalmente, este é o chapéu que Rayanne usa quando ela brevemente se torna a vocalista dos Frozen Embryos (no episódio em que Tino, o enigmático e nunca visto, rápida e dramaticamente sai da banda). A performance dela é simplesmente lamentável, mas não acho que tenha sido culpa do chapéu. PODEMOS AGORA PARAR DE CULPAR O CHAPÉU.
O cabelo de Rayanne também é uma maravilha: tranças aleatórias, mechas loiras, prendedores florais e presilhas de borboleta – e com isso quero dizer presilhas de borboleta de plástico de verdade – todos residem em sua cabeça uma hora ou outra. Algumas vezes todos ao mesmo tempo. Também amo essa camisa de cowboy bordada que ela está usando abaixo. Se minimalismo fosse uma palavra no teste de vocabulário de Rayanne, ela levaria um ZERO grande e vermelho.
Quando o assunto é música, Rayanne é uma fã e tanto do Grateful Dead. Quando o pai de Angela consegue ingressos pra elas, Rayanne fica pra lá de empolgada. Ela vai pra escola com seu cabelo em cachos de pequenas tranças e sua melhor camiseta tie-dye psicodélica.
E ela emparelha este look clássico com All Star (clássico) com cadarços diferentes (rebelde). E ainda, ESSAS MEIAS.
Rayanne ama Nirvana, dizendo “não posso nem olhar pra ele”, quando uma foto do recém-falecido Kurt é colocada diante dela. Rayanne é Problema com um P bem grande, mas também é uma garota com problemas: ela usa drogas, ela não se importa em ser chamada de vadia e *ALERTA DE SPOILER* ela faz uma das piores coisas que uma garota pode fazer a outra.
Mas ela também consegue arranjar garotos artistas pra pintar seus sapatos.
Rayanne é os Ramones, ela é o Sonic Youth, ela é o Urge Overkill, mas ela também é a música tema da Vila Sésamo, que ela cantarola. Muito. Na verdade, em um momento ela até a transforma em uma música de strip-tease sexy. Rayanne clássica: escrotizando em toda oportunidade inapropriada.
Deixarei vocês com a melhor citação de Rayanne:
“Duas palavras: Tino.”
ANGELA
Ao crescer, sempre quis ser a Angela, mas sabia que era na verdade a irmã pequena e irritante dela, e minha irmã mais velha era a bela misteriosa ruiva. Na série, a maior parte das falas de Angela são em sua cabeça, não acho que ela fale muito pra, tipo, outras pessoas. Mas sabemos o que ela está pensando e sentindo por seus olhares de expectativa, monólogos internos, e sua cara de choro.
Angela é puro sentimento. Ela é tão crua que é basicamente um sushi, e ela percebe cada nuance no comportamento das pessoas e então fica obcecada por eles. Ela se apaixona completamente por Jordan Catalano à distância, e depois tem que lidar com o fato de que ele não é de fato um namorado palpável. Por que sempre queremos o bad boy (ou girl) quando tudo que eles nos trazem é dor e cara de choro? Ou, ainda pior, eles se apaixonam pela gente e deixam de ser maus e aí percebemos que eles são apenas normais e chatos.
Enquanto isso, Angela nos ensina como usar malhas coloridas justas e vestidos xadrez.
Nunca tive um namorado de verdade, e não sei se isso é normal ou não.
A trilha sonora de Angela é muito pesada com bandas que lidam com #SentimentosProfundos. Ela se vê calma ao se sentar em seu quarto e ouvir Cranberries por horas. Ela vai pra uma rave, volta pra casa, e mergulha em algum Enigma ou R.E.M. Todo mundo sofre, mas Angela sofre bem mais.
Mas então chega a manhã gloriosa em que ela acorda e percebe que ela não está mais triste por conta do Catalano. Ela o superou e para celebrar, dança pelo quarto ao som de Violent Femmes. A garota estava pulando na sua cama antes mesmo da Kirsten Dunst. Nota de rodapé: até o pijama dela tem detalhes em xadrez.
No caso de você estar fazendo uma enquete, meu modelito favorito da Angela é esse aqui:
Amo esse suéter, parece tão confortável, quero casar com ele e ter sueterizinhos com ele e criá-los pra serem contadores. E amo o fato dela o vestir com xadrez e leggings e meias.
Gente.
CA. MA. DAS.
Esse casaco asteca também é um sonho danado de bonito. Cai muito bem com o equipamento de ciências dela. (Mas o que é mesmo um medidor de volumes?)
Mais exemplos de sobreposição abaixo, desta vez com jeans e – adivinha – XADREZ.
No começo da série, Angela muda tudo nela mesma. Bem, ao menos as coisas que contam pra um adolescente. Ela pinta seu cabelo, para de usar malhas justas brancas e conjuntinhos, e ela larga de sua melhor amiga de tempos, Sharon. É parecido com a reformulação de vida que Lindsay Weir faz em Freaks and Geeks. Estou certa de que muitos de nós passamos por transformações como as deles numa certa idade. É um momento pegajoso em nossa história de vida: “Sim, eu era o melhor amigo dessa pessoa… mas aí eu quis andar com essas caras, então… hum…” O resultado é um período de perturbação pra qualquer um envolvido, e sinto que isso está meio que representado pela maneira que Angela se veste. Tem muito da Rayanne em seu guarda-roupa, mas acho também que algumas vezes ela se apavora consigo mesma e seu desejo de crescer e ser diferente, daí ela volta pra seus modelitos seguros, como esta jardineira.
Mas cara, oh cara, como eu gosto quando ela solta esse lado Rayanne dela.
Vou ouvir um pouco de Bettie Serveert e observar a Angela nesta roupa por um tempo.
Oh, quase esqueci: ESSES TAMANCOS.
RICKY
Ricky é um sonho, queria poder ter tido um amigo como ele quando cresci. Ele é um cara bom, doce, engraçado e gentil. E muito intuitivo. Ela saca o amor profundo de Angela por Jordan Catalano (porque ele está a fim do Catalano também) e ama a Rayanne como irmã mesmo quando ela está sendo o mais autodestrutiva. Além do que, essa camiseta!
Estampas. Lembra ano passado quando a Solange só falava em ESTAMPAS todo santo dia? Aposto que ela estava assistindo MVDC de novo pra se inspirar.
Não sabemos muito sobre a vida pessoal de Ricky – ele é bem quieto nesse sentido, fora o fato de que a angústia de Angela é quase sempre ensurdecedora – mas sabemos que os outros garotos não deixam barato pra ele, mas isso não o impede de ser quem ele é. Ele é como o Duckie em A Garota de Rosa Shocking. Imagina o quanto Duckie não se doeria por estes coletes:
Pra ser justo, todos eles estão muito bem nesta foto, mas Ricky realmente rouba a cena.
Também não sabemos muito sobre a música que Ricky gosta, mas talvez o meu momento predileto de toda a temporada seja quando “What is Love” do Haddaway toca na festa da escola e Ricky e sua parceira Delia (na sua cara, Brian!) simplesmente ENLOUQUECEM ao ouvi-la. Você vê Ricky em toda a sua glória velada e você sabe apenas que este cara largou o segundo grau e se tornou o Rei Fodástico do Universo.
Oh, e ele está usando outro colete incrível.
Eu recomendo uma pausa: pare de ler este artigo e dance livremente com Ricky ao som de Haddaway. Acredite, você vai se sentir melhor depois.
JORDAN CATALANO
Nós temos que dizer seu nome inteiro, não? Sinto como se tivéssemos. Ele é como o Empire State Building ou Sabrina Aprendiz de Feiticeira: ele é uma Instituição Norte-Americana.
Será mesmo? Porque tenho que dizer, assistir novamente a isto como adulta, achei que Jordan Catalano ficou devendo algo. Quero dizer, sim, ele é lindo daquele jeito anos 90 onde tudo é o cabelo e os olhos, mas como personagem ele meio que é fraco. Ele canta uma canção de sua autoria pra Angela chamada “Red” e ela obviamente crê que é sobre ela, com seus cabelos vermelhos e tal, mas claro que não. Não, é sobre o CARRO dele.
Quase gosto disso, porque a Angela não se ofende, mas ri dele. Ela fica, “LOL Você escreveu uma música sobre seu carro?!” E isso me faz pensar que a Angela era bem legal. Ainda assim, é meio que burro da sua parte fazer isso quando você meio que está ficando com uma ruiva, não?
Este bilhete também aparece:
Angela & Jordan Catalanao
SEXO TOTAL!!!
No carro dele.
…você acredita nela?
E não é verdade. Mas quando Angela o pergunta sobre isso, a resposta é “Hum, sim, acho que isso quer dizer que nós devíamos ter feito isso, já que todo mundo pensa que fizemos”. Talvez apenas esteja muito velha agora, mas não tenho tempo pra interesses românticos que vão dizer pouco e o pouco que dizem seja imbecil. Parecer com Leonardo DiCaprio em Romeu + Julieta só te distancia, meu amigo.
Mas se você REALMENTE quiser se parecer com um galã dos anos 90, você deve adotar algumas regras de estilo de Jordan Catalano.
1. Gargantilhas (e blusas térmicas de manga comprida) são unissex.
2. Jaquetas de veludo cotelê forradas de lã de ovelha são ótimas.
3. Colírio é sempre útil quando você tava queimando um porque você não consegue ler então a aula de inglês é chata.
4. Aprenda como se encostar bem.
5. Sempre estique suas mangas para que cubram o máximo de suas mãos.
6. AFASTE-SE DA RAYANNE
Musicalmente, você vai escutar um bocado de Jawbox, Buffalo Tom, Lemonheads e Archers of Loaf. Basicamente as bandas que Andy Dwyer tenta emular com o Mouse Rat.
“Ela é meu abrigo da tempestade
Ela é onde descanso a cabeça
Tarde da noite, me mantém quente e seguro
Eu a chamo de VERMELHA.”
“Red”, por Jordan Catalano. Assista novamente abaixo e tente esquecer que Jordan Catalano hoje em dia é o vocalista do 30 Seconds to Mars.
BRIAN KRAKOW
Eu amo o Brian. Amo quando ele enfia a camisa pra dentro da calça, amo seus cachos macios, amo sua falta de habilidade em expressar seu amor por Angela sem a insultar, amo quando ele dá voltas com sua bicicleta em torno da casa dela toda hora, e que algumas vezes ele circunda a casa dela de patins. Amo o fato de sua coleção de calças sociais ser vasta. Eu amo Brian.
UMA EREÇÃO A PARTIR DE UM CONTATO FÍSICO DE FATO.
Brian é um grande realizador, ele sempre faz a coisa certa, mas ele se ressente com o mundo por não agradecê-lo e recompensá-lo com popularidade e amor. O episódio em que ouvimos o seu monólogo interno no lugar do de Angela é sensacional. Nunca percebi que era tão difícil ser um garoto, e é difícil em uma maneira completamente diferente do que ser uma garota.
Também temos que falar sobre a cena no corredor, onde Jordan Catalano caminha até Angela e desliza sua mão na dela, finalmente uma demonstração pública de afeto por ela (veja abaixo). Neste momento icônico da TV a câmera se vira pro Brian e vemos ele de fato morrer por dentro. Vemos seus órgãos pifarem, um por um, o sangue escoar de seu coração, e sabemos que ele está experimentando um nível de dor indizível. Se você não ficou no seu quarto por horas ouvindo esta canção do Buffalo Tom depois disso, então você não tem alma e nunca mais vai poder usar xadrez novamente.
Você acha que ele gosta desse suéter Cosby, ou ele o usa só porque está à mão e limpo?
O que é isso que o encoraja a estar alinhado todo o tempo? Ou será algo que ele faz pra si mesmo? Ele odeia bagunça? Ele vai ser um pesadelo pra dividir um quarto na faculdade? Pedindo por um amigo.
“Ei, Brian, pare de brincar com meu coração!”, que a Angela não diz.
A tentativa de amizade com Ricky é uma coisa bonita. Eu amo quando esses dois estão juntos, olhe só pra eles! Provavelmente falando sobre aqueles fêmeas loucas ou algo do tipo.
Não sei de que tipo de música Brian gosta. Acho que ele provavelmente seria um fã das mesmas coisas que Angela, mas ele não seria tão aguçado como ela para procurá-las. Também acho que ele tem algo pela Shania Twain, mas ele não poderia dizer a ninguém sobre isso.
Oh, Brian. Brian e o sutiã.
Amei escrever sobre esses caras, amo esses personagens de uma maneira bem profunda e sincera. Me mata pensar que eles nunca conseguiram continuar a história deles, que ainda estão aprisionados no provincialismo dos anos 90, repetindo as mesmas questões repetidamente, mas acho que talvez essa seja a metáfora perfeita em ser um adolescente. Nunca conseguimos escapar dos nossos “eus” de 16 anos, não importa quão velhos fiquemos, estamos apenas vivendo um ciclo infinito de sentimentos e problemas, lutando com as mesmas vulnerabilidades e padrões gravados na pedra há tempos atrás. Tem vezes que anseio por uma volta ou uma reprise de MVDC, mas não acho que iria funcionar agora. Adolescentes ainda têm problemas, é claro, mas eles parecem ter mais escapes para suas aflições (salve tumblr). Antigamente, era algo tão reprimido e interno, e você sempre tinha cãibra na mão de escrever furiosamente no diário com uma caneta de verdade. Selfies eram tiradas com câmeras descartáveis com flash. Você não podia comprar roupas online. Kim e Thurston ainda estavam juntos.
Então Rayanne, Ricky, Angela, Brian e Jordan Catalano estão para sempre aprisionados, como inseto em fósseis de âmbar. Talvez um dia os descongelemos e os transformemos em dinossauros. A esperança é só o que me resta.
Elizabeth Sankeyé a expert preeminente mundial em MVDC, juntamente com a camarada escritora da Noisey Kathy Iandoli e a Editora de Estilo da Noisey Kim Taylor Bennett. Sankey também é metade da banda Summer Camp e está no Twitter. Siga-a: @Sankles