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Morte de Marielle mobilizou 567 mil tuítes; 7% deles criticaram a esquerda

Grande maioria de usuários do Twitter expressou revolta e condolências.
Crédito: Reprodução/ Twitter

Desde o anúncio do brutal assassinato da vereadora Marielle Franco, do PSOL, na noite de quarta-feira, no Rio de Janeiro, o Twitter se tornou a principal plataforma de mobilização sobre o caso. De acordo com levantamento da FGV-DAPP divulgado nesta sexta-feira, foram mais de 567 mil menções ao nome da política. O pico ocorreu cerca de duas horas depois do homicídio, por volta de 23h50, com 594 tuítes por minuto.

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O estudo afirmou que 88% das menções a Marielle foram mensagens de luto e de destaque à trajetória de Marielle. Entre os tuítes mais populares nos grupos, afirma a pesquisa, há grande endosso à visão de que Marielle foi executada de propósito. Muitos tuítes atribuíram a culpa do crime à polícia.

Os usuários também aproveitaram para repercutir falas de Marielle Franco na véspera de sua morte. As mais retuitadas foram as que fizeram menção ao homicídio de um adolescente pela Polícia Militar e críticas à atuação da PM em Acari, bairro da Zona Norte do Rio.

Gráfico feito pela FGV-DAPP

Uma parcela pequena de opositores aproveitou o episódio para se manifestar contra políticas de esquerda e direitos humanos. Segundo o levantamento, 7,14% do debate foi ocupado por pessoas que se apresentavam como anti-esquerda e que defendiam medidas duras de segurança.

O principal influenciador desta pequena ala foi Flavio Morgenstern. Ele teceu comentários a favor da legalização de armas e da prisão perpétua. Também aproveitou para criticar o uso da morte pelo PSOL e que não seria justo dizer que a violência atinge mais um determinado grupo do que outro.

Ainda que as críticas tenham sido respondidas e inflamadas, os tuítes a favor de investigação sobre o crime de Marielle Franco trouxeram mais mobilização para fora das redes. Ontem, diversas capitais nacionais receberam protestos contra a violência e o genocídio negro. No Rio de Janeiro, milhares de pessoas caminharam pelas ruas centrais da cidade e lotaram os entornos da Assembleia Legislativa Estadual do Rio de Janeiro.

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