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Diretor defende filme com alegações de abuso sexual contra Michael Jackson

'Leaving Neverland' é um documentário de quatro horas sobre dois homens que dizem ter sido molestados quando crianças.
KC
Queens, US
Madalena Maltez
Traduzido por Madalena Maltez
MS
Traduzido por Marina Schnoor
Michael Jackson
Foto por Phil Dent/Redferns via Getty Images.

Em 25 de janeiro, o Sundance exibiu Leaving Neverland, um documentário de quatro horas detalhando alegações de abuso sexual que cercaram Michael Jackson desde os anos 90. Dirigido por Dan Reed, o documentário conta a história de James Safechuck e Wade Robson, dois homens que afirmam ter sido sexualmente abusados pelo cantor quando crianças.

Numa declaração obtida pelo Hollywood Reporter no dia da exibição, a família de Michael Jackson denunciou o filme, chamando-o de “um assassinato de caráter de tabloide” e um “linchamento público do legado do cantor”, enquanto acusava os participantes de “perjúrio”.

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Esta semana, numa entrevista para o Hollywood Reporter, Reed se defendeu. “O filme não é baseado em Jackson – acho que assistindo você percebe que a história é sobre essas duas famílias e Jackson é um elemento dessa história”, diz Reed. “Mas não tentei caracterizá-lo. Não comento sobre Jackson. […] O filme é um relato de abuso sexual, como abuso sexual acontece, e como as consequências disso se desenrolam mais tarde na vida.”

Em Leaving Neverland, Robson alega que foi sexualmente abusado pelo cantor dos 7 aos 14 anos. Safechuck, que estrelou um comercial da Pepsi com Jackson quando criança, alega que também foi molestado pelo cantor a partir dos 10 anos.

Quando Jackson ainda estava vivo, Robson e Safechuck disseram sob juramento, em diferentes ocasiões, que o relacionamento deles com o cantor nunca foi sexual. Em 1993, Safechuck serviu como testemunha de Jackson num processo civil depois que um garoto não-identificado de 14 anos acusou o cantor de abuso sexual. Robson também testemunhou na investigação criminal de Jackson de 2005 sobre abuso infantil. Os dois homens mudaram suas declarações anos depois da morte do cantor, e novamente para as câmeras em Leaving Neverland. Desde a morte de Jackson em 2009, Robson e Safechuck abriram processos por stress e trauma, que foram negados por um juiz. Agora os dois estão apelando da decisão.

Na exibição no Sundance das primeiras duas horas do filme semana passada, especialistas em saúde mental estavam presentes no local para ajudar a plateia a processar o documentário. A crítica do Slate sobre o filme deu um vislumbre de parte do conteúdo do filme:

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Nas primeiras duas horas do documentário de Dan Reed, Wade Robson e James Safechuck já tinham recontado os detalhes de suas memórias de como Michael Jackson abusou sexualmente deles quando eram crianças: como, dizem, o cantor seduziu a eles e aos pais até que os garotos tiveram permissão de dormir no quarto dele sozinhos; como ele começou com um toque na coxa passando para a virilha, colocando as mãos dentro dos pijamas deles para segurar seus genitais e dizendo para eles repetirem isso no corpo dele; como ele os instruiu a abrir a bunda para que ele pudesse ver o ânus deles enquanto se masturbava.

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Matéria originalmente publicada pelo Noisey US .

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