Uma série de clipes postados no canal da IEEE Spectrum – publicação científica voltada para engenharia elétrica e eletrônica – destacou os melhores momentos da Cybathlon 2016, que ocorreu em Zurique, na Suíça. Diferentemente de outras competições, nela paratletas usam uma variedade de instrumentos robóticos e interfaces cibernéticas para competir.
O professor da universidade ETH Zurich e do Centro Nacional de Competência de Pesquisa em Robótica (NCCR Robotics, na sigla original) Robert Riener foi o responsável pela concepção da Cybathlon em 2014. Apenas dois anos depois, em outubro de 2016, foi realizada a primeira edição do evento que teve como objetivo fomentar o debate entre acadêmicos, desenvolvedores da indústria de tecnologia e deficientes físicos.
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Várias modalidades compõem o Cybathlon. Estão lá tecnologias como interface cérebro-máquina, bicicleta com eletroestimulação, próteses de membros superiores e inferiores, exoesqueletos e cadeiras de rodas elétricas. Alguns desses nomes são autoexplicativos, outros nem tanto. Durante a corrida com interface cérebro-máquina, um dos não tão óbvios assim, os pilotos utilizaram apenas seus estímulos cerebrais para controlar avatares digitais em um jogo de computador.
Já nas bicicletas com eletroestimulação, competidores paraplégicos pedalam com a ajuda de motores que estimulam seus nervos causando contrações musculares, o que possibilita a pedalada.
Já chamada de “Olimpíadas Biônicas” e “Olimpíadas Ciborgues”, a Cybathlon ajuda pessoas com deficiências a desenvolver habilidades para lidar com as dificuldades. E em última instância isso as ajuda a também a lidar com problemas do mundo real. Ao exercitar seus músculos e usando estimulação artificial nas áreas lesionadas e com capacidade de locomoção reduzida, os competidores da Cybathlon estão na intersecção do atletismo, pesquisa de ponta e biotecnologia.
Tradução: Brunno Marchetti