Este milénio ainda ressoa a Chuck Berry

Em consonância com o dia em que ele faleceu (18 de Março), escolhemos 18 malhas do século XXI para inflamar as pistas de dança em hora de ponta. Aconselhadas a caloiros da Universidade que estejam interessados em descobrir pérolas do tempo em que ainda usavam fraldas, ou a adultos que por estes dias só sintonizam a Comercial, a RFM e afins.

A banda sueca, com um repertório que inclui bons momentos pop "apunkalhados", é conhecida por este "one hit wonder". A mexer a anca, o vocalista Pelle Almqvist mostra dotes inspirados em Mick Jagger.

O álbum Is This It está, com justiça, no topo da lista das edições discográficas mais importantes dos últimos 17 anos. A capa tem o toque "kinky" ideal para noites passadas com alguém que adore palmadinhas.

Numa lista a versar o rock não podia faltar Mr. Jack and Ms. Meg, "right"? Por alguma razão, esta música passou a ser hino em alguns estádios de futebol.

E pelo meio diz: "Come here baby I love your company / We could do it and start a family". Sim, é possível fazer amor e ouvir barulho ao mesmo tempo. O colectivo Cansei de Ser Sexy que o diga. O clip escolhido leva-nos ao Festival de Paredes de Coura e à brilhante edição de 2005.

Assim, de repente, a Escócia artística é conhecida pelo Festival de Teatro de Edimburgo (em Agosto), as aventuras de Sean "James Bond" Connery, ou Trainspotting. Acrescentem estes rapazes à lista.

Se ainda não fizeste "jump" ao ritmo deste tema, é porque não tens frequentado os bares/discotecas que marcam a diferença. Este video não-oficial é para fãs de aeróbica "old school".

Os lobos podem existir, os cães ladrar e a caravana passar. Um olhar pode-nos seduzir, uma bebida não matar a sede e as calças romperem-se. Desde que esta canção nos mime com euforia, tudo o resto é secundário.

Chamam "rock matemático" ao som destes nova-iorquinos. A música dos Paus (lol), desculpa, dos Battles, é instintivamente penetrante.

Há nove anos, a carreira dos Gossip estava a rolar em alta. Em palco, Beth Ditto, a "frontwoman" que deu um novo argumento ao "rock de peso", era extravagante e bela. O ano passado disse que a banda cessou actividade. Não há problema. Teremos para sempre este excitante single.

Dizem que são precisos dois para dançar o tango. Com estes ingleses isso é evidente e, melhor ainda, é quando alguém como SebAstian assina remixes deste calibre. "It's alright, it's alright / To be me, to be me", ouve-se. Um tema para todos os egos.

Os betinhos de Brooklyn sabem o que é construir faixas rápidas e orelhudas. A receita junta a dose certa de pop, um salzito de ska e um pouco de Paul Simon. Completamente na mouche.

Este grupo tem um dos nomes mais "indie fofinhos" da cena musical. Ao escutá-los, o coração só faz stop quando o DJ muda para outra. "On repeat, please".

Karen O nasceu na Coreia do Sul e é através dos YYY que espalha um charme inelutável. Se queres começar uma playlist dedicada à tua cara-metade, como no filme "High Fidelity", vai por aqui. Tudo se inicia no ponto Z.

Ver a personagem deste videoclip a mexer o corpinho e a cantar (playback, certo?) merecia, só por si, uma "flash mob". Hilariante e com o som indomável oriundo do Ohio.

Longe vão os dias em que, musicalmente, a Austrália era "apenas" sinónimo de AC/DC, INXS, Nick Cave & The Bad Seeds, Kylie Minogue, Crowded House, ou The Go-Betweens. Os novos ares incluem Midnight Juggernauts, Tame Impala, Flume, Chet Faker, Alex Lahey, ou Courtney Barnett. A última editou o fabuloso Sometimes I Sit and Think, and Sometimes I Just Sit.

Will Toledo, o mentor dos CSH, nem parece ter a idade que tem (24). A sua banda tem revelado uma carreira prolífica, com mais de uma dezena de álbuns. São considerados a nova coqueluche do rock oriundo do outro lado do Atlântico e, por vezes, a voz de Will lembra Eddie Vedder dos Pearl Jam.

Os representantes portugueses nesta lista que celebra Chuck Berry, vêm do Porto, adoram sandes de manteiga e amendoim e mostram que têm energia para dar e vender. Vai uma de pepperoni?

João Daniel, DJ que marcou as after-hours da noite lisboeta com o clube Climacz, afirmou que o DJ seria o maestro da actualidade. Reforçamos: alguns são rock stars pela atitude e pelo número de seguidores. Sentir a vibração do público em redor dos Justice (igualmente produtores) confirma-o.