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Música

Escute Esse Remix do Wehbba para “Pushin Too Hard”, do Saints & Sinners

Pecado é não ouvir isso aqui!

Há duas semanas, o Wehbba disponibilizou em seu Soundcloud um remix para a faixa "Pushin Too Hard", do Saints & Sinners, dupla germânica de house que lançou poucos, mas consistentes trabalhos entre o fim dos anos 90 e começo dos anos 00. A faixa, no caso, era um rip do show do Pete Tong na BBC Radio 1 em qualidade baixa, mas dava pra sentir a força percussiva que ele inseriu na sua versão para a clássica música. Para marcar o lançamento do EP com a original e o remix, ele mandou pra gente do THUMP uma edição alternativa do remix que também fará parte do EP, com o bem-escolhido nome de "Sinful". Com graves mais gordos e um BPM mais sensual do que o primeiro remix, os dois mantém a energia e a classe da faixa original. Nós trocamos uma idéia com ele pra saber qual sua ligação com a faixa e sobre seu processo de produção e remixagem.

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O EP incluirá os dois remixes, além da original, e já está disponível pela Systematic Recordings via Beatport.

THUMP: Quando e como você descobriu ou ouviu pela primeira vez essa track? E por quê remixa-la?
Wehbba: Quando eu comecei a me aventurar como DJ no início da década passada, eu era muito fã de John Digweed e seguia tudo o que ele fazia. Essa faixa saiu no seu selo Bedrock lá pelo ano 2000, e desde então se tornou uma das minhas faixas prediletas, então tem uma carga emocional muito grande pra mim. Eu nunca tive a idéia de tentar fazer um remix dela, mas aí veio uma daquelas coisas do destino: eu tinha acabado de remixar um outro clássico (Lambda, "Hold on Tight"), a pedido do Marc Romboy, cabeça do selo Systematic Recordings, e coincidentemente ele é muito amigo dos autores originais, o Yoogie e o Wilfried, que eram os Saints & Sinners. Hoje, eles possuem um restaurante, e numa visita da Monique, minha manager e booker do Marc no Brasil, ele a levou ao restaurante, aí deu aquela faísca e ele sugeriu à eles a possibilidade de me convidar para remixar "Pushin' Too Hard". Topamos imediatamente, e pra mim foi uma honra e um grande desafio.

Como é o processo de fazer dois remixes diferentes da mesma faixa? É uma necessidade de expandir a faixa pra outras interpretações, ou a possibilidade que uma faixa entrega, por ser tão inspiradora e acessível?
Eu já fiz remixes para vários clássicos, além desse, de Laurent Garnier, Funk D' Void, Lambda, Orbital, e o meu approach é sempre me manter o mais fiel possível ao trabalho original, apenas dando um update com um toque do meu tipo de produção, afinal, um clássico leva esse título por algum motivo. Mas eu gosto de fazer uma segunda versão também com uma outra visão diferente, alterando o mínimo de elementos possíveis, pois além de mais um desafio, também pode levar o trabalho a um público mais amplo.

Que outras faixas ou produtores você curte e gostaria de remixar?
Tem muitas, eu gosto mesmo de trabalhar em cima de músicas que tem um valor sentimental para mim, não somente hits por serem hits, ou clássicos por serem clássicos. Talvez alguns dos remixes que eu faça não sejam de coisas conhecidas pelas pessoas atualmente, por exemplo, eu e o Christian Smith fizemos um remake de um super clássico nada óbvio do acid-house, "Work that Motherfucker" do Steve Pointdexter, e estamos aguardando a autorização para lançarmos. Mas tem muita coisa mais popular e recente que eu gostaria de meter a mão, como "I'm a Disco Dancer" do Christopher Just, "Washing Up" do Thomas Anderson , "La Onzieme Marche" do Agoria, e por aí vai.

Compre as faixas aqui, e nunca é pecado seguir o Wehbba e a Systematic pelas redes:

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