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Música

O Drum & Bass Brasileiro Ainda Resiste, e o Drumagick Tá na Área Desde 1996

O novo som da dupla de paulistanos mantém toda a energia do jungle, mas substitui a vibe sombria por pura diversão.

O drum and bass brasileiro mistura com uma facilidade notável elementos aparentemente incompatíveis: o remelexo e a descontração do samba com a agitação do drum and bass. Embora tenha tido seu momento de glória há mais de uma década, o som se manteve culturalmente relevante na sua terra natal graças a artistas como Marky, Patife e Drumagick, uma dupla paulistana que está na área há mais de 20 anos. A nova faixa deles com João Sobral, que ouvimos com exclusividade, soa como a trilha sonora de uma perseguição de carro em uma comédia de humor negro sul-africana dos anos 60. Mantém toda a energia do jungle, mas substitui a vibe sombria por pura diversão.

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"A nossa música soa desse jeito em função de todas as influências que tivemos vivendo em um lugar como São Paulo e em um país como o Brasil", explica a dupla. "É um lugar onde tudo é misturado, raças, religiões, comida, culturas e, é claro, música. A música brasileira tem muitos estilos diferentes e peculiares, mas tem alguns poucos que combinam com o meio tempo e podem ser misturados com o drum and bass. O samba, a bossa nova e o samba-rock feitos exatamente em meio tempo, mixados com drum and bass, soam incríveis."

Como muitas cenas internacionais de drum and bass, a cena brasileira é muito unida. "Depois do boom dos anos 2000, todos nós tivemos que aprender a sobreviver trabalhando com um estilo de música que já tinha tido o seu pico de popularidade no nosso país", explica Drumagick. "Está crescendo devagar, agora, mas ainda estamos otimistas porque, passados tantos anos, pudemos manter tanta gente conectada por um amor, uma paixão."

O single foi lançado pelo selo do Drumagick, BMR.

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Tradução: Fernanda Botta