Foto: Agência Brasil.
Seria cômico se não fosse trágico o que rolou em Brasília na última quarta-feira (16), quando um ato pedindo a intervenção militar no Brasil interrompeu a sessão da Câmara dos Deputados. Um grupo de manifestantes entrou como visitante no Salão Verde, área utilizada pela imprensa, e de repente ocupou o plenário.
Diante dos deputados presentes à sessão, cerca de 50 integrantes entoaram o Hino Nacional, gritos como 'Viva Sergio Moro', 'Queremos general', e pediram a volta da Ditadura Militar. A porta de vidro que dá acesso ao plenário foi quebrada. Os trabalhos legislativos que estavam acontecendo foram suspensos imediatamente.
Quando a pancadaria começou a rolar solta, a imprensa foi convidada a se retirar, a TV Câmara interrompeu a transmissão ao vivo direto do plenário e a polícia legislativa retirou os manifestantes, cumprindo o pedido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que determinou a prisão dos invasores.
Três horas depois do ato, os manifestantes foram retirados da Câmara e encaminhados à Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Os envolvidos na manifestação serão indiciados com base na lei que define crime contra a segurança nacional por tentativa de impedir o trabalho de um dos Três Poderes. A pena prevista para esse crime é de dois a seis anos de prisão.