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Vacina brasileira contra o zika começa a sair do papel

Imunizante desenvolvido em parceria Pará-Texas demonstra efeitos animadores em camundongos.
Flickr/ andresrueda

Se certas zicas não vão embora da vida dos brasileiros, pelo menos o zika vírus está mais perto de ser controlado. Pesquisadores do Instituto Evandro Chagas, no Pará, e da University of Texas Medical Branch (UTMB), nos EUA, revelaram há pouco que imunizaram totalmente ratos contra o vírus usando uma vacina feita do próprio microrganismo atenuado. O resultado foi publicado na última edição da Nature Medicine, uma das principais publicações científicas do mundo.

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A novidade do estudo é a composição da droga. "Existem vacinas em desenvolvimento com o vírus inativo ou com fragmentos dele, mas essa é a primeira que o utiliza vivo a ser testada em animais", explicou por telefone o virologista Pedro Vasconcelos, diretor da instituição paraense e líder do trabalho, ao Motherboard.

Como o objetivo de vacinar é ensinar o corpo a se defender sozinho do vírus, receber uma injeção com ele praticamente inteiro é uma abordagem mais eficaz. "Diferentemente das outras, a versão atenuada é capaz de se multiplicar dentro do organismo, ainda que em doses baixas e por um curto período de tempo, o que provoca uma resposta rápida e robusta do sistema imune", afirma Pei-Yong Shi, virologista da universidade texana que assina o trabalho com Vasconcelos.

Essa espécie de simulação deixa os anticorpos preparados para possíveis ataques reais do vírus com apenas uma injeção. Foram três baterias de testes até comprovar o efeito nos camundongos. "Vacinamos animais com deficiências imunológicas e que por isso,morreriam ao ser contaminados com o zika. Trinta dias depois, injetamos neles uma dose letal do vírus e nenhum morreu ou ficou doente", explica Vasconcelos.

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