Música

Ouça uma mix do Trap, Funk & Alívio em parceria com o Mauro Telefunksoul

A parceria entre Felipe Pomar, cabeça do coletivo de DJs Trap, Funk & Alívio em Amaralina, sul de Salvador, e o líder e porta-voz do movimento bahia bass Mauro Telefunksoul não é inédita: no ano passado, a dupla trabalhou junta em um dos singles de volta da Deise Tigrona, “Hoje no Paredão”, uma homenagem aos populares paredões de som que popularizaram o pagofunk na Bahia.

Trabalhando em vertentes levemente distintas, mas com o objetivo único de elevar a música da Bahia a um status universal, Mauro e Felipe (ou Banha) se unem novamente para a mixtape Mó Onda, um compilado de vários lançamentos da Trap, Funk & Alívio que acompanha duas faixas inéditas: “Velho King”, do Mannolipe, e “Playlist (feat. Pontin da NEXTEL)”.

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A decisão de soltar as faixas agora vem de uma collab que o coletivo fará com um projeto da Red Bull na África do Sul. O grupo, ainda, que em seu álbum de estreia Armadilha contou com participações de Morena Leraba e Mankind, se prepara pra lançar um disco em parceria com a cantora e o artista francês/costa-marfinense Lunik Grunio’. As parcerias com artistas nacionais, porém, se tornam cada vez mais difíceis segundo Banha.

“Nossa música tem tocado na Polônia, Israel, EUA… E muito pouco notada aqui no Brasil”, diz, e aponta a lógica da competitividade como culpada. “Desde que essa ‘vertente’ se tornou vendável, existe uma atmosfera de competitividade. Pouco fazemos collabs com outros produtores ou coletivos daqui do Brasil por conta dessa questão da da disputa, e não cooperação, diferente de outras partes do mundo.”

Apesar disso, a música do coletivo continua focada em refletir uma realidade brasileira em geral, em baiana em específico. Banha explica que o nome da mixtape reflete esse empenho: “Mó Onda ou ‘maior onda’ é uma gíria que é usada nas favela daqui de Salvador, e expressa um grande acontecimento ligado a toda a problemática das comunidades”, diz. Nesse sentido, Mó Onda é uma continuação da intenção de Armadilha, que, segundo Felipe, “segue o cotidiano de jovens fudidos da região nordeste do Brasil”.

Ouça a mix abaixo: