Meio Ambiente

Faz tudo o que puderes para apoiar a greve global pelo clima

Apesar deste ano ter havido mais cobertura mediática e protestos que nunca, as medidas tomadas pelos governos internacionais continuam a ser insuficientes.
Jamie Clifton
London, GB
save yourselves
Illustration: Reza Mustar 

Este artigo foi publicado originalmente na VICE UK.

É normal sentir que tudo está perdido no que diz respeito à crise ambiental.

Vivemos num mundo em que os nossos líderes eleitos são capazes de declarar estado de emergência climática e, em seguida, aprovar a construção de um oleoduto enorme, apoiar as empresas de hidrocarbonetos ou dar luz verde à construção de um túnel que vai piorar a qualidade do ar numa zona em que já se registaram níveis de contaminação superiores ao permitido. Um mundo cujos líderes negaram categoricamente a necessidade de tomar as rédeas da situação e rejeitaram ajudas económicas para combater os incêndios que estão a destruir a Amazónia, porque priorizam o seu orgulho às vidas de 7500 milhões de pessoas.

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Tudo muito deprimente e a esperança já é pouca.

Mas não podemos dar-nos por vencidos. Se nos rendermos, podemos começar desde já a despedirmo-nos da Terra. Todos e cada um dos indivíduos que habitamos este Planeta, devemos reconhecer o problema tal e qual pelo o que é: a maior ameaça que a humanidade já enfrentou, mais urgente do que qualquer acordo comercial.

Por isso é que, no princípio deste ano, na VICE tomámos a decisão de intensificar consideravelmente a cobertura do aquecimento global; por isso é que esta semana nos vamos focar em fenómenos ambientais extremos que estão a acontecer pelo mundo inteiro; por isso é que estamos a colaborar, em conjunto com 250 outros meios de comunicação, na Covering Climate Now - uma iniciativa que tem como objectivo impulsionar a cobertura da crise climática - e por isso é que apoiamos a greve mundial pelo clima, que se celebra de 20 a 27 de Setembro.

Existem mudanças a nível individual que podem fazer a diferença para o nosso planeta, como mudar para uma dieta vegetariana e, acima de tudo, evitar apanhar aviões. No entanto, grande parte da responsabilidade recai sobre os governos e as políticas que eles podem e devem aplicar. Afinal, tudo depende dos 20 países com a maior taxa de emissão de carbono adoptarem alguma variante do Green New Deal, uma tarefa nada simples mas vital, se queremos impedir que o Planeta vá à merda.


VÊ:


Tomar medidas nesse sentido não é atraente para esses países, porque a) exigiria muito trabalho e b) não seria muito bom para a indústria energética, um sector tremendamente poderoso, com grande influência política. Para que as medidas sejas tomadas, devemos relembrar os governos - que, não nos podemos esquecer, existem para servir o povo - que os seus cidadãos não querem morrer de forma degradante numa guerra por água.

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Uma maneira de os fazer saber é faltares ao trabalho e juntares-te à manifestação, ou colaborares com alguns dos movimentos activistas que foram criados para exigir aos governos que comecem a tomar atitudes quanto ao problema da crise ambiental. Se não puderes fazer greve no trabalho, há outras maneiras de colaborares com a causa.

Seja o que for, tens que fazer alguma coisa para nos salvares a todos. Por agora, és a tua única esperança.


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