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Música

A terceira idade é a melhor idade para se tocar uma batera

Requisito para participar de uma aula de bateroterapia: ter mais de 60 anos.
Foto: Felipe Larozza

Equilibrar uma bexiga entre duas baquetas parece fácil quando você está no auge da vida, jovem, saudável, com os ossos e as articulações tinindo. Já pra quem ultrapassou os 60 anos, o negócio pode ser um pouco mais complicado. Partindo dessa dificuldade, o músico Gus Conde criou um método chamado bateroterapia, que une o exercício de tocar bateria, fisioterapia e terapia. A ideia é tirar essa turma da frente da televisão e de casa, preencher a cabeça com música e aprendizado e dar uma pimpada nos movimentos corporais.

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Pra sacar melhor como isso funciona, o Noisey acompanhou uma aula que aconteceu no Sesc Consolação, na cidade de São Paulo. Embora o curso seja aberto para todos os gêneros da terceira idade, nos deparamos somente com mulheres dispostas a fazer uns batuques.

As tatuagens e o piercing no septo do professor, que já tocou com Rihanna, Shakira e uma porrada de artistas bombados, não incomodam em nada as senhorinhas em seus cardigãs de lã. Neide, 65, parecia uma das alunas mais aplicadas. Por trás dos óculos, apertava levemente os olhos para enxergar a partitura que o professor exibia no quadro branco, voltava o corpo para a estrutura da bateria e descia a mão sem dó no bumbo, na caixa e no chimbal. "Depois que você começa, não quer parar mais", falou, ainda segurando as baquetas.

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