Foto: Felipe Larozza/VICEO Carnaval é um estado de espírito, quase como um transe coletivo. O calor tá no talo, as pessoas estão com menos roupas e de repente você acha aceitável misturar catuaba e vodca no mesmo copo para aguentar uma maratona de 12 horas em bloquinhos ou desfiles de escolas de samba. As chances de encontrar seu chefe de cueca no meio da rua cantando alguma marchinha de Carnaval são altas. Seus amigos estão mais loucos do que você. Carnaval, enfim, é bom demais.
Publicidade
A gente adora essa festa e adoramos ouvir histórias desgraçadas de testemunhas carnavalescas loucas por uma farra. Gostamos daquelas histórias que nem Nelson Rodrigues ousaria escrever e daquelas que você esconde de todo mundo para não ser zoado pelo resto da vida. Por isso, fomos caçar relatos desgraçentos de leitores e não-leitores da VICE que rolaram durante a festa da carne, o evento mais sem-vergonha desse nosso mundão. Se você quiser fazer algo parecido, avisamos desde já que o B.O. é todinho teu.
Estrela Guia
Sem entender nada, os moleques ficaram se perguntando o que aquele senhor quis dizer e responderam somente "quê?". O senhor repetiu "você tá vendo alguma estrela aqui?", apontando pro peito. Os meninos, tentando entender onde aquela porra ia chegar, responderam "não."
"É que eu não sou xerife de buceta", disse o pai que virou as costas e foi embora.
Publicidade
Sofrência errada
Não demorou muito (e mais cachaça) pra gente pensar se a coisa mais inteligente do mundo era mentir que um dos nossos amigos era 'um cantor famoso da capital e queria cantar no bar' e, lógico, a dona do bar não o conhecia, mas levou fé e acreditou na mentira. Volta a dona do bar com uma câmera, tira foto com a gente, pede autógrafo do 'cantor famoso' e permite que ele — e a gente também — cante uma música no palco enquanto a tal da cantora cigana descansa.Subimos lá animadões e pedimos pra rolar no fundo (numa batida de karaokê) a famosa GARÇOM, acontece que estávamos bebaços e ninguém lembrava da letra. Então começou a tocar a batidinha do karaokê, a dona se aproximou emocionada esperando ouvir a música, os caminhoneiros chorões das mesas idem, todo mundo esperando o meu amigo, o tal 'cantor famoso', desembuchar e começar a cantar e… nada. Ele não sabia o que cantar.
Começou puxando um 'garçooooommm….. aqui nessa mesa de bar…' mas não conseguia passar disso; pessoal impaciente, ele nervoso, teve a brilhante ideia: jogou as mãos pra cima e chamou o 'siiiimboooora' pedindo a voz do público pra cantar o resto.
Começou puxando um 'garçooooommm….. aqui nessa mesa de bar…' mas não conseguia passar disso; pessoal impaciente, ele nervoso, teve a brilhante ideia: jogou as mãos pra cima e chamou o 'siiiimboooora' pedindo a voz do público pra cantar o resto.
Publicidade
Ninguém cantou, foi um fracasso, a dona do bar ficou putaça com a gente, acabou a música, bebemos mais uma saideira e saímos de fininho antes que alguém tentasse nos esfaquear ou qualquer coisa do nível.
De tutu na sauna
Gringos
Publicidade
Comecei a falar inglês, pra combinar com o espanhol do cara e dei a entender que éramos os gringos que achavam que Carnaval era sinônimo de putaria. Saímos dali e fomos terminar a trepação no hostel.Eu ja saí fantasiada de mulher gato, corta pro BLACKOUT, acordei em casa e a única coisa que sobrou da fantasia foram os cílios que ficaram colados no travesseiro quando acordei. Um ano depois na Copa um cara me parou na rua e disse: "sua fantasia de mulher gato tá lá em casa".Esse dia foi loco.
Miau
Dor & Sofrimento
Uma odisseia carnavalesca
Publicidade
Encontrei uma canga de bandeira do Brasil imunda e amarrei no rosto cobrindo o rosto. E o cúmulo: beijei um cachorro de língua, logo eu que morro de nojo de lambida de cachorro. Ainda assim, achei uma menina linda e disse que ela era tão linda que queria beijar o cachorro dela e assim o fiz. ENFIM. Acabou que me perdi dos meus amigos e encontrei uma amiga do Rio e começamos a ficar e ela, assim como eu, é uma força da natureza do Carnaval (das destrutivas).Nisso fui de bloquinho em bloquinho até que domingo de manhã já nem sabia onde estavam meus amigos e já tavam meio fodassy, fiquei com minha amiga fomos na casa dela dar um cochilo pra voltar pro Carnaval. Voltamos e eu decidi que seria uma boa ideia fazer um litro e meio de energético com 51 pra aguentar o dia e dividir com os amigos, obviamente que ninguém quis, e esse acabou sendo meu café da manhã / almoço.Encontrei tais tóxicos pelo meu caminho. Quebrei o pé. Não notei. Segui de pé quebrado. Acabaram os blocos. Uma amiga surtou de tóxicos dentro de uma lanchonete. Acabou eu e a menina que eu tava ficando e mais a surtada da lanchonete num ônibus indo pro Vidigal pra uma Voodoohop no topo do morro. Eu seguia de pé quebrado e imundo além de estar absolutamente coberto de glitter a ponto de as pessoas me falarem que eu parecia um holograma depois de ter derrubado um pote de tinta neon na cara e cabelo e jogar meio saco de 500g de glitter metalizado em cima.
Publicidade
Acabou a Voodoo, não quis esperar a van e resolvemos descer o morro com os amigos a pé. Eu de shortinho, todo cagado de glitter e cheio de pena preta. Embaixo do morro senti que meu pé quebrado estava quebrado e vi o tamanho do mesmo — resolvi pegar o transporte pra casa da minha amiga, que desde sábado de manhã eu nem sabia onde era mais, perdi o ponto, tive que voltar mancando pra casa dela, consegui chegar vitorioso, tomei o banho mais delicioso da vida e resolvi deitar e descansar o pé e esperar pra ver se o sono chegava.Aí minha mãe me liga. Nisso, eu de pé quebrado, com todos os tóxicos ainda batendo, bêbado feito um estivador apaixonado, e minha mãe chorando pois tinha ficado na casa de uma amiga que tinha dado uma puta bola fora com ela e surtado por isso e tive que fazer o resgate de mamãe. Entrando na casa da mulher escondido, pegando as malas dela, e procurando um lugar pra ela ficar ligando pra outras amigas do Rio.
Fogo na bomba
Quem passou o cheque?
Publicidade
Os dois que tínhamos ficado com dúvida se alguém tinha cagado, ou não na cama, terminamos comemorando e nos abraçamos por ser só lama.
Amor incestuoso
Mais incesto (vocês não param)
Formando2014
Publicidade