O Ministério da Saúde Advertiu

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O Ministério da Saúde Advertiu

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) chama essas artes de "advertências sanitárias".

Imagens: Cortesia Inca

Dez anos se passaram desde que o Brasil deu aval à coisa mais horripilante antes de

Two Girls One Cup. Foi a partir de 2001 que, graças à Medida Provisória 2.134-30, todas as "embalagens e os maços de produtos fumígenos, com exceção dos destinados à exportação" foram obrigados a conter "advertência acompanhada de imagens ou figuras que ilustrem o sentido da mensagem". Isso resultou em todas aquelas sacadas cheias de eufemismo no que toca o quão broxa você vai ser se fumar e em desdobramentos surrealistas de fetos em cinzeiros que passaram a acompanhar sua nicotina a partir de então -- aliás foi o nosso o segundo país do mundo a adotar tal medida, logo depois do Canadá, aquele país pioneiro.

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O Instituto Nacional do Câncer (Inca) chama essas artes de "advertências sanitárias", e desde o primeiro grupo (de "advertências sanitárias"), desenvolvido em 2001 e veiculado entre 2002 e 2004, o Ministério da Saúde foi se atualizando e começando a pegar mais pesado, passando pela coleção 2003-2008 (marcada pelo uso de pernas gangrenadas, patchwork de ratos e baratas e uma conserva de aborto carregada no azulado) até chegar às versões que temos atualmente, nas quais figuram um feijão bem do fedido de uma mãe bem da cuzona, um homem vomitado fluorescente e o zumbi do derrame à machadada.

Bizarros ou não, hoje mesmo, Dia Internacional sem Tabaco, foi divulgada a notícia de que o número de fumantes no País caiu para 15,1%, também por causa das "advertências sanitárias" -- disse a especialista. Daí que decidi compilar todas essas imagens em uma grande galeria muito da chocante para uma terça-feira à noite. Se alguém vai parar de fumar por isso eu não sei, só sei que no meu caso não me impressiono, que comecei a tragar depois de velho e larguei a punheta -- já pra transar -- ainda muito novo.