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​Polícia paranaense batiza uma operação de ‘Feminazi’, leva bronca e pede perdão pelo vacilo

O batismo, segundo a Polícia Civil de Paranavaí, surgiu porque a líder da quadrilha de tráfico de drogas deflagrada no curso da operação era uma mulher.

No último sábado (15), a 8ª Subdivisão Policial de Paranavaí deflagrou uma quadrilha de tráfico de drogas e roubo que atuava na região. Treze pessoas foram presas, três delas mulheres — um sucesso para a operação batizada toscamente de "Feminazi". Porém, a autoridade policial local aparentemente ignorou a existência da internet brasileira e recebeu uma enxurrada de críticas nas redes sociais. Óbvio. Acabou que precisou pedir desculpas pelo vacilo, porque deu ruim.

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O batismo, segundo a Polícia Civil, foi dado porque a líder da quadrilha era uma mulher. "O termo é popularmente usado por feministas radicais com ideias extremistas que tem como objetivo estar em uma situação de superioridade em relação aos homens", explicou à imprensa local.

A Polícia Civil soltou uma nota oficial na terça (13) se desculpando sobre a escolha do nome. "O Departamento da Polícia Civil do Paraná informa que não teve nenhuma intenção de desrespeitar o movimento feminista — tão importante para a sociedade na constante luta pelos direitos das mulheres".

A nota ainda afirmou que pediu uma recomendação aos delegados para redobrar a atenção na escolha dos nomes das operações para evitar qualquer tipo de problema. Além disso, segunda a Direção da Polícia Civil "todos os textos referentes à operação serão modificados suprimindo o nome da ação policial."

"A única intenção da Polícia Civil de Paranavaí, quando deflagrou a 'Operação Feminazi', foi prender e tirar das ruas traficantes e suspeitos de cometer uma série de roubos na região — jamais desrespeitar o movimento feminista. A instituição lamenta caso tenha causado algum tipo de transtorno."

A mulher de 37 anos que liderava a quadrilha estava em prisão domiciliar por questões de saúde, necessitando de uma hemodiálise três vezes por semana. Segundo Luis Carlos Mânica, delegado titular da 8ª Subdivisão, era uma criminosa temida, responsável por toda a logística do tráfico de entorpecentes na cidade. No ato da prisão, foram apreendidos aproximadamente três quilos de maconha, três gramas de crack, cinco gramas de cocaína, um revólver e oito munições.

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