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No Brasil, mulheres ainda ganham menos que homens e trabalham mais

Os índices divulgados pelo IBGE revelam que a renda da mulher representa 76% do que os homens ganham.

Foto: Agência Brasil.

As mulheres no Brasil trabalham em média cinco horas a mais por semana do que os homens e ganham menos que eles. É o que mostra a última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nessa sexta-feira (02) apontando a desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho.

Mesmo tendo participação importante na chefia dos lares brasileiros (mulheres são referência em cerca de quatro em cada dez lares brasileiros) e trabalhar mais que os homens, as mulheres ganham o que equivale a 76% da renda masculina e não possuem as mesmas oportunidades de assumir cargos de chefia ou direção no trabalho. Os dados foram apurados entre os anos de 2005 e 2015, através da Síntese de Indicadores Sociais, que analisa as condições de vida da população brasileira.

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A pesquisa revela também que as jovens entre 15 e 29 anos estão em desvantagem em relação aos homens da mesma idade, já que as condições socioeconômicas as levam a interromper os estudos e parar de trabalhar para cuidar da casa. Conhecidas como a "geração nem-nem", fatia da população em que 21,1% são mulheres que não trabalham e sequer estudam, contra 7,8% dos homens.

Especialista do IBGE entrevistada pela EBC, Luana Botelho, comenta que "o fato de ter mais ou menos emprego não vai fazer essa mulher deixar de ser nem-nem", e aponta que para diminuir a massiva participação das mulheres nas tarefas domésticas que interferem na jornada delas são necessárias ações específicas para auxiliar essas jovens a voltar ao mercado de trabalho.

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