Não sou uma daquelas gajas que têm fetiches por gajos velhos. Se bem que, por vezes, gostaria de ser porque costumo ter um sentimento de contentamento perverso quando vejo um velhote com uma mamalhuda de 20 e poucos anos. É um bocado tipo "ele está a usar um pedaço novinho de maquinaria e a maquinaria dela está a ser verdadeiramente apreciada”, mas, normalmente, gosto que os meus gajos sejam novos, viris e com rabos onde, se quisesse, conseguiria estrelar ovos.
Em todos os casos, há sem dúvida alguns velhotes com quem gostaria de fazer coisas porcas. Acho que tenho de esclarecer isto: não quero ser porcalhona com nenhum destes gajos só porque eles costumavam ser bons quando eram novos — como as nossas mães que curtiam sacar broches ao Jack Nicholson. Quero levar com estes gajos, com as suas rugas e com a sua idade avançada. Quero foder estes gajos precisamente porque eles são velhos e gastos e, mais importante ainda, porque os papéis que eles desempenharam nos filmes fá-los parecer emocionalmente perturbados.
TOMMY LEE JONES
Quero tanto ir para a cama com o Tommy Lee Jones que dói. Senti isto pela primeira vez quando vi os Homens de Negro aos 12 anos. Poupem-me. O gajo tinha um mau feitio sensual e uma arma enorme que destruía extraterrestres. Quando conto ao pessoal que gostaria de foder o TLJ, recebo, automaticamente, uma cara retorcida como resposta, a expressão de quem acabou de beber uma chávena cheia do seu próprio vomitado. Mas toda a gente merece amor e o TOMMY LEE JONES TAMBÉM É GENTE, seus cabrões insensíveis. Os poros cavernosos e a pele descaída são nojentos, mas esses pormenores não o desqualificam do ranking de pessoas-que-merecem-levar-uma-boa-foda. Acho que o Tommy também deve ter um daqueles rabos descaídos que os velhos têm, mas não quero saber até porque eu estaria, claro, por cima. Parte da minha fantasia de foder o TLJ envolve que ele diga cenas naquela voz do Este País Não É Para Velhos, porque esse é, de longe, o papel mais sexy que ele desempenhou até hoje. Essas falas deveriam incluir lamentações da sua juventude perdida, a maleabilidade das minhas mamas de 27 anos e ruminações sobre o prazer que é estar vivo. E, a certa altura da coisa, obrigá-lo-ia a usar um chapéu de cowboy. Mas isso já é outra conversa. No início, pensei que o TLJ seria demasiado sério para toda esta encenação que tenho na minha cabeça, mas o tipo já foi casado três vezes e tem um enorme número de quintas e de ranchos. Será que é errado que eu queira que um gajo que tem um rancho me deixe molhada? É que, muito provavelmente, nem teria de lhe pedir para usar o chapéu de cowboy. HARVEY KEITEL
Este caso é particularmente fodido porque o Harvey Keitel é parecido com todos os velhotes da minha família, só que em versão sexy. Basta dizer que isto é o mais perto que eu alguma vez estarei de ter um daddy issue, até porque tudo o que quero do Harvey é que ele me abrace com força e que me proteja deste mundo violento e caótico. Quero a personagem do Keitel no Pulp Fiction, o gajo que está sempre calmo em situações de crise. O que tornaria tudo ainda mais atraente era se ele tivesse um sotaque marcado de Brooklyn e se fosse metódico e frio (menos a fazer amor comigo, o seu anjo pequenino e desprotegido). Deus meu, nem acredito que acabei de escrever isto. Na vida real, o Harvey parece ter um casamento feliz e funcional, como a maioria dos velhotes da minha família, aliás. Se alguma vez namorássemos, iríamos jantar fora e, provavelmente, adormeceríamos a ver as notícias depois. JEFF BRIDGES
Não quero ter sexo com o Dude, apesar de toda a gente querer ter sexo com o Dude. Até os gajos mais homofóbicos querem, certamente, ter sexo com o Dude. Eu quero ter sexo com aquele cota nojento do True Grit, ou com o hippie geriátrico daquele filme sobre cabras com o George Clooney. Há qualquer coisa no look não-tomo-banho-há-dias-a-minha-barba-cheira-a-fezes do Jeff Bridges que é um poderoso afrodisíaco para mim — quanto mais fodido, melhor. Imagino que o sexo com ele deva ser animalesco e picante. Claro que o Jeff é casado há séculos e é um avozinho budista. Ah, e provavelmente também toma banho. A sua propensão para a imundice é virtualmente inexistente. BRUCE WILLIS
Saí da barriga da minha mãe a querer foder o Bruce Willis. Também não ajudou muito que eu passasse os fins-de-semana em casa do meu pai a ver o Die Hard, repetidamente, desde que tinha oito anos. O que significa que o Bruce representa para mim o pináculo da masculinidade de cada homem que eu alguma vez amei: cada um deles está condenado a nunca atingir este nível. Sou frequentemente citada por dizer "deixaria que o Bruce Willis fizesse de mim o que bem lhe apetecesse, até cagar-me em cima". Desde que era adolescente (e todos os meus colegas da escola podem atestar isso) que tenho a fantasia de ser resgatada pelo Bruce de um edifício em chamas. Ele agarrar-se-ia a mim, limpar-me-ia a fuligem, atirar-me-ia à relva, puxar-me-ia as cuecas até aos tornozelos (eu estaria a usar um vestido), poria a sua mão no meu top, apertaria a minha mama quase ao ponto de doer e levar-me-ia ao clímax no meio do relvado. Estou completamente excitada, só de escrever isto. Sinto-me confiante de que o Bruce também iria querer isto. Ele foi casado com a Demi Moore e, correndo o risco de parecer anti-feminista ou insensível para com as pessoas com doenças mentais, essa mulher é maluca. E toda a gente sabe que isso é código para “tresloucada na cama”. Mais: a actual mulher do Bruce tem 34 anos e eles fizeram aquela sessão de fotos para a revista W, aqui há uns tempos. Todos estes homens são tão desejáveis, que eu não consigo imaginar-me a escolher ir para a cama com um puto tipo o Ryan Gosling no lugar de qualquer um destes homens. Não quero fazer coisas porcas com o Ryan Gosling. Ele é lindo, mas também é um mariquinhas de primeira. Apesar de ter morto algumas pessoas no Drive, o gajo terá para sempre o doce meme do “ei, miúda” nos seus olhos e, mais do que provavelmente, teríamos de fazer amor e de nos olharmos nos olhos um do outro, ou qualquer merda do género. Talvez esta combinação de força e de virilidade que normalmente me atrai não seja um sintoma de juventude. Talvez eu esteja à espera de um boi velho com muitos anos de pasto. Acho que há algo de muito sexy em relação a testículos descaídos.
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Quero tanto ir para a cama com o Tommy Lee Jones que dói. Senti isto pela primeira vez quando vi os Homens de Negro aos 12 anos. Poupem-me. O gajo tinha um mau feitio sensual e uma arma enorme que destruía extraterrestres. Quando conto ao pessoal que gostaria de foder o TLJ, recebo, automaticamente, uma cara retorcida como resposta, a expressão de quem acabou de beber uma chávena cheia do seu próprio vomitado. Mas toda a gente merece amor e o TOMMY LEE JONES TAMBÉM É GENTE, seus cabrões insensíveis. Os poros cavernosos e a pele descaída são nojentos, mas esses pormenores não o desqualificam do ranking de pessoas-que-merecem-levar-uma-boa-foda. Acho que o Tommy também deve ter um daqueles rabos descaídos que os velhos têm, mas não quero saber até porque eu estaria, claro, por cima. Parte da minha fantasia de foder o TLJ envolve que ele diga cenas naquela voz do Este País Não É Para Velhos, porque esse é, de longe, o papel mais sexy que ele desempenhou até hoje. Essas falas deveriam incluir lamentações da sua juventude perdida, a maleabilidade das minhas mamas de 27 anos e ruminações sobre o prazer que é estar vivo. E, a certa altura da coisa, obrigá-lo-ia a usar um chapéu de cowboy. Mas isso já é outra conversa. No início, pensei que o TLJ seria demasiado sério para toda esta encenação que tenho na minha cabeça, mas o tipo já foi casado três vezes e tem um enorme número de quintas e de ranchos. Será que é errado que eu queira que um gajo que tem um rancho me deixe molhada? É que, muito provavelmente, nem teria de lhe pedir para usar o chapéu de cowboy. HARVEY KEITEL
Este caso é particularmente fodido porque o Harvey Keitel é parecido com todos os velhotes da minha família, só que em versão sexy. Basta dizer que isto é o mais perto que eu alguma vez estarei de ter um daddy issue, até porque tudo o que quero do Harvey é que ele me abrace com força e que me proteja deste mundo violento e caótico. Quero a personagem do Keitel no Pulp Fiction, o gajo que está sempre calmo em situações de crise. O que tornaria tudo ainda mais atraente era se ele tivesse um sotaque marcado de Brooklyn e se fosse metódico e frio (menos a fazer amor comigo, o seu anjo pequenino e desprotegido). Deus meu, nem acredito que acabei de escrever isto. Na vida real, o Harvey parece ter um casamento feliz e funcional, como a maioria dos velhotes da minha família, aliás. Se alguma vez namorássemos, iríamos jantar fora e, provavelmente, adormeceríamos a ver as notícias depois. JEFF BRIDGES
Não quero ter sexo com o Dude, apesar de toda a gente querer ter sexo com o Dude. Até os gajos mais homofóbicos querem, certamente, ter sexo com o Dude. Eu quero ter sexo com aquele cota nojento do True Grit, ou com o hippie geriátrico daquele filme sobre cabras com o George Clooney. Há qualquer coisa no look não-tomo-banho-há-dias-a-minha-barba-cheira-a-fezes do Jeff Bridges que é um poderoso afrodisíaco para mim — quanto mais fodido, melhor. Imagino que o sexo com ele deva ser animalesco e picante. Claro que o Jeff é casado há séculos e é um avozinho budista. Ah, e provavelmente também toma banho. A sua propensão para a imundice é virtualmente inexistente. BRUCE WILLIS
Saí da barriga da minha mãe a querer foder o Bruce Willis. Também não ajudou muito que eu passasse os fins-de-semana em casa do meu pai a ver o Die Hard, repetidamente, desde que tinha oito anos. O que significa que o Bruce representa para mim o pináculo da masculinidade de cada homem que eu alguma vez amei: cada um deles está condenado a nunca atingir este nível. Sou frequentemente citada por dizer "deixaria que o Bruce Willis fizesse de mim o que bem lhe apetecesse, até cagar-me em cima". Desde que era adolescente (e todos os meus colegas da escola podem atestar isso) que tenho a fantasia de ser resgatada pelo Bruce de um edifício em chamas. Ele agarrar-se-ia a mim, limpar-me-ia a fuligem, atirar-me-ia à relva, puxar-me-ia as cuecas até aos tornozelos (eu estaria a usar um vestido), poria a sua mão no meu top, apertaria a minha mama quase ao ponto de doer e levar-me-ia ao clímax no meio do relvado. Estou completamente excitada, só de escrever isto. Sinto-me confiante de que o Bruce também iria querer isto. Ele foi casado com a Demi Moore e, correndo o risco de parecer anti-feminista ou insensível para com as pessoas com doenças mentais, essa mulher é maluca. E toda a gente sabe que isso é código para “tresloucada na cama”. Mais: a actual mulher do Bruce tem 34 anos e eles fizeram aquela sessão de fotos para a revista W, aqui há uns tempos. Todos estes homens são tão desejáveis, que eu não consigo imaginar-me a escolher ir para a cama com um puto tipo o Ryan Gosling no lugar de qualquer um destes homens. Não quero fazer coisas porcas com o Ryan Gosling. Ele é lindo, mas também é um mariquinhas de primeira. Apesar de ter morto algumas pessoas no Drive, o gajo terá para sempre o doce meme do “ei, miúda” nos seus olhos e, mais do que provavelmente, teríamos de fazer amor e de nos olharmos nos olhos um do outro, ou qualquer merda do género. Talvez esta combinação de força e de virilidade que normalmente me atrai não seja um sintoma de juventude. Talvez eu esteja à espera de um boi velho com muitos anos de pasto. Acho que há algo de muito sexy em relação a testículos descaídos.