O 25 de Abril tem de ser de Portugal

Durante os anos da Troika, a cada 25 de Abril fomos assistindo a um fenómeno interessante de mobilização da sociedade civil como há muito Portugal não via. Para lá das organizações partidárias e da mobilização dos seus militantes, as manifestações comemorativas do aniversário da Revolução (bem como de outras datas, mas foquemo-nos nesta) levavam muita gente a descer as avenidas em nome próprio, digamos assim. Então, com mais cartazes pessoais e menos bandeiras do respectivo Partido.

A recém-inaugurada exposição com o espólio de cartazes coleccionados por Pacho Pereira é uma prova disso mesmo. Actos cívicos de afirmação, que tornavam mais claro que o 25 de Abril não pode ser feito refém por nenhuma força partidária em particular e deve ser tido como algo de verdadeiramente transversal na sociedade portuguesa.

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Numa altura em que o País está claramente diferente desses anos de resgate económico, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, nos 44 anos de Abril, voltou a sentir-se essa divisão partidária. Mais bandeiras, menos cartazes. Mais gente a ver desfilar e menos gente a envolver-se no desfile, directamente, sem se preocupar se está no espaço do PCP, do PS, do Bloco, do PSD, do CDS, das jotas, ou dos sindicatos.

Ainda assim, descemos a Avenida e encontrámos algumas dessas pessoas, entre a multidão que mais uma vez gritou: “25 de Abril Sempre. Fascismo nunca mais!”. Vê mais fotos abaixo.

Rita, 18 anos, aluna do Liceu Camões, em Lisboa
O antigo ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, esteve em Lisboa em representação do movimento pan-europeu DiEM25, de que também faz parte o Livre
Fernanda, 62 anos
Cristiana, 42 anos
Fernando, 61 anos
Ana, 44 anos
Alfredo, 90 anos
Benilde, 38 anos

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