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A nossa dependência em relação aos plásticos é um problemão ambiental. O material quase não decompõe e enche nossos aterros e oceanos mais rápido do que podemos nos livrar dele. O que fazer?
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Cientistas e designers apareceram com uma solução viável: usar o fungo. O correspondente do Motherboard Alejandro Tauber viajou para a Universidade de Utrecht, na Holanda, para conhecê-los e explicar melhor as aplicações da tecnologia.
O professor e microbiólogo Han Wösten, um dos estudiosos de Utrecht, explica que, por causa do crescimento dos fungos em filamentos, ele pode se desenvolver com diferentes materiais descartados, decompondo-os e, ao mesmo tempo, os fortificando.
Em Zaandam, bem perto da universidade de Utrecht, o designer Eric Klarenbeek já constrói móveis rígidos usando o método. Ele usa um filamento de impressão 3D feito de amido de batata e imprime um molde poroso para que o fungo possa crescer dentro dele. Depois de ser preenchido pelo fungo, o modelo é assado em um forno de secagem. A ideia é matar o fungo para cessar seu crescimento. O resultado seco e inerte pode apoiar o peso inteiro de uma pessoa.
Mas, como o designer Maurizio Montalti mostra a Tauber, o fungo pode crescer para emular diferentes tipos de plástico. Existe uma versão mais elástica, borrachuda, assim como um material mais duro como o plástico. Ambos crescem do mesmo tipo de fungo. A técnica, dizem, pode substituir mais de um tipo diferente de plástico.
A companhia americana Ecovative está nessa empreitada de aplicar fungos em vários produtos. A empresa usa o fungo para substituir isopor e embalagens de plástico. Os benefícios desse sistema são numerosos: além de biodegradáveis, o fungo gasta menos recursos e energia para produzir do que plásticos com base em petróleo.
O fundador da Ecovative, Eben Bayer, diz que plásticos tem suas aplicações úteis — às vezes, você não quer que algo degrade. “Mas embalagens, foram feitas para serem jogadas fora”.
Tradução de texto e legendas: Pedro Graça