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Poucas horas depois de anunciado o resultado das eleições em que Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito presidente da República, no último domingo (28), diversos casos de violência foram reportados nas redes sociais. Ameaças, agressões físicas e até a morte de uma criança de oito anos foram registradas.
Na Bahia, Janaína Barata, de 19 anos, foi agredida por policiais militares em Salvador, e o ato foi registrado em vídeo. Estudantes da residência universitária da Universidade Federal da Bahia (UFBA) confirmaram provocações e ameaças de cunho LGBTfóbico proferidas por eleitores de Bolsonaro. A UFBA declarou em nota repúdio às ações contra os estudantes da instituição e tomará providências contra os atos de violência.
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Também na capital baiana, quatro pessoas foram baleadas no bairro da Barra. O soldado Manoel Landulfo Sampaio sacou uma arma e deu vários tiros após discutir com um ambulante. As quatro pessoas feridas foram encaminhadas para hospitais da região. Ainda não há informações do estado de saúde das vítimas.
No Ceará, duas jornalistas foram hostilizadas por eleitores de Bolsonaro. A VICE entrou em contato com a repórter do Verdes Mares e com a fotógrafa de O POVO, esta que confirma o ocorrido mas prefere preservar sua segurança, o que compreendemos visto o número de jornalistas agredidos no período das eleições.
De acordo com o Correio Braziliense, um garoto de oito anos foi morto ao ser atingido por um disparo de arma de fogo, em Ponta Grossa, no Paraná. Segundo relatos de testemunhas, os disparos para cima foram dados pelo tio da criança, que estava comemorando a vitória de Jair Bolsonaro.
A youtuber e militante Nátaly Neri recebeu nos comentários de seus vídeos no YouTube ameaças e ofensas racistas. Nátaly repostou em suas redes sociais alguns dos comentários. Segundo a assessoria da youtuber, ela irá registrar um Boletim de Ocorrência contra os usuários da plataforma.
Anna Virginia Balloussier, repórter da Folha de S.Paulo, divulgou um vídeo na tarde do domingo com cenas de uma briga entre eleitores na Paulista, antes das votações acabarem.
Anna acompanhava a manifestação que celebrava a vitória de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo, e disse ter sido hostilizada pelos apoiadores do político, que tentaram expulsá-la do local.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI) divulgou que foram registrados 141 casos de ameaças e violência contra jornalistas que cobriam as eleições. Segundo a associação, as ameaças partiram de apoiadores e partidários Bolsonaro e também do Partido dos Trabalhadores (PT).
No Rio de Janeiro, a equipe de jornalismo da Folha reportou casos de agressões física entre grupos favoráveis e contrários a Bolsonaro na praça São Salvador, no Flamengo. Segundo o jornal RJTV, um homem saiu ferido após o conflito.
Na mesma manifestação, três rapazes foram detidos pela Polícia Militar. O trio foi acusado de desacato à autoridade e foi encaminhado a uma delegacia após uma discussão contra apoiadores de Bolsonaro. Os jovens foram liberados após assinarem um termo de ocorrência. Os manifestantes a favor do presidente eleito não foram presos.
Outros relatos foram postados nas redes sociais:
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