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O sono pesado de um ex-piloto de drone da força aérea dos EUA

(Acione as legendas em português clicando no ícone CC no canto inferior direito do vídeo)

Uma das supostas vantagens do programa de drones dos Estados Unidos é que, ao distanciar os pilotos de seus alvos, as cicatrizes mentais do ato de matar não se formariam tão facilmente. Na prática, porém, não é bem assim. Mesmo a milhares de quilômetros de distância dos locais em que alvejou, o piloto de drone Brandon Bryant sentiu, atrás da tela do computador, o choque de todas as 1.626 mortes que causou.

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“Eu senti como se destruísse a minha alma”, Bryant disse ao Motherboard. “Parei de dormir porque comecei a sonhar com o meu trabalho. Eu não conseguia escapar dele.”

Bryant diz que, quando falou sobre suas experiências, as pessoas o chamavam de traidor. “Me diziam que eu deveria me matar”, conta.

A gota d’água para Bryant foi a caça que os EUA promoveram contra Anwar Al-Awlaki, um recrutador da Al-Qaeda apelidado de “Bin Laden da internet”. Ele era um cidadão duplo, tanto do Iêmen quanto dos EUA, e sua morte foi a primeira morte deliberada de um cidadão americano por um drone americano. “Até um traidor merece um julgamento frente um júri de seus iguais”, Bryant diz.

Nesse documentário de Motherboard, viajamos entre Estados Unidos e Alemanha para tratar do crescimento dos drones armados pelo mundo e que consequências isso traz ao mundo como conhecemos.

Tradução de texto e legendas: Pedro Graça