Matéria originalmente publicada na VICE Polônia.
Todo ano, no dia 11 de novembro, dezenas de milhares de poloneses participam de uma marcha nacionalista em Varsóvia, que coincide com o dia da independência do país. Este ano, três das maiores organizações nacionalistas da Polônia se juntaram para organizar o evento – o Acampamento Nacional Radical (ONR), o Toda Juventude Polonesa e o Movimento Nacional (RN).
Uma novidade deste ano: os organizadores tentaram atrair atenção internacional convidando figuras infames da direita, como o líder alt-right Richard Spencer – que recusou o convite depois que o governo polonês ameaçou proibi-lo de entrar no país.
A mídia local e a polícia dizem que 60 mil pessoas participaram da manifestação no sábado (11), mas oficiais do governo colocaram o número do público na marca dos 30 mil. Alguns carregavam cartazes com slogans nacionalistas como “A Europa será branca ou deserta” e “Ser polonês é normal”. Em resposta, um contraprotesto antifascista aconteceu a alguns quilômetros do local, e parece ter atraído uma presença maior da polícia.
Apesar de a manifestação ter sido pacífica, marchas anteriores tiveram confrontos violentos entre polícia e manifestantes, geralmente incitados por torcedores de futebol de extrema-direita – os “ultras” – que se veem como defensores leais das tradições polonesas que estariam sendo diluídas por estrangeiros. Todo ano o governo diz que não pode proibir a manifestação porque ela cumpre as exigências legais para ser uma comemoração da história polonesa.
O fotógrafo Mikolaj Maluchnik esteve em Varsóvia e documentou o evento para a VICE.
A mídia local estima que 60 mil pessoas participaram da manifestação.
Milhares de bandeiras polonesas e nacionalistas estavam presentes na manifestação.
Uma faixa em latim dizendo “Quem como Deus” – uma referência à crença de que os brancos são a raça superior.
Desde 2009, a manifestação é organizada pela ala jovem do partido Movimento Nacional.
Uma multidão se reúne para queimar uma faixa.
A faixa diz “Europa Branca para Nações Irmãs”.
Uma faixa anti-refugiados.
Líderes do Acampamento Radical Nacional carregam uma faixa anti-imigração