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“Ruben Brandt, Coleccionador”, arte, crime e acção numa obra visual excepcional

O mais recente filme de animação de Milorad Krstić é obrigatório.

Ruben Brandt, um famoso psicoterapeuta, é obrigado a roubar 13 quadros de prestigiados museus de todo o Mundo e de colecções privadas, para evitar que sofra de terríveis pesadelos, resultantes de mensagens subliminares que recebeu em criança. Na companhia de quatro dos seus pacientes, ataca regularmente e com grande sucesso: o Museu do Louvre, o Tate, a Galleria Degli Uffizi, o Hermitage, o Museu de Arte Moderna… "O Coleccionador" torna-se rapidamente no criminoso mais procurado do Mundo. Bandidos e caçadores de prémios perseguem-no pelo Planeta, enquanto a recompensa pela sua captura vai aumentando, aproximando-se dos 100 milhões de dólares. Até que um cartel de companhias de seguros encarrega Mike Kowalski, um detective privado e perito em roubos de obras de arte, de resolver o caso.

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O filme “Ruben Brandt, Coleccionador”, de Milorad Krstić - estreia em Portugal hoje, 2 de Maio, via Cinema Bold, em exclusivo nos Cinemas UCI do Corte Inglés, em Lisboa e Arrábida Shopping, no Porto, estará disponível em DVD e VOD a partir do dia 9 e há uma sessão especial em Lisboa na sexta-feira, 3, para a qual estamos a oferecer convites no nosso Facebook - é uma obra de fantasia visualmente excepcional (vê o trailer acima).

Independentemente de onde veio a inspiração – drama, fantasia, acção-aventura, policial, mistério, um filme inteiro, uma cena ou apenas uma personagem – Krstić tentou incluir o máximo de referências que conseguiu para homenagear as obras de cinema e de arte de que mais gosta. Ingmar Bergman, Luis Buñuel, Charlie Chaplin, Sergei Eisenstein, Federico Fellini, Alfred Hitchcock, John Huston, Stanley Kubrick, Akira Kurosawa, Auguste Lumière, Louis Lumière e Georges Méliès estão entre os realizadores cujo legado teve um grande impacto em Milorad. Não admira que o próprio título contenha dois artistas famosos: é uma combinação de Rubens e Rembrandt.

Milorad Krstić nasceu em Dornberk, na Eslovénia, em 1952. Tirou o curso de Direito na Universidade de Novi Sad, na Sérvia. Desde 1989, vive e trabalha em Budapeste, na Hungria, enquanto pintor e artista de multimédia. Mergulhou em diferentes campos de artes visuais através de pintura, desenho, escultura, documentários, cenografia, fotografia, CD-ROM interactivo, etc. Pela sua primeira curta-metragem animada, “My Baby Left Me”, foi galardoado com um Urso de Prata, em 1995, no Festival de Cinema de Berlim. Pelo CD-ROM interactivo “Das Anatomische Theater”, venceu o prémio MIFA de Melhor Projecto Interactivo, em Annecy, em 1999.

"Lembro-me de quando olhei pela lente de uma câmara pela primeira vez. Conseguia focar uma flor, no campo, de modo a que tudo o que estivesse à frente ou atrás dela ficasse desfocado. A imagem nítida, separada do plano de fundo, era ainda mais entusiasmante que a mesma flor vista a olho nu, em que tudo era nítido: a flor, a vegetação que a rodeava e o campo inteiro. Foi assim que aprendi, muito antes do meu fascínio por galerias de arte e cinemas, que o Mundo, quando pintado ou visto através de uma lente, pode ser mais poderoso que a realidade. A pintura e o cinema, para mim, são as formas de arte mais significativas e foi por esse motivo que baseei este filme nelas", salienta o realizador.


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