Pergunta do dia: gostas de te gabar das tuas conquistas sexuais?

Bem-vindos à nossa rubrica especializada em importunar peões, a Pergunta do Dia. É só uma desculpa para ocupar os estagiários!



Porque é que será que todos temos aquela tendência de nos gabarmos das nossas conquistas sexuais? Simplesmente porque somos uma raça egoísta? Ou porque somos apenas inseguros? Ok, é errado contar, com detalhes, como foi a última vez com a tua namorada do liceu? Sim, claro, mas que atire a primeira pedra quem nunca se deliciou com a descrição das performances alheias. Esta Pergunta do dia é só a continuação desse exercício proibido.


Marília Almeida, 18 anos (estudante) e Daniela Pereira, 17 anos (estudante)

Daniela: Eu não sou propriamente oferecida, portanto, não…

E o que é que isso tem a ver?
Daniela: Gabar-me das minhas conquistas é como se estivesse a tratar os homens como objectos, tem de haver respeito. Além disso também não gostava que se andassem a gabar que me andavam a comer e nem gostava que me comessem.

E tu, Marília?
Marilia: Gabar no sentido pejorativo? Do género, eu comi aquele e sou fixe?

Sim, e falar detalhadamente.
Marília: Sendo verdadeira mesmo, tudo o que é mulher e homem vai contar aos amigos e até acho que isso é uma cena importante para a sexualidade, partilhar as experiências sexuais. Uma cena é contar que comeste um gajo outra cena é contar detalhadamente, do género: “ele entrou assim e eu meti a perna assado…” Percebes?

Sim, toda a gente percebe.



Rui Marques, 23 anos (estudante)

Depende, já gostei mais.

Porquê?
É sempre aquela cena entre amigos, o pessoal compara sempre os troféus, mas neste momento já não sou assim. Agora não me gabo tanto, prefiro manter em segredo, até me excita mais [risos].

E tens cenas íntimas altamente para contar?
Ui, sim. Eles ficam com inveja!

Sentes-te um gajo com sorte?
Sim!

Logo vi.


Miguel Silva, 20 anos, (estudante)

Não me costumo gabar, mas entre amigos mesmo?

Sim, os teus melhores amigos.
Posso ter falado uma vez ou outra de qualquer coisa, mas nada de muito específico ou detalhado. Geralmente gosto de guardar um bocado para mim. É uma cena um bocado intima. Não vou estar a contar os pormenores todos, só se for um grande amigo.

Aposto que já recebeste dicas dos teus amigos.
Isso sempre. Eles armam-se sempre em sabichões mas geralmente são uns nabos [risos].

O normal. Obrigado pelo teu tempo.



“Carlos Reis”, 32 anos (contabilista)

Isso é das coisas que mais gosto de fazer.

Porquê?
Primeiro, porque são muitas. Depois pela maneira como conquisto as mulheres, ou os homens até… tem acontecido muito nos últimos tempos ser mais homens do que mulheres. A maneira como eu os conquisto é única, e isso faz com que eu vá para casa muito satisfeito.

Que técnica usas?
Eu não caio naquela conquista básica, de “olha e tal” e “pá isso e não sei quê”.

A sério?
Eu sou muito mais complexo, eu abordo a pessoa de uma forma muito ligeira, ela não percebe logo.

És um garanhão.
No fundo sou mais um personal trainer do que um garanhão.
Onde é que isto vai aparecer?

Na VICE.
Na vêem-se?

Demais.



Margarida Cardoso, 18 anos (estudante)

Não, não gosto de me gabar. Mantenho essas coisas muito para mim, não conto nada. Não conto.

Não me digas que só falas com o teu namorado.
Sim, com ele, porque antes dos meus amigos, ele é o meu melhor amigo, por isso…

Casalinhos, vá-se lá perceber…



Andreia Carvalho, 21 anos (estudante) e Ana Santos, 22 anos (estudante)

Andreia: Não, até porque o que tiver que acontecer fica entre quatro paredes. Mais nada.

Mas nunca falaste com amigas sobre isso?
Andreia: Posso falar de algumas coisas quando nós estávamos todos juntos, com alguns copos em cima, mas acho que tirando isso…

Já se sabe que a bebida resolve tudo. E achas que algum namorado teu se iria importar de comentares detalhadamente esse tipo de coisas?
Ana: Isso é impossível.

Obrigado, mas nesta vida não há impossíveis.