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Música

A SFX Entertainment entrou com um pedido de recuperação judicial

Não é novidade que a situação financeira da maior produtora de eventos de EDM do mundo vai de mal a pior. Agora a empresa vai tirar suas ações do mercado e acaba de ganhar um novo CEO.
Image courtesy of the SFX website

Nesta terça (2), a SFX Entertainment entrou com um pedido de recuperação judicial. No juridiquês (e diferentemente do que outros sites no Brasil vêm noticiando), isso quer dizer que a empresa não decretou falência, mas sim encontrou meios legais para ter mais prazo pra pagar seus débitos.

O anuncio da chamada recuperação judicial acontece depois de um ano de incerteza financeira dentro do conglomerado do EDM. Os espólios da companhia incluem os festivais e empresas que organizam festivais como a ID&T, Rock in Rio e a Made Event, além da gigante de venda de música digital, o Beatport. Como parte do acordo, o novo CEO da SFX vai supostamente substituir o CEO atual, Robert Sillerman, que continuará na companhia na função de presidente. A decisão também faz com que a empresa feche seu capital, tornando-se privada.

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Conforme a companhia passe efetivamente pelo processo de fechamento do seu capital, a SFX terá de apagar uma dívida de US$ 300 milhões de dólares e receber US$ 115 milhões como "dívida de capital", anunciou a Forbes. O negócio foi feito para que a empresa possa continuar funcionando normalmente durante o tal processo de recuperação judicial.

A notícia, porém, surge menos de duas semanas depois de a SFX receber um investimento de 20 milhões da companhia canadense Catalyst Capital Group. O anúncio da reestruturação financeira da empresa se dá após uma longa lista de qeuívocos financeiros marcados por um processo por parte de seus investidores, tentativas falhas de reestruturação da dívida e, mais recentemente, um recorde de baixa no preço das ações.

Em uma declaração na qual a SFX Entertainment falou sobre a mudança, Sillerman disse: "Essa expressão de confiança de nossos credores é um sinal do potencial dos nossos negócios, e a dedicação e profissionalismo de mais de 600 pessoas que fazem a SFX". Sillerman continuou dizendo que a posição da empresa não é onde esperava que ela estivesse, mas que a reestruturação daria a oportunidade da SFX alcançar seus objetivos. O antigo CEO ainda acrescentou: "Estou ansioso por continuar sendo parte da nova SFX como presidente. Nós vamos imediatamente começar a procurar um novo CEO para nos liderar enquanto continuamos a estabelecer uma tendência na explosiva cultura que é a música eletrônica".

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O Beatport também fez uma declaração, esclarecendo que os negócios não serão afetados pela falência. "Para todos nós aqui no Beatport, é trabalho normal", anunciaram em um post de blog. "Isso significa que todas as plataformas Beatport estão funcionando normalmente sem nenhuma restrição. A loja continua aberta. Os serviços de streaming continuam normalmente. Novos lançamentos são acrescentados diariamente. Novos vídeos estão sendo produzidos. Pagamentos para selos e fornecedores estão acontecendo normalmente. Nós esperamos que o SFX navegue com sucesso por essa reorganização, e no meio tempo vamos continuar focando em fazer a melhor experiência musical para os fãs, artistas e DJs que formam a comunidade da música eletrônica".

Leia mais no Wall Street Journal.

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Tradução: Pedro Moreira

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