O Gênero É Eternamente Fluido nesses Retratos de Nus Estilo Vintage

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O Gênero É Eternamente Fluido nesses Retratos de Nus Estilo Vintage

As fotos mostram transgêneros, cisgêneros e uma variedade de indivíduos queer e não conformados ao gênero nus.

A exposição de fotografias ambrótipo de Robyn Renee Hasty, Z, estreou na semana passada na Pioneer Works do Brooklyn, Nova York. As fotos mostram transgêneros, cisgêneros e uma variedade de indivíduos queer e não conformados ao gênero nus.

O processo usado por Hasty era popular na época da Guerra Civil Americana e é similar a processos de ferrotipia, usando colódio úmido numa superfície cuidadosamente preparada. Quem já fez algum curso introdutório de teoria da fotografia vai se lembrar da famosa meditação de Roland Barthes sobre a imagem de colódio úmido de 1865 do assassino fracassado Lewis Payne. Para ele, a fotografia deAlexander Gardner, tirada antes de o rapaz ser levado para a forca, "é linda, assim como o garoto… mas o ponto é: ele vai morrer".

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Recentemente, esse processo antigo tem sido aplicado a tudo, da cultura do surfe ao marido de Sally Mann, com vários graus de lógica. Não importa o tema, fotos de colódio são sempre lindas. Elas estão esteticamente enraizadas no passado, mas, às vezes, isso pode ser mais um efeito do que uma parte essencial do conceito de um corpo de trabalho. Esse não é o caso de Z. Em vez disso, a estética anacrônica do trabalho de Hasty aponta uma concepção fluida de tempo, em essência postulando que todo um espectro de expressões de gênero sempre existiu apesar de só agora isso poder ser fotografado. Nas palavras de Barthes, "Isso será e sempre foi".

Z (com curadoria de Walker Waugh) fica em exposição na Pioneer Works Center for Art and Innovation, em Red Hook, Brooklyn, NY. EUA até 12 de julho de 2015.

Fotografia da instalação cortesia da artista.

Veja mais do trabalho de Robyn Renee Hasty no site dela.

Tradução: Marina Schnoor