As eleições brasileiras disputadas neste domingo 07, tem um 2° turno confirmado. O candidato de extrema-direita teve 46,03% dos votos válidos contra 29,28% do petista herdeiro de Lula. Ainda há muito o que se analisar, mas já é possível afirmar que muitas decisões de voto foram regidas pelo ódio contra candidatos ou partidos.
Fui até a residência de Jair Bolsonaro na Barra da Tijuca, zona oeste de Rio de Janeiro. Por volta das 16hs, com evento marcado nas redes sociais, os partidários do candidato de extrema-direita se concentraram lá.
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Às 20hs mais de mil pessoas lotavam o local, deixando um estreito corredor para a passagem de carros. Dentro da concentração encontrei diferentes representantes de categorias que o candidato afirmou que deixaria de de lado em seu governo. Perguntei para eles o achavam disso, saque só.
Vanessa, 36 anos, turismóloga: “Bolsonaro não vai governar só para as maiorias. Ele vai governar para todos os brasileiros de bem deste pais”.
Márcio Souza, 28 anos, promotor de vendas: “Não, não. Ele vai governar para o povo brasileiro, ele não quer dividir como o socialismo. O governo passado dividia a nação, dividindo em classes, seguia a cartilha de Lênin, de Marx. E é isso que ele não quer que divida uma nação. Eu sou negro e voto nele com muito orgulho, porque eu sei que ele não vai dividir, não vai descriminar ninguém. Ele vai acabar com as cotas raciais que tem no Brasil que é o maior racismo que tem no Brasil, é o cumulo que o governo de Lula fez”.
Diego, 28 anos, motorista autônomo: “Eu acho que não tem que assistir essa questão de cota racial, tem que ser mérito. Você como jornalista e eu sendo negro, se eu estudo 2, 3 anos e você estuda 10, eu chego no mesmo patamar, no mesmo nível. O que você acharia? Eu sou negro e como negro sou a favor do cara, sou a favor de Bolsonaro”.
Fernanda, 28 anos, cabo da PM: “Acho que tem que ser igual para todo mundo. Esse negócio de quota, negro, deixa um pouco desigual. Eu sei que a gente deve muito a nossos negros na nossa historia, ela já castigou muito a população negra, mas eu não me sinto só uma minoria por ser negra, eu sou policial, por ser as vezes criticadas pela sociedade, apontada; Apontam nossos erros e esquecem as benfeitorias que fazemos em nosso trabalho. Por isso estou aqui, por a legitimidade que vai aos policiais, a nosso trabalho, o pessoal que esta ai na segurança publica, por minha família. É por isso que estou aqui”.
Anderson, 26 anos, atendente: “As pessoas estão invertendo muito as coisas, porque ele é à favor da família. Ele não falou contra bandeira A, B ou C, ele é cristão ele é família, ele é Brasil e é isso o que importa. Nós somos da Igreja Universal e apoiamos Bolsonaro”.
João Lucas, 17 anos, estudante: “Não tem nada a ver ser negro. O Bolsonaro vai melhorar nosso país porque é dele que nosso pais precisa. Nosso país precisa melhorar”.
Homem de Ferro, Henrique Amado, 58 anos, advogado: “Minha avó era escrava e não tem isso, ele não é racista, não é de ultra direita, ele quer o melhor para o país e é o único que bate de frente com as famílias de iluminattis e a nova ordem mundial que tem o objetivo de reduzir a população em 99% de escravidão até 2030. Por isso querem matar ele, não querem que seja eleito porque ele quer saúde, educação, segurança, uma boa política para as crianças nas escolas e é uma pessoa de bem; É o único que não ganha dinheiro, a campanha foi sem dinheiro nenhum. Então, eu vou lhe falar. É Brasil em cima de tudo e em cima de todos e eu vim de graça hoje. Tenho um sonho de voltar a ver meu Brasil bom que foi sucateado nos últimos 12 anos. Eu tenho esperança”.
Leandra, 37 anos, inspetora penitenciária: “O Brasil é mestiço, tem muito negro no Brasil, isso [que governaria só para as maiorias] não é verídico”.
Saque mais fotos da comemoração abaixo:
Assista ao nosso documentário O Mito de Bolsonaro:
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