Música

O disco novo do Oathbreaker, ‘Rheia’, vai estraçalhar seu coração

A banda belga Oathbreaker​ está há quase uma década na estrada, e após anos trabalhando no underground, parece que a sorte dos quatro integrantes da banda que mistura black metal com hardcore começou a mudar. A banda é uma das que integra a atual turnê do Skeletonwitch, e com o lançamento do novo álbum Rheia (o terceiro lançado pelo selo de hardcore Deathwish), ela está pronta para estourar.

O Oathbreaker é um negócio estranho e especial, do tipo que eu até já havia dado uma gongada (“Deathwish, black metal, hardcore, tá legal, já deu pra entender!”). Um movimento do qual eu agora me arrependo profundamente, graças a Rheia. Em um mundo pós-Deafheaven​, a febre de mesclar black metal com hardcore é quase uma modinha, mas o Oathbreaker faz isso de uma forma surpreendentemente única. Estão lá o tremolo, os acordes cromáticos, as melodias rasgantes, as frescurinhas eletrônicas  e a atmosfera densa, os acessos furiosos e o “quebra ossos” — e, acima disso tudo, tem o vocal da Caro Tanghe.

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A forma como suas cordas vocais se dobram e deslizam um frágil sussurro, um uivo crescente, um grunhido, um murmúrio e um rugido, é impressionante, para dizer o mínimo. E adicionam uma nova gama de cores à paleta de sons nada monocromática da banda. Não há grunhido de gato black metal, nenhum vocal de cachorro hardcore — ao invés disso, há padrões vocais incrivelmente ricos que elevam a música a um novo patamar.

É também uma gravação inesperadamente emocional — sua letra é encharcada com sangue, desejo e veneno. Por ora, só é possível imaginar como eles executam tudo isso ao vivo. As audiências americanas e europeias terão a oportunidade de descobrir esse mistério quando a tour mundial da banda começar em 28 de setembro.

Rheia será lançado em 30 de setembro, a pré-venda já está rolando, mas você já pode ir se adiantando ouvindo a porra toda no player abaixo e, vai por mim, você não vai querer perder esse som.