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david bowie

Menções extraordinárias a astronautas na música

Também há claves de sol no espaço.

A História favorece sempre os bravos e, por tabela, também a música encontra maneiras de homenagear quem nada teme, como é o caso dos astronautas. Mais do que os marinheiros, os aviadores ou os maquinistas, os astronautas viram os seus feitos mais heróicos serem honrados com canções que o mundo inteiro conhece ou devia conhecer. O espaço é o escritório do astronauta e as suas vastas dimensões inspiram, naturalmente, grandíssimas malhas. Podíamos para o caso aproveitar exemplos óbvios da astro-canção como “Space Oddity”, do David Bowie, ou “Rocket Man”, do Elton John, mas sobre esses calculamos que já existam entre três e quatro mil ensaios académicos.

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A História favorece sempre os bravos e, por tabela, também a música encontra maneiras de homenagear quem nada teme, como é o caso dos astronautas. Mais do que os marinheiros, os aviadores ou os maquinistas, os astronautas viram os seus feitos mais heróicos serem honrados com canções que o mundo inteiro conhece ou devia conhecer. O espaço é o escritório do astronauta e as suas vastas dimensões inspiram, naturalmente, grandíssimas malhas. Podíamos para o caso aproveitar exemplos óbvios da astro-canção como “Space Oddity”, do David Bowie, ou “Rocket Man”, do Elton John, mas sobre esses calculamos que já existam entre três e quatro mil ensaios académicos.





Mesmo assim, não deixa de ser importante ressalvar que “Space Oddity”, o tema que dá título ao disco do David Bowie, lançado em 1969, permanece intocável como documento da primeira missão Apollo à Lua. O que parece ser apenas um diálogo entre o ficcionado Major Tom e a torre de controlo, acompanhado por uma contagem decrescente e uma climática percussão militar, passa a ser todo um tratado filosófico sobre a alienação, o abandono dos hábitos mundanos e tanto mais. Não há canção como esta.





Igualmente espacial, embora muito mais directa, é a abordagem do Dr. Dre ao tópico com a explosiva “Keep Their Heads Ringin’”, em que dispara o inesquecível verso:

I kick plenty of ass, so call me an astronaut

. A língua inglesa deve sentir-se especialmente feliz por conseguir juntar

ass

e

astronaut

num só trocadilho, mas apenas um iluminado como o Dr. Dre seria capaz de encontrar o

timing

perfeito para executar tal jogo de palavras, ali mesmo no centro de mais um capítulo na saga de auto-bajulação do autor de

The Chronic

. Estávamos em 1995 e o Dr. Dre era, de facto, o maior patrão do hip-hop. Agora, passa o tempo a fazer musculação no ginásio e a adiar a data de lançamento do seu novo álbum.





A ousadia que anda a faltar ao Dr. Dre é a mesma que abunda em dois clássicos que os Black Sabbath dedicam à causa astronáutica: “Into the Void”, incluído em

Master of Reality

(1971) e “Supernaut”, surgido um ano mais tarde em

Vol. 4

. Ambos reagem liricamente às primeiras missões espaciais Apollo, decorridas na transição entre as décadas de 60 e 70, mas, acima de tudo, comprovam uma verdade primária do rock: não há nada que represente tão bem a coragem e a vontade de seguir em frente como um riff bem esgalhado.





Tony Iommi, o Deus mais conhecido como guitarrista dos Black Sabbath, passou uma vida a compor riffs capazes de levar o homem até onde ele nunca se atreveu a ir. Escutamos os acordes de guitarra de “Into the Void” ou “Supernaut” e na sua composição lá estão elementos como a cegueira, a testosterona e aquele toque de estupidez que é essencial para alcançar toda a glória. Se “Into the Void” é um hino a todos os que não vacilaram na hora de assumir os comandos das viagens de emergência (coisa habitual no espaço), “Supernaut” associa as missões do astronauta às trips que o Ozzy Osbourne encontrava no caldo de uma colher. As duas canções insinuam a mesma ideia: só uns olhos tão aventureiros como os do astronauta são capazes de ver tudo.

Mesmo assim, não deixa de ser importante ressalvar que “Space Oddity”, o tema que dá título ao disco do David Bowie, lançado em 1969, permanece intocável como documento da primeira missão Apollo à Lua. O que parece ser apenas um diálogo entre o ficcionado Major Tom e a torre de controlo, acompanhado por uma contagem decrescente e uma climática percussão militar, passa a ser todo um tratado filosófico sobre a alienação, o abandono dos hábitos mundanos e tanto mais. Não há canção como esta.



A História favorece sempre os bravos e, por tabela, também a música encontra maneiras de homenagear quem nada teme, como é o caso dos astronautas. Mais do que os marinheiros, os aviadores ou os maquinistas, os astronautas viram os seus feitos mais heróicos serem honrados com canções que o mundo inteiro conhece ou devia conhecer. O espaço é o escritório do astronauta e as suas vastas dimensões inspiram, naturalmente, grandíssimas malhas. Podíamos para o caso aproveitar exemplos óbvios da astro-canção como “Space Oddity”, do David Bowie, ou “Rocket Man”, do Elton John, mas sobre esses calculamos que já existam entre três e quatro mil ensaios académicos.





Mesmo assim, não deixa de ser importante ressalvar que “Space Oddity”, o tema que dá título ao disco do David Bowie, lançado em 1969, permanece intocável como documento da primeira missão Apollo à Lua. O que parece ser apenas um diálogo entre o ficcionado Major Tom e a torre de controlo, acompanhado por uma contagem decrescente e uma climática percussão militar, passa a ser todo um tratado filosófico sobre a alienação, o abandono dos hábitos mundanos e tanto mais. Não há canção como esta.





Igualmente espacial, embora muito mais directa, é a abordagem do Dr. Dre ao tópico com a explosiva “Keep Their Heads Ringin’”, em que dispara o inesquecível verso:

I kick plenty of ass, so call me an astronaut

. A língua inglesa deve sentir-se especialmente feliz por conseguir juntar

ass

e

astronaut

num só trocadilho, mas apenas um iluminado como o Dr. Dre seria capaz de encontrar o

timing

perfeito para executar tal jogo de palavras, ali mesmo no centro de mais um capítulo na saga de auto-bajulação do autor de

The Chronic

. Estávamos em 1995 e o Dr. Dre era, de facto, o maior patrão do hip-hop. Agora, passa o tempo a fazer musculação no ginásio e a adiar a data de lançamento do seu novo álbum.





A ousadia que anda a faltar ao Dr. Dre é a mesma que abunda em dois clássicos que os Black Sabbath dedicam à causa astronáutica: “Into the Void”, incluído em

Master of Reality

(1971) e “Supernaut”, surgido um ano mais tarde em

Vol. 4

. Ambos reagem liricamente às primeiras missões espaciais Apollo, decorridas na transição entre as décadas de 60 e 70, mas, acima de tudo, comprovam uma verdade primária do rock: não há nada que represente tão bem a coragem e a vontade de seguir em frente como um riff bem esgalhado.





Tony Iommi, o Deus mais conhecido como guitarrista dos Black Sabbath, passou uma vida a compor riffs capazes de levar o homem até onde ele nunca se atreveu a ir. Escutamos os acordes de guitarra de “Into the Void” ou “Supernaut” e na sua composição lá estão elementos como a cegueira, a testosterona e aquele toque de estupidez que é essencial para alcançar toda a glória. Se “Into the Void” é um hino a todos os que não vacilaram na hora de assumir os comandos das viagens de emergência (coisa habitual no espaço), “Supernaut” associa as missões do astronauta às trips que o Ozzy Osbourne encontrava no caldo de uma colher. As duas canções insinuam a mesma ideia: só uns olhos tão aventureiros como os do astronauta são capazes de ver tudo.

Igualmente espacial, embora muito mais directa, é a abordagem do Dr. Dre ao tópico com a explosiva “Keep Their Heads Ringin’”, em que dispara o inesquecível verso:

I kick plenty of ass, so call me an astronaut

. A língua inglesa deve sentir-se especialmente feliz por conseguir juntar

ass

e

astronaut

num só trocadilho, mas apenas um iluminado como o Dr. Dre seria capaz de encontrar o

timing

perfeito para executar tal jogo de palavras, ali mesmo no centro de mais um capítulo na saga de auto-bajulação do autor de

The Chronic

. Estávamos em 1995 e o Dr. Dre era, de facto, o maior patrão do hip-hop. Agora, passa o tempo a fazer musculação no ginásio e a adiar a data de lançamento do seu novo álbum.



A História favorece sempre os bravos e, por tabela, também a música encontra maneiras de homenagear quem nada teme, como é o caso dos astronautas. Mais do que os marinheiros, os aviadores ou os maquinistas, os astronautas viram os seus feitos mais heróicos serem honrados com canções que o mundo inteiro conhece ou devia conhecer. O espaço é o escritório do astronauta e as suas vastas dimensões inspiram, naturalmente, grandíssimas malhas. Podíamos para o caso aproveitar exemplos óbvios da astro-canção como “Space Oddity”, do David Bowie, ou “Rocket Man”, do Elton John, mas sobre esses calculamos que já existam entre três e quatro mil ensaios académicos.





Mesmo assim, não deixa de ser importante ressalvar que “Space Oddity”, o tema que dá título ao disco do David Bowie, lançado em 1969, permanece intocável como documento da primeira missão Apollo à Lua. O que parece ser apenas um diálogo entre o ficcionado Major Tom e a torre de controlo, acompanhado por uma contagem decrescente e uma climática percussão militar, passa a ser todo um tratado filosófico sobre a alienação, o abandono dos hábitos mundanos e tanto mais. Não há canção como esta.





Igualmente espacial, embora muito mais directa, é a abordagem do Dr. Dre ao tópico com a explosiva “Keep Their Heads Ringin’”, em que dispara o inesquecível verso:

I kick plenty of ass, so call me an astronaut

. A língua inglesa deve sentir-se especialmente feliz por conseguir juntar

ass

e

astronaut

num só trocadilho, mas apenas um iluminado como o Dr. Dre seria capaz de encontrar o

timing

perfeito para executar tal jogo de palavras, ali mesmo no centro de mais um capítulo na saga de auto-bajulação do autor de

The Chronic

. Estávamos em 1995 e o Dr. Dre era, de facto, o maior patrão do hip-hop. Agora, passa o tempo a fazer musculação no ginásio e a adiar a data de lançamento do seu novo álbum.





A ousadia que anda a faltar ao Dr. Dre é a mesma que abunda em dois clássicos que os Black Sabbath dedicam à causa astronáutica: “Into the Void”, incluído em

Master of Reality

(1971) e “Supernaut”, surgido um ano mais tarde em

Vol. 4

. Ambos reagem liricamente às primeiras missões espaciais Apollo, decorridas na transição entre as décadas de 60 e 70, mas, acima de tudo, comprovam uma verdade primária do rock: não há nada que represente tão bem a coragem e a vontade de seguir em frente como um riff bem esgalhado.





Tony Iommi, o Deus mais conhecido como guitarrista dos Black Sabbath, passou uma vida a compor riffs capazes de levar o homem até onde ele nunca se atreveu a ir. Escutamos os acordes de guitarra de “Into the Void” ou “Supernaut” e na sua composição lá estão elementos como a cegueira, a testosterona e aquele toque de estupidez que é essencial para alcançar toda a glória. Se “Into the Void” é um hino a todos os que não vacilaram na hora de assumir os comandos das viagens de emergência (coisa habitual no espaço), “Supernaut” associa as missões do astronauta às trips que o Ozzy Osbourne encontrava no caldo de uma colher. As duas canções insinuam a mesma ideia: só uns olhos tão aventureiros como os do astronauta são capazes de ver tudo.

A ousadia que anda a faltar ao Dr. Dre é a mesma que abunda em dois clássicos que os Black Sabbath dedicam à causa astronáutica: “Into the Void”, incluído em

Master of Reality

(1971) e “Supernaut”, surgido um ano mais tarde em

Vol. 4

. Ambos reagem liricamente às primeiras missões espaciais Apollo, decorridas na transição entre as décadas de 60 e 70, mas, acima de tudo, comprovam uma verdade primária do rock: não há nada que represente tão bem a coragem e a vontade de seguir em frente como um riff bem esgalhado.



A História favorece sempre os bravos e, por tabela, também a música encontra maneiras de homenagear quem nada teme, como é o caso dos astronautas. Mais do que os marinheiros, os aviadores ou os maquinistas, os astronautas viram os seus feitos mais heróicos serem honrados com canções que o mundo inteiro conhece ou devia conhecer. O espaço é o escritório do astronauta e as suas vastas dimensões inspiram, naturalmente, grandíssimas malhas. Podíamos para o caso aproveitar exemplos óbvios da astro-canção como “Space Oddity”, do David Bowie, ou “Rocket Man”, do Elton John, mas sobre esses calculamos que já existam entre três e quatro mil ensaios académicos.





Mesmo assim, não deixa de ser importante ressalvar que “Space Oddity”, o tema que dá título ao disco do David Bowie, lançado em 1969, permanece intocável como documento da primeira missão Apollo à Lua. O que parece ser apenas um diálogo entre o ficcionado Major Tom e a torre de controlo, acompanhado por uma contagem decrescente e uma climática percussão militar, passa a ser todo um tratado filosófico sobre a alienação, o abandono dos hábitos mundanos e tanto mais. Não há canção como esta.





Igualmente espacial, embora muito mais directa, é a abordagem do Dr. Dre ao tópico com a explosiva “Keep Their Heads Ringin’”, em que dispara o inesquecível verso:

I kick plenty of ass, so call me an astronaut

. A língua inglesa deve sentir-se especialmente feliz por conseguir juntar

ass

e

astronaut

num só trocadilho, mas apenas um iluminado como o Dr. Dre seria capaz de encontrar o

timing

perfeito para executar tal jogo de palavras, ali mesmo no centro de mais um capítulo na saga de auto-bajulação do autor de

The Chronic

. Estávamos em 1995 e o Dr. Dre era, de facto, o maior patrão do hip-hop. Agora, passa o tempo a fazer musculação no ginásio e a adiar a data de lançamento do seu novo álbum.





A ousadia que anda a faltar ao Dr. Dre é a mesma que abunda em dois clássicos que os Black Sabbath dedicam à causa astronáutica: “Into the Void”, incluído em

Master of Reality

(1971) e “Supernaut”, surgido um ano mais tarde em

Vol. 4

. Ambos reagem liricamente às primeiras missões espaciais Apollo, decorridas na transição entre as décadas de 60 e 70, mas, acima de tudo, comprovam uma verdade primária do rock: não há nada que represente tão bem a coragem e a vontade de seguir em frente como um riff bem esgalhado.





Tony Iommi, o Deus mais conhecido como guitarrista dos Black Sabbath, passou uma vida a compor riffs capazes de levar o homem até onde ele nunca se atreveu a ir. Escutamos os acordes de guitarra de “Into the Void” ou “Supernaut” e na sua composição lá estão elementos como a cegueira, a testosterona e aquele toque de estupidez que é essencial para alcançar toda a glória. Se “Into the Void” é um hino a todos os que não vacilaram na hora de assumir os comandos das viagens de emergência (coisa habitual no espaço), “Supernaut” associa as missões do astronauta às trips que o Ozzy Osbourne encontrava no caldo de uma colher. As duas canções insinuam a mesma ideia: só uns olhos tão aventureiros como os do astronauta são capazes de ver tudo.

Tony Iommi, o Deus mais conhecido como guitarrista dos Black Sabbath, passou uma vida a compor riffs capazes de levar o homem até onde ele nunca se atreveu a ir. Escutamos os acordes de guitarra de “Into the Void” ou “Supernaut” e na sua composição lá estão elementos como a cegueira, a testosterona e aquele toque de estupidez que é essencial para alcançar toda a glória. Se “Into the Void” é um hino a todos os que não vacilaram na hora de assumir os comandos das viagens de emergência (coisa habitual no espaço), “Supernaut” associa as missões do astronauta às trips que o Ozzy Osbourne encontrava no caldo de uma colher. As duas canções insinuam a mesma ideia: só uns olhos tão aventureiros como os do astronauta são capazes de ver tudo.