Este artigo foi originalmente publicado na nossa plataforma i-D Espanha.Desde que Eckhaus Latta chegou à cena da moda underground nova-iorquina, foram várias as vezes que a marca demonstrou que está aqui para revolucionar a indústria. Anteriormente, co colectivo já nos tinha surpreendido com propostas como o fashion film da temporada Outono/Inverno '15, Roach - em que, entre outras coisas, aparecia um homem nu, que cobria a zona genital com salmão fumado. Se, todavia, isto não te pareceu suficientemente irreverente, o mesmo é bem capaz de não acontecer com a mais recente campanha.
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Mike Eckhaus e Zoe Latta subiram a aposta com uma campanha protagonizada por casais em pleno acto sexual (quem sabe se mesmo a sério, ou simulado) e composta por imagens muito explícitas, até para o mundo da moda, ainda que as partes mais íntimas estejam pixelizadas. No entanto, ainda que o sexo seja o que chama a atenção num primeiro momento, há uma narrativa muito mais importante em segundo plano: a diversidade racial e sexual que convive lado a lado na nossa sociedade e que, na maioria das vezes, não é tão representada como deveria.
Por detrás da campanha destaca-se o styling de Avena Gallagher e a fotografia do sul-coreano Heji Shin, que já trabalhou em ocasiões anteriores com o colectivo e que, inclusivamente, ilustrou um livro alemão de educação sexual para adolescentes.É óbvio que esta é uma das propostas mais interessantes e transgressoras da actualidade e recordamos a pergunta feita por Eckhaus na mais recente edição da Semana da Moda de Nova Iorque: "Porque é que fazemos roupa". Aparentemente, para a despirmos.Podes ver a campanha completa aqui.