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Socializando com Maçons

Semana passada, Billy Rohan e eu fomos até a Grande Loja Maçônica de Nova York curtir com os maçons.

Semana passada, Billy Rohan e eu fomos até a Grande Loja Maçônica de Nova York curtir com os maçons. O Billy já trampou como voluntário na Biblioteca Maçônica, por isso foi convidado a assistir à iniciação de um novo membro — que geralmente envolve uma festa e monte de ostras. Ele resolveu me levar como convidado. Muitas pessoas acreditam que a maçonaria é uma sociedade secreta que controla o governo e o nosso dinheiro, mas quando tentei dizer ao Billy que estávamos prestes a nos meter na Batcaverna de nossos suseranos, ele começou a rir e disse que as pessoas que acreditam nessas merdas não querem aceitar que suas vidas são um saco e desprovidas de interesse. “As teorias dessas pessoas sobre a maçonaria conseguem ser tão idiotas quanto usar a desculpa de que ‘foram as vozes na minha cabeça que me obrigaram’”, disse. “Essas pessoas culpam tudo menos eles próprios pelos seus receios.”

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Não me convenceu. Continuamos, então, em direcção à Grande Loja Maçônica — o edifício por excelência da maçonaria novaiorquina. Este prédio, em particular, se chama Mariners Lodge, nome que cai muito bem. Durante o tempo todo me senti como se estivesse num barco, navegando por um oceano chique e misterioso.

Lá dentro, o diretor da Biblioteca Robert R. Livingston mostrava alguns dos velhos aventais maçônicos, sendo que os mais antigos remontam ao século XVIII. Alguns desses aventais foram usados durante as reuniões da Loja.

Como podem ver, estão cobertos de símbolos maçônicos. Aparentemente, estes aventais eram utilizados pelos antigos membros da Maçonaria Operativa, que construíram muitas das catedrais góticas europeias.

O Billy, que, ao que parece, é um perito em maçonaria, me explicou que para alguém se tornar um maçom é preciso atingir três patamares. Quando se chega ao terceiro, recebe-se o título de Mestre da Maçonaria e ganha-se a possibilidade de aderir a outras entidades maçônicas, tais como o Scottish Rite ou os Shriners.

Muitos rappers são idiotas e gostam de fazer parecer que o 33º grau é a posição mais elevada à qual se pode chegar. Isso não é verdade. Os 33 graus são um título honorário atribuído a pessoas que contribuíram significativamente para o bem da humanidade e da fraternidade — pessoas como o Buzz Aldrin ou o presidente Ronald Reagan. De acordo com o Billy e os maçons, a maçonaria luta por causas nobres. Os seus quatro princípios são o amor, a fé, a esperança e a caridade.

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Este é um chapéu dos Shriners, do Shrine do Chipre, que o Grande Mestre costuma utilizar nas cerimônias. Este grupo maçônico começou em Nova York e é hoje uma entidade reconhecida à qual os mestres maçons se podem juntar. Os Shriners são responsáveis por fundar a rede de hospitais para crianças Shriners Children’s Hospitals, que oferece tratamentos gratuitos a crianças de famílias desfavorecidas.

Quando os maçons querem demonstrar respeito ao se cumprimentarem, dizem: “olá irmão, que bom te ver”. São todos manos. Os maçons contaram que poder ser chamado de “irmão” é a maior honra da vida deles.

Para dar inicio à cerimônia do jantar, os maçons batem com os malhetes na cabeceira da mesa. Foi bem legal porque deu uma atmosfera de tribunal chique à cerimónia. Agora, tô considerando começar todas as minhas refeições desse jeito.

A conclusão a que chego é que Maçonaria não é só um grupo de velhos ricos que usa chapéus estranhos. As pessoas são tão variadas que aquilo mais parecia o metrô de Nova York, tirando os sem-teto e as mulheres. Formavam um grupo bem animado. Todo mundo parecia estar entretido tricotando colchas de contas maçônicas, mandando bala em copos de cerveja preta e comendo quilos de ostras cruas.

O que distingue a Maçonaria é que eles não andam de porta em porta perguntando se você quer se juntar a eles. Caso queira, precisa procurá-los.

TAJI AMEEN VICE US
TRADUÇÃO EQUIPE VICE BR