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Histórias constrangedoras de fantasias sexuais que deram errado

De sexo em lugares públicos a uma rapidinha no avião, às vezes fantasiar dá ruim.

Imagem via Pedro Ribeiro Simões.

Esta matéria foi originalmente publicada na VICE Espanha.

Quer você sonhe em fazer um ménage com os vizinhos ou transar com um estranho montando um cavalo, todo mundo tem pelo menos uma fantasia sexual. E sim, é importante seguir seus sonhos, mas acho que é melhor que algumas fantasias continuem apenas isso — fantasias. A realidade pode acabar decepcionando, e se alguma coisa der errado, isso pode dar num tremendo vexame.

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Para reafirmar minha hesitação pessoal em explorar ativamente os cenários sexuais que aparecem vez por outra na nossa cabeça, cinco pessoas me contaram suas piores experiências quando tentaram realizar suas fantasias eróticas.

GOLDEN SHOWER

Eu nunca tinha recebido ou dado um golden shower. O conceito em si não me parecia particularmente excitante, mas gosto de experimentar coisas novas, então quando meu namorado sugeriu a ideia, achei que não custava nada tentar.

Não tínhamos a menor ideia de como continuar, mas concordamos que seria melhor se acontecesse naturalmente, sem pensar muito. Uma noite, quando ele estava sentado na privada, achei que era o momento certo. Subi por cima dele e comecei a fazer um pouco de xixi.

Ele ficou imediatamente excitado. Então decidi levar a coisa um passo além. Saí de cima dele e sentei no bidê ao lado da privada — mirando um jato mais firme de mijo nele. Aconteceu tudo muito rápido, mas logo vi que não tinha mirado direito porque ele gritou, levantou e correu para o chuveiro. Eu tinha acertado o olho dele.

No dia seguinte, o banheiro estava fedendo a mijo e os olhos dele ainda estavam vermelhos. Pareceu um desastre na época, mas agora a gente ri dessa história.

- Ana Jiménez, 28 anos

SEXO EM LUGARES PÚBLICOS

Minha ex-namorada tinha um apetite sexual quase intimidador, e uma das fantasias dela era transar em lugares públicos. No cinema, em provadores de loja ou banheiros de restaurante — ela não ligava muito pro lugar, desde que fosse bem público.

Não era uma fantasia minha em particular, mas eu gostava da ideia, então durante os meses que namoramos acompanhei o ritmo dela. Era sempre incrível — a ideia de que alguém pudesse nos pegar era muito excitante. Mas na realidade, ser pego mesmo não era nem um pouco divertido. Isso aconteceu uma vez, quando ela sugeriu que a gente tentasse outra fantasia dela — me foder com uma cinta-caralha. Ela escolheu um estacionamento de vários andares em Barcelona como cena do crime. Não vou entrar nos detalhes do ato em si, apenas basta dizer que eu estava numa das escadas do estacionamento, de quatro e com um pau de borracha enfiado na bunda, quando uma família com três filhos pequenos veio descendo a escada. Os pais começaram a gritar com a gente e nós fugimos. Foi um dos momentos mais vergonhosos da minha vida, e me senti péssimo por provavelmente ter traumatizado três crianças pequenas pra sempre.

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- Jaime Gol, 23 anos

Uma caixa de sexo num avião. Imagem via Wikimedia Commons.

SEXO NO AVIÃO

Não sei bem por que, mas voar me deixa com tesão. Uma vez, quando eu estava num voo longo com a minha namorada, ela se sentiu do mesmo jeito. Decidimos seguir nossos desejos no banheiro do avião. Ela foi primeiro e deixou a porta aberta. Eu entrei depois e tranquei a porta. O lavatório era muito apertado, claramente aquilo não feito para duas pessoas. Tentei me sentar para que ela ficasse por cima de mim, mas não tinha uma posição que fosse confortável. Quando finalmente achei uma posição em que podia ficar por um tempo, uma turbulência forte começou.

O capitão anunciou pelo alto-falante que todo mundo tinha que apertar os cintos, o que ignoramos no começo. Mas a turbulência não ia ser ignorada, e começamos a ser jogados de um lado para o outro no lavatório. E aí, claro, as comissárias de bordo começaram a bater na porta e mandar a gente voltar para os nossos assentos. Eu estava me sentindo claustrofóbico e não conseguia nem lembrar como era ficar excitado. Abrimos a porta e voltamos para o nosso lugar o mais rápido possível. Fiquei com vergonha de olhar em volta e ver se alguém tinha notado a gente voltando junto do banheiro.

- Javi Cuello, 26 anos

MÉNAGE

Quando terminei com meu ex, passei por um despertar sexual. Antes eu fazia sexo uma vez por semana, como eu achava que era o certo, mas agora eu estava transando quase todo dia — porque eu queria. Também surgiu na minha cabeça a ideia de fazer um ménage, e minha melhor amiga e colega de apartamento, Eva, estava disposta a participar, desde que achássemos um cara que agradasse nós duas.

Uma noite, numa balada em Valência, encontramos alguém que atendia as exigências. Começamos a conversar com o cara e mencionamos nossa fantasia em comum. Ele gostou da ideia. Um pouco constrangidos, mas excitados, nós três saímos do bar e fomos para a moradia estudantil que eu dividia com a Eva.

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Como ninguém tinha feito isso antes, decidimos ir devagar e tomar alguma coisa antes. Um drinque levou a alguns outros, o que levou a nós três nos pegando, o que levou ao sexo. Estava tudo ótimo, até que a Eva notou alguma coisa amarela e fedida escorrendo da boca do cara. Era vômito. Ele estava vomitando enquanto transava com a gente. Me arrepio sempre que lembro disso.

- Patricia Morella, 34 anos

COMENDO MEU NAMORADO

Por muito tempo, eu sempre quis arranjar um namorado que topasse receber sexo anal, e alguns anos atrás achei o cara. Comprei um consolo e uma cinta-caralha duas semanas depois que começamos a namorar. Mesmo sabendo que essa também era uma fantasia dele, não ousei mencionar a compra.

Depois de quase um ano de namoro, achei que era uma boa sugerir a cinta quando estávamos transando. O que deu certo — só de falar nisso deixou a gente bem excitado, e depois que ele me comeu, era a minha vez.

Coloquei a cinta e ele ficou de quatro enquanto eu observada a paisagem. Era o meu momento. Penetrei ele, mas estava excitada demais e não sabia o que estava fazendo. Foi uma combinação muito infeliz, fui muito fundo, muito rápido. Ele gritou e eu achei que tinha rasgado o moço por dentro. Paramos tudo e ele deitou de costas, chorando. A cinta voltou para o meu armário, e não vai sair tão cedo.

- Anahi Canela, 32 anos

Tradução do inglês por Marina Schnoor

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