Diretamente do Cairo, do Lado de Fora do Quartel-General da Irmandade Muçulmana

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Diretamente do Cairo, do Lado de Fora do Quartel-General da Irmandade Muçulmana

Pedimos pra Justin Wilkes, que está no Egito, que nos enviasse algumas fotos dos protestos.

Desde que o presidente do Egito Mohammed Morsi tomou posse, a economia egípcia entrou em erupção, com a libra egípcia atingindo o menor valor da história. Desemprego e incidentes de ataques sexuais estão em ascensão. No seu aniversário de um ano no cargo, no dia 30 de junho, o povo egípcio tomou as ruas, empunhando a bandeira do país e gritando “Erhal!” – “Saia!”.

Pedimos pra Justin Wilkes, que está no Egito, que nos enviasse algumas fotos dos protestos. Ele respondeu com uma história muito estranha:

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“Não sei por onde começar ou como descrever o que aconteceu anteontem. A ideia era ir até a sede da Irmandade Muçulmana em Moqattam e fazer algumas fotos do rescaldo dos incêndios do dia 30 de junho. Assim que saímos do carro, vimos pessoas correndo e segundos depois começamos a ouvir tiros, e eles estavam vindo na nossa direção. Nos escondemos atrás dos carros na rua, tentando entender o que estava acontecendo antes correr para trás de um muro de tijolos, onde pareceu que os tiros nos seguiram. Foi a primeira vez que ouvi o som bizarro que as balas fazem quando cortam o ar apenas alguns metros de distância da sua cabeça."

“Paramos para almoçar. Sentados num café, vimos dois veículos blindados sem identificação virando a esquina e rumando para o QG da Irmandade Muçulmana. Nós os seguimos, mas então as pessoas começaram a gritar: 'Eles foram embora! Eles saíram!'. Só posso imaginar que esses veículos pegaram membros da Irmandade e os levaram dali em segurança."

"Eu não estava esperando por isso.”

Os protestos começaram no dia 26 de junho, dias antes do grande protesto do dia 30, o aniversário de um ano de Mohammed Morsi no cargo de presidente.

Dezenas de milhares de partidários da Irmandade Muçulmana se reuniram do lado de fora da mesquita de Rabia Al-Adawiya em Nasr City no dia 28 de junho para mostrar seu apoio ao presidente Morsi.

Uma egípcia protesta com outras pessoas na Praça Tahrir no dia 28 de junho. A multidão gritava “Erhal! Erhal! Erhal!” – “Saia! Saia! Saia!”

Partidários da Irmandade Muçulmana fazem uma pausa para as orações do meio-dia na mesquita de Rabia Al-Adawiya, em Nasr City, no dia 28 de junho.

30 de junho: partidários da Irmandade Muçulmana vestindo equipamentos de artes marciais, capacetes e empunhando várias armas improvisadas para defender o quartel-general da IM em caso de ataque.

30 de junho: Do lado de fora do palácio presidencial, milhares de manifestantes exigem a deposição do presidente Morsi.

Militares egípcios protegem o palácio presidencial de possíveis ataquem no dia 30 de junho. No dia 2 de julho, o exército deu ao presidente Morsi um ultimato de 48 horas para resolver a crise ou eles irão intervir.

Partidários da oposição comemoram antecipadamente, dançando e cantando do lado de fora do palácio presidencial no dia 30, torcendo pela saída de Morsi.

Vista do palácio presidencial da rua Al Nadi em 30 de junho.

Manifestantes do lado de fora do palácio presidencial no dia 30.

Um manifestante tira o sapato e o coloca sobre o cartaz de Morsi, um sinal de desrespeito no Egito.

Bem cedo na manhã de 1º de julho, um pequeno grupo de manifestantes violentos tentou saquear e incendiar o QG da Irmandade Muçulmana em Moqattam. Membros da Irmandade que estavam no prédio responderam a tiros.

1º de julho: No segundo dia de protestos do lado de fora no palácio presidencial, o clima era de festa e as pessoas pareciam felizes com o ultimato dos militares a Morsi.

1º de julho: Manifestantes do lado de fora do palácio presidencial.

1º de julho: Manifestantes do lado de fora do palácio presidencial.

1º de julho: Manifestantes do lado de fora do palácio presidencial.

1º de julho: Apesar das notícias sobre ataques sexuais, as mulheres se juntaram à marcha para dar voz a suas opiniões.

1º de julho: Manifestantes se juntam para hastear uma gigantesca bandeira do Egito.

1º de julho: Um manifestante da oposição segura uma foto do presidente Morsi onde os olhos foram rasgados.

1º de julho: Um garoto toca uma corneta de plástico debaixo de uma bandeira gigante do Egito.

1º de julho: Uma egípcia canta e grita slogans contra o presidente Morsi do lado de fora do palácio presidencial.

1º de julho: Manifestantes queimam uma foto do presidente Morsi com um sinalizador.

1º de julho: Manifestantes acendem sinalizadores e dançam do lado de fora do palácio presidencial, exigindo a renúncia do presidente Morsi.

1º de julho: Partidários da oposição num show musical do lado de fora do palácio presidencial.