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Seis policiais suspeitos de participar da chacina de Osasco e Barueri foram detidos

Dos seis suspeitos, cinco são policiais militares e um é guarda civil. OAB-SP considera as prisões ilegais.

Imagem de segurança flagra momento da chacina. Crédito: Reprodução

Depois de quase dois meses de investigação, as polícias Civil e Militar prenderam ontem (8) seis pessoas supostamente envolvidas nas chacinas de Osasco, Barueri e Carapicuíba que aconteceram nos dias 8 e 13 de agosto deste ano.

Dos seis suspeitos, cinco são policiais militares e um é guarda civil. Os nomes dos presos não foram divulgados pois o caso corre sob segredo de justiça. "Ao todo, sete pessoas já estão presas", afirma o secretário de segurança pública Alexandre de Moraes.

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O coronel Levi Anastácio Félix, da corregedoria da Polícia Militar, informou que o trabalho foi exaustivo. "Nesses quase 60 dias de força-tarefa, houve imersão total nessa investigação. O trabalho não acabou, mas está bastante adiantado nessa nova fase que se inicia após as prisões de hoje", relatou.

À Ponte, o presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB-SP, Arles Gonçalves Jr., afirma que as prisões foram ilegais devido a erros de procedimento judiciário. De acordo com Arles, policiais militares recolheram armas e objetos durante a investigação e os encaminharam diretamente ao Instituto de Criminalística, o que infringe as regras do Código de Processo Penal. "As prisões são ilegais, as provas estão contaminadas e o processo se transformou num verdadeiro circo de horrores judiciais", disse o presidente da comissão.

Para a ação, a SSP-SP convocou 457 policiais. Segundo o secretário da pasta, os mandados foram solicitados, ao mesmo tempo, à Justiça Militar e à Justiça Criminal de Osasco. "Tudo foi feito em sigilo e de forma simultânea para que os dados e os locais das buscas não se espalhassem", destacou Alexandre.

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