Kill the DJ Records
7/10 À semelhança do que acontece naqueles filmes de terror em que o protagonista encontra uma bifurcação na estrada que o leva a optar entre dois caminhos distintos, e no que à música electrónica diz respeito, existirá também algures uma opção semelhante, entre fazer coisas minimamente interessantes ou amálgamas de sintetizadores ácidos e azeiteiros que só serão apreciadas por pessoas com uma dose valente de comprimidos em cima ou numa pista de carrinhos de choque. Felizmente para todos nós, o álbum de estreia de George Issakidis mantém-se fiel ao primeiro percurso. Embora o título do disco (Karezza é um termo utilizado para ilustrar a interrupção voluntária do orgasmo) prometa uma alegria interrompida, o seu conteúdo insiste em desmenti-lo com as suas ambiciosas paisagens electrónicas, montras de belos ritmos e batidas de fino recorte, repletos de clics e clacs com a dose ideal de sintetizadores que mantém o disco refrescante a cada nova faixa, com malhas que vão desde o misterioso ao atmosférico, e até com um par delas capazes de nos meter a abanar as ancas freneticamente.