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Noisey

Rica Pancita analisa os lançamentos da sexta #94

Comemorando dois anos da coluna na semana mais desgracenta de 2018.

Fala mestre,

Chegamos ao final da semana mais desgracenta de 2018 e, talvez, do curto período conhecido como “nova república”. Meu Deus que sofrimento.

Mas tamos aí, até porque é um #achievement importante pra mim. Com essa coluna de hoje completo 2 ANOS escrevendo semanalmente sobre os lançamentos e por incrível que pareça cês ainda não enjoaram disso. Caso haja dúvida eu também não enjoei disso. Então depois cês me dão parabéns pelo niver. Mas depois. Primeiro segue as indicações coletadas com muito esforço porque chegou umas horas hoje que eu não tava conseguindo nem raciocinar direito com tanta informação e opinião tonta que apareceu nas #redes.

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Mas segue firme aí que eu sigo firme aqui e a gente consegue seguir em frente com os bagulho.

Força ae.

Vamo com as músicas

----MELHORES DA SEMANA----

Charli XCX - “1999”
Eletro-pop noventista enquanto escapismo. Parece que tava mais legal pra todo mundo antes mesmo. Sempre fui a favor, mesmo sabendo do fator saudosismo, e continuarei sendo. Mó legal.

Cat Power - Wanderer
É os folk lá da Cat Power. Se tivesse que fazer um paralelo acho que tá mais próximo do You Are Free, coincidentemente meu disco favorito dela. Mas isso era lá no começo dos 2000, que os discos dela batia forte em mim. Hoje eu gosto, mas gosto menos. Mas bom disco sim com certeza.

Pabllo Vittar - Não Para Não
Em 2017, a então desconhecida Pablo Vittar lançou o então desconhecido Vai Passar Mal. Escrevi na época, inclusive, que não fazia ideia de quem era tal pessoa. Terminou o ano estampada nas garrafas de refri e cotada como possível Ministra da Cultura num eventual governo ditatorial bolivariano. Aquele disco lá me incomodava um pouco que a produção era muito #convencional para tal artista. Agora deu uma leve melhorada deixando mais eletrônico, mais porradinha, mas o pop-arrocha-EDM pra mim ainda é pouco pra ela. Mas belas bosta o que eu acho, visto que olha aí o quanto deu certo tudo que ela fez. Então assim: o disco é bem divertido/dançante/pá, “Buzina” tá acima da média, “No Hablo Español” meu Deus do céu pra que fazer isso? É isso.

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KT Tunstall - Wax
Não tava esperando algo bom vindo do novo disco dela por causa do single, “The River”. Só que não só saiu um bom disco de pop rock, como esse single mesmo soa muito melhor pra mim hoje. O disco começa mais pra cima, bateria acelerada, efeitos eletrônicos, guitarra distorcida, aí a metade final desacelera e bota umas baladinha no violão. Bom disco.

Totemo - “Black Holes”
Baladinha pop eletrônico bem lentinha e bem bonita. Fiquei bem surpreso, estarei de olho pro que vier dela. Boa bem boa.

Kero Kero Bonito - Time ‘n’ Place
ESSE DISCO. Lançado na segunda-feira, tem sido meu alimento desde então pra sobreviver à essa porra toda. Power-pop (acho) que lembra um pouco o J-rock da virada das décadas de 90-2000 (acho) com indie pop 90 também (acho). E meu Deus, todas as músicas são um ALENTO, um respiro de meia hora de sons felizes e bonitinhos. Grande cotado para ser o meu disco favorito de 2018. Deixe salvo esse disco para utilizar nos momento de necessidade.

----AS OUTRAS BOAS----

Alessia Cara - “Trust My Lonely”
Popzinho bem maneirinho de se tar ouvindo. Bem suavinha. Boa.

Courtney Barnett - “Small Talk”
Folk rockinho bem animadinho legal de ouvir. Em resumo é isso, acho que já é descrição suficiente. Boa.

Jaden Smith - “Goku”
Ficou bom esse som aí. E olha que é trap. E olha que sou eu falando que o trap ficou bom. O final Skrillex não encaixou tão bem assim, mas o importante é tar arriscando mesmo.

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Sharon Van Etten - “Comeback Kid”
Indiezão aí mó onda Siouxie porém produção pra lá de contemporânea. Vai agradar os indiezão, mas não é muito a minha onda não (não é a minha onda). Mas é boa.

----AS MAIS OU MENOS PRA DIZER O MÍNIMO DESSAS AÍ----

AlunaGeorge - Champagne Eyes
É uma decepção a duplitcha aí que em 2013 apareceu cheio dos sons maneiros, agora lança esse EP FRAQUÍSSIMO, desinteressante, pelo amor de Deus por que fazem isso com a população? Pra ser justo não é a coisa mais horrível do mundo, mas a decepção é, de fato, imensa.

Major Lazer - “Loyal”
Bem chata. Mais um ragga bem chato com produção bem chata do Diplo.

Kurt Vile - “One Trick Ponies”
Folk rock de 5:21min. E sinceramente folk rock quando passa de 3 minutos já parece uma eternidade, porque é a mesma base repetidas e repetidas e repetidas vezes. É uma boa base? É. Mas não pra repetir por 5 minutos.

Thom Yorke - “Has Ended”
É um som aí do Thom Yorke aí. Melodia minimalista, segurando na bateria e no baixo, e ele cantando. Efeitinhos, delay, entre outros recursos já conhecidos. É ok, não achei muito interessante não.

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