Depois de cinco meses após do dia em que Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram mortos, a Polícia Civil do Rio de Janeiro ainda trabalha nas investigações do caso, unindo as ligações que levam aos suspeitos de envolvimento no crime.
Dessa vez, a Polícia investiga a formação de um grupo de matadores de elite composto por PMs, ex-policiais e um ex-oficial do Batalhão de Operações Especiais (BOPE). O grupo seria especializado em execuções encomendadas sem deixar rastros, como informou o jornal O Globo, no último domingo (19).
A Civil trabalha com a hipótese de que o grupo teria sido acionado pelo ex-policial Orlando Oliveira Araújo, o Orlando Curicica, apontado como mandante da execução de Marielle e Anderson, conforme depoimento de uma testemunha-chave, feito em abril deste ano. Entretanto, a Polícia não descarta a possibilidade de ser outro mandante.
Assista ao nosso vídeo sobre o assassinato de Marielle Franco:
Segundo O Globo, a corporação tem informações, ainda não confirmadas, de que o crime teria sido encomendado por R$ 200 mil e que o grupo teria pedido mais após a repercussão do caso. A Polícia tomou conhecimento dessas pistas ao interrogar um suposto integrante do grupo. Dados de localização batem com a participação do interrogado no local e dia do crime, mesmo que ele tenha negado à Civil.
Nova promotora de Justiça acompanhará caso Marielle
A 23ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal (PIP) do Ministério Público do Rio de Janeiro, ficará sob o comando da promotora de Justiça Letícia Emili Alqueres Petriz, que assumirá o cargo a partir do dia 1º de setembro.
Letícia irá conduzir as ações de órgãos que investigam homicídios, como o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que lidam com casos complexos como o de Marielle. As mudanças no MP-RJ prevem mais agilidade nas apurações do crime da vereadora e do motorista.
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