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Justiça nega pedido de prisão domiciliar a Rafael Braga

Internado com tuberculose, ex-catador teve pedido de prisão domiciliar negado pela Justiça do RJ. Defesa irá recorrer.
Rafael Braga. Foto: Matias Maxx

Único preso condenado nas Jorndas de Junho, Rafael Braga teve pedido de prisão domiciliar negado na noite da última quarta-feira (30). O ex-catador, preso desde janeiro de 2016 na unidade Alfredo Tranjan (Bangu II), esteve internado no Hospital Dr. Hamilton Agostinho Vieira de Castro, no próprio complexo penitenciário, para tratar uma tuberculose.

O TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) entendeu que os documentos entregues pela defesa não eram suficientes para comprovar a necessidade de uma prisão domiciliar. A negativa partiu da desembargadora Katya Maria de Paula Menezes Monnerat, da 1ª Câmara Criminal.

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Braga tem tosse persistente há um ano e o quadro de tuberculose foi constatado, conforme relatou o advogado do ex-catador à Ponte. A defesa do ex-catador entregou uma série de documentos ao TJRJ, com prontuário médico, fotos com os sinais de perda de peso de Braga e uma entrevista concedida por ele à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara

Lucas Sada, advogado do DDH (Instituto de Defensores de Direitos Humanos), que compõe a defesa de Rafael, informou em sua página no Facebook que a irá recorrer ao Superior Tribunal de Justiça.

Em 2013, Rafael Braga detido por portar produtos de limpeza. À época, a polícia e a Justiça entenderam que aquilo era, na verdade, material explosivo. O catador de lixo, que estava em situação de rua, afirmou sequer participar das manifestações. Depois da detenção, acabou respondendo em liberdade e conseguiu um emprego no escritório de advocacia que fazia sua defesa. Em janeiro de 2016, Braga saiu de casa para comprar pão pela manhã e acabou sendo levado para a delegacia sob a acusação de porte de drogas. Em seu depoimento, afirmou que aqueles 0,6 g de maconha e 9,3 g de cocaína não lhe pertenciam e que foram "plantados" pelos policiais. Assim como um rojão.

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