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Noisey

Rica Pancita analisa os lançamentos da sexta #56

Ano acabando e com ele a qualidade dos lançamentos da indústria da música. Mas sempre dá para salvar alguma.

E ae atacante.

Vamos para os últimos lançamentos do ano, com qualidade despencando total, que é já pra você gastar mais energia na retrospectiva 2017 e planejar onde vai virar o ano (se ainda não planejou).

E deu uma treta aqui no meu computer que acabou prejudicando minha ideia inicial que era meter vários k-pop e j-pop aqui pra dar uma preenchida. Na próxima semana talvez role, não prometo nada.

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E é isso por hoje. Listinha pá, playlistzinha pá, saber dos lançamentos é bom demais.

Agora a lista.

----O QUE TEVE DE MELHOR ESSA SEMANA, O QUE NÃO SIGNIFICA QUE SEJA GRANDE COISA, MAS SÓ QUE FOI O MELHOR QUE TEVE MESMO----

Miguel - War & Leisure
Disco de R&B modernoso com várias lentinhas. Várias. Ouvindo de madrugada não me bateu tão legal assim, deu uma ampliada na vontade de dormir. Mas dá pra sacar que é um bom disco, no estilo que ele se propõe a fazer que de fato num tem muita gente fazendo isso hoje em dia não. Não é nenhuma maravilha, mas pra semana é o que tá tendo mesmo.

Rodriguinho - Samba
EP de pagodinho com um pé nos 90, e outro nos dias de hoje mesmo, incluindo música meio rapzinho com MC Livinho. É bom ser EP porque evita a presença de faixas desnecessárias, então é disco bom.

Wisin - Victory
Já falei, mas falo de novo. A minha opnião sobre reggaeton é o seguinte: é legal, algumas vezes é muito legal até, mas tem que ser consumido com MUITA parcimônia. Três reggaeton no mesmo dia já acho demais, por exemplo. É um negócio que enjoa muito rápido. Então aqui temos um disco bem bom de reggaeton, mas que não rola ouvir todas as faixas de uma vez. Mas se ouvir de pouquinho em pouquinho rola legal.

The Go! Team - “Mayday”
Mesmo esquema de sempre do Go Team de pop pra lá de felizão. Esse aqui tá até que no nível do Thunder, Lightning, Strike, porém já é o segundo single que o som tá bem baixinho e limpinho. Tem que rever essa parte aí. De resto tá bom.

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Airto Moreira - Aluê
Esse aqui eu pesquisei antes: Tem 3 músicas inéditas aqui, “Rosa Negra”, “Não Sei pra Onde, Mas Vai” e “Guarany”. O resto é regravação de músicas antigas. As músicas novas são um free jazz que ficam lá bedaluaieeeeeeaaaaaa badadadadadddiiiiidididmoauaapaaaa e, sinceramente, não me interessaram não. Vale pelas regravações.

----O RESTO QUE TEVE AÍ ESSA SEMANA----

Ed Sheeran & Beyoncé - “Perfect Duel”
Dueto baladinha pop folk voz e violão que até que é bonitinhozinho por causa das vozes bonitinhazinhas. Mas só isso só, nada que me interesse muito.

U2 - Songs Of Experience
A versão “deluxe” que saiu no Spotify tem exatas 17 faixas. Na 4ª eu já não tava mais afim de continuar ouvindo. Mas trabalho é trabalho e eu fui até o final. O disco explora o máximo possível de vertentes do pop-rock que não interessam ninguém desde a década passada, no mínimo. Também não deve desagradar alguém que seja fã do U2 e de vertentes de pop-rock em geral, porque é só esquema manjadaço aqui, o que eu imagino seja exatamente o que a galera que #ama ir em bar com banda pop-rock-som-ao-vivo possa querer (normalmente não quer é nada, mas enfim).

Heavy Baile - “Berro”
Será bem aceito na festa descolex tombamento mais próximo de você. É esse eletrofunk aí que num é de todo mal, mas também sei lá isso aí. Eu tô de boa, num bateu muito não.

N.E.R.D. - “1000”
Faixa até que aceitável. Comparando com o histórico do N.E.R.D. fica menos aceitável, mas enfim. Melhora na metade final.

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BTS - “MIC Drop [Steve Aoki Remix]”
O que parece que está acontecendo é: tão tentando forçar o BTS o mais rápido possível no mercado americano. Até aí super ok. Mas aí me #americanizam o som com essa trapzera feat. Desiigner. Longe de mim achar que manjo mais do que profissionais do mercado fonográfico, mas não faz muito sentido eliminar qualquer resquício de k-pop de uma banda de k-pop. Porque aí vira simplesmente uma BOY BAND. E meu, só de integrante aí deve ter uns 6-7. 6-7 integrante que quem for contratar vai ter que bancar passagem Coréia-EUA, que não deve tar barata. Aí faz mais sentido contratar uma boy band de 6-7 integrantes que morem em Los Angeles. Deve ter coreano lá também.

Chris Stapleton - From A Room: Volume 2
Um disco country até que bem agradável de se ouvir. Nada muito ELEVADO, mas pelo menos são 30 minutos de música que não incomodam não, principalmente se o estilo country te agrada minimamente (deveria agradar).

The Fratellis - “Stand up Tragedy”
A produção indie pop com pianinho e chocalho e vocal agudo me fez pensar se tratar de uma dessas músicas de natal que tá saindo muito nessa época do ano. Talvez seja, não prestei atenção no que estavam cantando. É okzinha, caso não seja música de natal. Se for, então deixa de ser okzinha.

Os Cretinos - “Taca Essa Tabaca”
Repito que essa vertente de arrocha no funk está me agradando bem. A batida dessa música aí me agradou bem. Porém já teve outras assim esse ano já, sendo que algumas melhores. Mas ainda assim essa é boa.

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G-Eazy - “Him & I”
Rap pop bem de tocar em rádio, e bem de mediano também. Chatinha até umas hora.

Naiara Azevedo - “Pegada Que Desgrama”
Arrochinha ok, bonzinho. Dá pra rolar na playlist de arrochinhas 2017 na maior.

Dado Villa-Lobos - Exit
Que que vai esperar de um disco do Dado Villa-Lobos? Nada. Eu já fui dando play pensando “ê lá vem os Legião”. Mas olha que é melhor do que eu esperava (não esperava nada, como afirmei agora mesmo). Se esse disco fosse de banda indie novidade ia tar uma boa galera elogiando. Tem umas faixas boas mesmo, tipo “Fogueira de Natal”, e umas que tá ok só. Mas faixa ruim não tem não, faixa de ouvir e falar “meu Deus que bosta” num tem não. Quem tiver nessas de banda indie rock brasileirinha, talvez valha tar ouvindo (o que não é o meu caso).

Juicy J - “Kamasutra”
Trapzinho que #sonoramente até que é aceitável, mas tão bobeira os papo que torna dispensável até pra quem for mais de trapzinho.

Chief Keef - Dedication
Vixe, disco de trap com vários trap. É só trap mesmo, uma atrás da outra. Deve ser bom pra quem gosta de trap, eu não me importo mais.

Luccas Neto - “Meu Melhor Amigo”
Calhou que, tirando o SBT, realmente ninguém tá muito preocupado com a fatia de mercado da música pra pré-adolescente que já passou da fase de Pequeno Cidadão e Palavra Cantada, mas que não é ainda de bom tom a SEXUALIDADE da música pop atual (família em primeiro lugar). Então dá pro atual patrocinador do Botafogo de Futebol e Regatas entrar de cabeça nisso aí e ganhar ainda mais dinheiro. Aqui temos um pop funk só no violãozinho no famoso esquema MC Leozinho que agrada a criança, a mamãe e o vovô. Se botar o Saccomani na produção do disco aí dá bilhão com certeza.

Django Django - “In Your Beat”
É tipo disco punk esses estilo? Tipo Hot Chip. Me fugiu o nome agora, é muitos estilos musicais ultimamente. Enfim, é tipo Hot Chip só que mais fraquinho, mas fraquinho aceitável de ouvir.

Calexico - “Voices in the Field”
É alt-folk né os cara aí? Enfim, é uma música ok até, a guitarra no final é maneira e tudo, meteram o timbre “solinho do Wilco”. Nada de muito especial, mas é okzinho e tudo.