Música

Relembramos Todos os 27 Singles do Basement Jaxx – e Eles São Bons pra Cacete

Felix Buxton e Simon Ratcliffe – aka Basement Jaxx – estão entre os mais consistentes produtores de singles que a Grã-Bretanha deu ao mundo. Sim, melhor até que o Girls Aloud. (“Walk This Way” com Sugababes: #neverforget). Com o lançamento do sétimo álbum da dupla previsto para este mês  e uma turnê britânica completa no horizonte, nós decidimos percorrer todos os 27 (!!!) singles deles, desde “Samba Magic” de 1996 até o recente “Never Say Never”. Temos certeza de que você mal pode esperar para dizer que estamos errados em colocar [insira aqui o nome da música] em [insira aqui a posição], então vamos direto a este Seríssimo Ranking Oficial do Maior Produtor de Singles Deste Século, discutindo as melhores e piores partes de cada música ao longo do caminho. Lembrando que “pior” é algo relativo quando se trata do The Jaxx.

27. “Do Your Thing” (XL Recordings, 2002)

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Rooty Root

MELHOR PARTE
02:24 – O grito de ‘clap your hands!’ da vocalista convidada Elliot May.

PIOR PARTE

Basicamente todo o resto. Não vamos insistir nisso, pessoal.

26. “Never Say Never Feat. ETML” (Atlantic Jaxx/PIAS, 2014)


MELHOR PARTE

02:44 – Alguns susurros melódicos que são inesperados o suficiente para soarem encantadoramente tortos.

PIOR PARTE

00:35 – Não é terrível, para falar a verdade, mas esse é o momento em que você percebe que “Never Say Never” não será muito mais que uma espécie de reheab numa praia. Eu nunca assisti um episódio de The Only Way Is Essex [reality londrino], mas estou imaginando muito um episódio de TOWIE agora.

25. “Plug It In Feat. J.C.Chasez” (XL Recordings. 2004)

Na época, Buxton e Ratcliffe pareciam parceiros ideais para ajudar a diferenciar Chasez do ascendente Timberlake. Ouvindo o single hoje em dia é difícil dizer pra quem a gravação foi feita. O Jaxx atira em várias direções diferentes durante o refrão e caminha sem rumo pelos versos alegrinhos; Chasez nunca encontra um estilo em que fique confortável, e vai alternando entre cantarolares dramáticos e o over. É uma pena, porque o álbum solo de Chasez de 2004, Schizophrenic, contém uma colaboração de Buxton/Ratcliffe (“Shake It”) que é umas dez vezes melhor que “Plug It In”.

MELHOR PARTE

00:55 – Com seus rugidos absoltamente primitivos, o refrão permite que você se entregue, o que é bem engraçado.

PIOR PARTE

01:16 – Uma vergonha para quem quer que tenha feito Chasez cantar o verso mais macabro de todos os singles do Basement Jaxx: “All I want / is what’s kicking inside your skin”. CHAMEM A POLÍCIA. 

24.”Back 2 The Wild” (37 Adventures, 2013)

MELHOR PARTE

02:13 –  A faixa de repente fica realmente da pesada. Ao que tudo indica, as imagens foram gravadas no Quênia, e se isso for verdade elas valeram o preço da passagem de avião.

PIOR PARTE

00:43 – “Vamos ficar pelaaadoooooos!!!” Ugh, se joga no lixo.

23. “Romeo” (XL Recordings, 2001)

Rooty

MELHOR PARTE

02:21 – Há uma ponte gloriosa onde Le Roc pode se libertar e injetar alguma emoção na faixa que até aí não é muito mais do que ousada. Sua leitura de “you left me laying there with a broken heart” dá uma fisgada …

PIOR PARTE

02:29 – … antes de voltar para a melodia original, aka a única melodia, aka essa música não vai a lugar algum.

22. “U Don’t Know Me” (XL Recordings, 2005)


MELHOR PARTE

02:36 – O solo de teclado!

PIOR PARTE

01:10 – Um efeito sonoro parecido com um scratch nos faz temer que Buxton e Ratcliffe pensem que “rock” quer dizer “rap-metal”.

21. “Jus 1 Kiss” (XL Recordings, 2001)


MELHOR PARTE
01:38 – O  refrão “la la la” cantado suavemente.

PIOR PARTE

02:40 – Uma pausa instrumental estranhamente mixada leva muito tempo até cair de volta no “la la la”. Você alguma vez já olhou pro relógio enquanto ouvia um riff do Nile Rodgers?

20. “Unicorn” (Altantic Jaxx/PIAS, 2014)


O problema com “Never Say Never” é que ela mostra o que há de mais comum nos caras, e comum não é um termo que você normalmente associaria ao The Jaxx. Então por que “Unicorn” está mal colocada nessa lista? Bem, por uma coisa: ela ignora o hit parade e se volta ao passado, tornando-se pura nostalgia: é a melhor volta a 1992 que o grupo já fez. Porém é quase chocante o quanto Buxton e Ratcliffe andam na linha em “Unicorn”. Talvez, depois de quase duas décadas de malabarismos sonoros, a coisa mais chocante que eles possam fazer é não chocar.

MELHOR PARTE

 00:08 – Um cavalheiro de voz sombria nos ordena a “Jump in!”. Ok, vou desligar meu cérebro pelos próximos quatro minutos. 

PIOR PARTE

 04:00 – Espera aí, uma vez mais quando a música está acabando, a vocalista (não creditada até o momento) acabou de prometer que “será surpreendente!”. Agora eu só posso achar que ela está me dizendo que Junto será bom e que eu não devo me preocupar. A house music deveria ter disclaimers?

19. “Feelings Gone Feat. Sam Sparro” (XL Recordings, 2009)

Não vou dizer que ele estava à frente do seu tempo – isso seria dar muito crédito a ele – mas Sam Sparro ficou injustamente de fora do atual rol de máquinas de cantar com voz sedosa. “Feelings Gone” é uma chance para Sparro exercitar seus músculos vocais. É uma performance que não sabe onde vai parar, mas com uma música como a do  Jaxx, sua ausência de freios florece. Porém, ela padece por ser o ‘single do meio’ do álbum Scars de 2009, não tendo o romantismo de “Raindrops” ou a sinceridade “My Turn”. Há muitas Emocões com E maiúsculo em “Feelings Gone”, mas sua ostentação impede que ela seja realmente cativante.

MELHOR PARTE

02:41 – Os gritos de Sparro estilo Little Richard.

PIOR PARTE

02:28 – Um coro surge no fundo e vem aquela sensação estranha de que o Jaxx pode ter exagerado um pouco aqui.

18. “Hey U” (XL Recordings, 2007)

A Robyn é uma das melhores representantes da música eletrônica dentro do pop moderno, desde gravações com Royksopp no ‘”Do It Again”, até encher seus próprios discos com hard beats que cabem tanto no club Berghain em Berlim, quanto em uma festa na praia. Mas os Jaxx não são os representantes comuns de música eletrônica, então eles não fazem o óbvio com seus convidados. Como sempre, em se tratando do grupo, é audacioso e muito divertido, mas para o último single do Crazy Itch Radio de 2006 soa confuso.

MELHOR PARTE

03:01 – Para um grupo de house que já criou várias teorias no passado, a ‘ladeira abaixo’ aplicada a “Asfalt Tango” do Fanfare Ciocarlia é um dos lances mais criativos do Jaxx – e o mais divertido. 

PIOR PARTE

02:08 – Perceber que a Robyn na verdade não vai se juntar ao coro grego deixando clara a sua turbulência romântica, que é narrativamente sólida ainda que meio mala. A Robyn parece muito serena em sua música, mesmo quando tem o coração partido ou banca a boba: seria legal se ela desse uma agitada por um momento com Buxton e Ratcliffe.

17. “Lucky Star Feat. Dizzee Rascal” (XL Recordings, 2003)

Antes de Aaron LaCrate, antes de Calvin Harris, muito antes daquela porra de música com RedOne e Jessie J, o primeiro flerte de Dizzee Rascal com o dance foi com Buxton e Ratcliffe. “Lucky Star” foi uma escolha esquisita para o primeiro single do Kish Kash de 2003. Parece que o som foi feito como vitrine para o novato companheiro de selo do Jaxx na XL, e a colaboração soa meio forçada. Dizzee não conseguiu encontrar um bom meio termo entre a energia sobrecarregada de seus anfitriões e sua própria música, comparativamente esquelética. A música está mais para fascinante do que um grande single do Basement Jaxx, mas essa fascinação capta o Dizzee que mais amávamos – se abrindo para o mundo musical ao seu redor.

MELHOR PARTE

01:18 – A faixa se acalma por um momento (ainda que mantenha os shynts o tempo todo) para que Dizze dê um sorriso e conte uma história de redenção: “Foi um pequeno longo caminho em um pequeno longo tempo / desde que eu cometia roubos de rua e pequenos crimes… / Só gostaria de dizer que eu me sinto ótimo!”.

PIOR PARTE

02:59 – A tendência do The Jaxx para samples desordenados saem como um tiro pela culatra, quando você ouve os constantes estampidos de… bem, algo que soa como um peido. Às vezes coisas demais são coisas demais, caras.

16. “Bingo Bango” (XL Recordings, 2000)

MELHOR PARTE

02:28 – O sample de “Meringue” desaparece no background e se torna um susurro, enquanto a percussão eletrônica chacoalha, entra e sai dos alto falantes. É um momento de tensão altamente necessária.

PIOR PARTE

00:14 – Normalmente eu adoro os uivos que saltam das músicas do Basement Jaxx, mas o Aiiiíííí’ que surge logo antes da entrada do beat sempre me pareceu muito forçado. Mais latino do que, bem, a própria latinidade.

15. “Fly Life” (Rotate Records, 1997)

MELHOR PARTE

00:01 – Eu me amarro nos samples vocais quebrados e nos rápidos efeitos sonoros de dub que dão início a “Fly Life”. É um ótimo alerta vermelho pra todo mundo largar os seus drinks e se mandar pra pista o mais rápido possível.

PIOR PARTE

Não chega a ser culpa do Basement Jaxx, mas a aparição do Glamma Kid aqui me fez ouvir “Why” pela primeira vez em anos. Cara, que música ruim. (Também me fez ouvir novamente a majestosidade de “Sweetest Taboo”, e eu tenho que me casar só pra tocar ela na primeira dança. (Ei garotaas.)

14. “What A Difference Your Love Makes” (37 Adventures, 2013)

MELHOR PARTE

01:11 – Esse trecho de guitarra não dá a mínima para o quão brega ela possa parecer –  o Jaxx sabe que você está fazendo air guitar pra eles.

PIOR PARTE

03:01 – Ei, solo de guitarra com talkbox! Vamos nessa… Opa, acabou a música. Droga, eu fiz essa pose de solo de guitarra pra nada.

13. “Red Alert” (XL Recordings,1999)

A cantora principal, Belinda James uiva com o grupo sempre que não está cantando. Mas James está cantando sobre algo catastrófico, um chamado para que as pessoas se percam na música e esqueçam tudo o que há de errado no mundo. “Red Alert” deveria soar como uma purificação catártica, mas acaba parecendo uma loucura sonora.Com este single, o Basement Jaxx convidou o mundo todo para a sua festa mas esqueceu de passar a eles uma regra: deixe todos os seus problemas na porta. Não é de admirar que algo assim tão tenso seja chamado de “Red Alert”.

MELHOR PARTE

00:39 – O refrão entra ao som de um subestimado (e selvagem) theremin.Os Jaxx são bons em colocar um theremin quando dá.

PIOR PARTE

02:15 – O uivo amedrontador “SAY WHAT?!”.

12. “Jump N’ Shout Feat. Slarta John” (XL Recordings, 1999)

MELHOR PARTE

00:22 – Os Jaxx habilmente resvalam em um efeito sonoro de “Express Yourself” do NWA, e depois esses berros de corneta. A coisa está para esquentar.

PIOR PARTE

03:33 – A energia esgota-se com um efeito sonoro cambaleante, ou seja, a música simplesmente para. O que é meio decepcionante.

11. “Good Luck Feat. Lisa Kekuala” (XL Recordings, 2004)

MELHOR PARTE

02:38 – A London Session Orchestra entra com as cordas, guitarras elétricas estalam em alto volume e Kekaula lidera seu batalhão de backing singers em um cântico de “no – more – lies!”. Poucos momentos na discografia do Jaxx soam tão grandiosos. Nesse momento você se sente como se tivesse marcado um gol ou escalado uma montanha ou recebido uma gorda restituição do imposto de renda.

PIOR PARTE

03:32 – A edição para o rádio do The Singles termina antes do colapso final da versão do álbum, o que não é nada menos que um sacrilégio.

10. “Get Me Off” (Astralwerks, 2002)

The Singles Rooty

MELHOR PARTE

01:18 – Ataques de synths house no refrão soam absolutamente brutais, quase tão assustadores quanto uma casa mal-assombrada. Está vendo só o quão estranho ela é para um single do Basement Jaxx? O Basement Jaxx é muitas coisas, mas não é assustador.

PIOR PARTE

03:44 – O time de craques dos backing singers do Basement Jaxx costuma ser fantástico, mas nesse momento a vocalista soa inexperiente e perdida. A Janet Jackson não é das melhores vocalistas, mas ao menos sua voz sussurrada tinha alguma precisão.

9. “Samba Magic” (Atlantic Jaxx, 1995)

Daily Mirror

MELHOR PARTE

03:38 – Por uma fração de segundo o beat de samba sai e deixa a gloriosamente robusta linha de synths tomar a frente. Este synth não está na gravação original de Moreira, e é um belo aperfeiçoamento.

PIOR PARTE

03:03 – Os samples vocais são meio óbvios, como se quisessem lembrá você que: “SIM, ESSA MÚSICA TEM SAMBA NO TÍTULO. SAMBA SAMBA SAMBA”. 

8. “Raindrops” (XL Recordings, 2009)

MELHOR PARTE

03:30 –  No final da canção, Buxton canta “quando eu te quiser / eu te seguirei”, e isso soa mais como uma promessa de coração do que como uma declaração de missão stalker. O autotune ajuda.

PIOR PARTE

02:06 – A ponte feita com teclado de prog-rock que aparece aqui precisa de um pouco mais de espaço, ao menos para satisfazer o garoto prog-rock que há em mim.

7. “Make Me Sweat” (Altlantic Jaxx, 2007)

Sonoramente, estamos no modo “Get Me Off’” com um retorno à crueza pulsante em tom menor daquela faixa, mas tudo soa bem mais divertido, com a ajuda da aparição de Roxanne Shante. Shante – rapper feminina altamente influente nos anos oitenta, foi fundadora do lendário Juice Crew – aproveita ao máximo o tempo atribuído a ela. O single ainda tem os gritos sampleados de Elliott ao fundo, enquanto Buxton e Ratcliffe traçam uma ligação entre sua própria música e a linhagem de figuras fortes do hip-hop feminino. Shante é uma precursora espiritual e estilística de Eliott, e é certamente esse o motivo de ela receber tanta atenção aqui. 

MELHOR PARTE

01:55 –  “Hip-hop, soul, um pouco de punk / um pouco de crunk, um pouco de disco / drum ‘n’ bass, um pouco de house / um pouco de electro, tudo isso!” Roxanne Shante, entrando na missão multi-gênero do Basement Jaxx o mais sucintamente possível.

PIOR PARTE

05:41 – Tendo levado sua energia ao extremo, Buxton e Ratcliffe abruptamente param a música. É meio legal, mas também é meio que um hábito ruim que a dupla tem de como terminar músicas de alta-energia. TERMINEM SUAS MÚSICAS, CARAS.

6. “Take Me Back To Your House” (XL Recordings, 2006)

Miami Vice

MELHOR PARTE

03:04 – A ponte repentinamente desvia-se em música de espírito tenso e atonal, e Sorbara começa a implorar: “Estou tão sozinha, posso ir com você?”

PIOR PARTE

02:18 – Buxton e Ratcliffe estancam o movimento de avanço da música, despindo-a em uma batida de estilo house. Não há nada errado com isso – é uma quebra legal na estrutura da música – mas ela parece surgir só pra te lembrar que o Jaxx costumava fazer o que você chamaria de “house music” nos seus velhos tempos. É uma ligeira crise de identidade, quase como se a dupla estivesse relutante em admitir que se tornaram um grupo pop maravilhoso. Não se preocupem, caras. Vocês estão indo muito bem.

5. “My Turn” (XL Recordings, 2009)

MELHOR PARTE

02:04 – Existem muitas razões pelas quais “My Turn” é uma música para se desmaiar, tipo a Cher Hollowitz: Dev Hynes (apresentado sob sua forma pré-indie hitmaker como Lightspeed Champion) depenando sua guitarra. A inesperada mas bem-vinda entrada das percussões taiko. O lindo violino de Jenny Lau solando. Sussurros franceses, soando como se tivessem saltado direto de um álbum de Gainsbourg. Melodias adicionais – nesse caso, uma linha de baixo feita de vozes – lenta e subitamente emergindo para a superfície. Um forte momentum de avanço de Buxton e Ratcliffe, seu synth zunindo, juntando todos os elementos e fazendo “My Turn” soar como um todo coerente. Tudo isso entra, pouco a pouco, aos 02:04. Para uma dupla que mostrou uma dance music indiscutivelmente bela e manteve uma puta de uma veia romântica, este pode ser talvez o momento mais encantador, mais sonhador e mais romântico de toda sua discografia. Apenas… desmaie.

PIOR PARTE

Existe uma edição para o rádio disso. Não, você tem que se deleitar com todos os 5 minutos da música.

4. “OH MY GOSH” (XL Recordings 2005)

O “UMMMMM” perfeito que ela solta ao checar se conseguiu o número de seu pretendente é um momento para se gargalhar: é  praticamente um berro de “Por que eu não pensei nisso antes?!”. O colaborador do Jaxx Skillah surge insinuando um rap orgulhoso, soando como D Double E no papel de lobo agressivo de desenho animado. A música se cria nessa loucura animada, com tantos cantos de pássaros, beatboxings e guitarras de “Rendez-vu” quanto caibam na música. É muito divertido. 

MELHOR PARTE

 00:45 – Vula Malinga mandando uma linha do shit chat mais besta possível sobre quantos tabletes de açúcar você quer no seu chá (porque ela é doce, sacou?), de alguma forma deixando isso tão sexy quanto estúpido.

PIOR PARTE

00:07 – Acordes de filme de terror iniciam a música e não vão a lugar algum, o que é meio como começar uma conversa de flerte com um longo arroto.

3. “Where’s Your Head At” (XL Recordings/Atlantic Jaxx, 2001)

MELHOR PARTE

00:37 – Uma voz ordena ao Jaxx: “DROP IT”. Então, aqueles tambores grandiosos se chocam com você. Você está agora sob o controle deles.

PIOR PARTE

03:40 – Um dos quatro vocalistas creditados – incluindo Erick Morillo e Junior Sanchez – faz uma impressão de pitch perfeito do rapper Noreaga, e eu estou puto de ter levado tanto tempo para perceber que isso estava aqui.

2. “Rendez Vu” (XL Recordings, 1999)

Inicialmente ela me intrigou: porque eu deveria me emocionar tanto com uma música sobre simplesmente encontrar alguém? Lá pelo fim da semana eu percebi que a música pretendia evocar aquela excitação vertiginosa de tudo-pode-acontecer que vem quanto você encontra alguém excitante. O drama do flamenco, os vocais futuristas, aquele vídeo sobre pedra-papel-tesoura e um cão que sonha – cada fator me ajudou a transformar a realidade do dia-a-dia em algo excitante. E ao contrário de muitas músicas que me lembro de gostar quando eu tinha 11 anos, essa se mantém: o dia-a-dia ainda soa excitante quando essa música está tocando.

MELHOR PARTE

03:14 – A última rodada de pedidos robotizados por um encontro desenbocam em uma enxurrada de batidas de violão. Bem dramático.

PIOR PARTE

02:05 – Vou dizer que os tambores de metralhadora falhando que aparecem por um momento são a pior parte, mas é como dizer que é o último biscoito do pacote. Vai ser gostoso mesmo assim.

1. “Hush Boy” (XL Recordings, 2006)

MELHOR PARTE

00:55 – Malinga transforma a palavra “intoxicado” em um êxtase melismático; no background, ela vai direto ao ponto: “You look a bit drunk, love”.

PIOR PARTE

Se você for ver, “Oh My Gosh” e “Hush Boy” são os dois primeiros episódios de uma trilogia inacabada de Vulu Malinga. Quem devemos culpar por transformar eles nos equivalentes Basement Jaxx dos filmes do Hellboy? (Quero dizer, os filmes são ótimos, mas poderíamos finalizar com um episódio mais).

Daniel está à procura de uma mina pra casar só para poder tocar “Sweetest Taboo”. Curtiu? Adiciona ele no Twitter – @danielmondon

Tradução: Stan Molina